Bright Side (pt-br)

Doce lar (Epílogo)

POV Alexa Blackwell  –

Dois Anos Depois

Era raro os dias de completo silencio e paz na nossa casa. Apesar de querermos esperar alguns bons anos pra termos outro filho, bastou apenas uma escapada noturna e uma banheira de hidromassagem enquanto eu tomava meus antibióticos por um problema na garganta.
Quatro semanas depois, surpresa! Estava grávida de novo. Antes do aniversário de dois anos do nosso filho, ele teria uma irmãzinha. E assim nós quebramos completamente os padrões da minha família de irmãos com diferença imensa de idade.
Para nossa sorte, Arya era uma bebe muito mais tranquila do que Aster sempre foi. Eles eram o completo oposto um do outro e eu não poderia amar mais esse fato. Aster se divertia com a irmã apesar de tudo. Ele era carinhoso com ela, mas não hesitava em ficar bravo se ela tomasse um brinquedo dele ou o machucasse de alguma forma.
Devagar nos adaptamos a nossa rotina de família de quatro. Dois bebes, uma aprendendo a engatinhar enquanto o outro corria e falava pela casa toda, especialmente quando Chloe estava junto de nós, o que era muito frequente.
Agora, todas as crianças estavam dormindo e nós dois aproveitávamos o silencio e a calmaria no terraço iluminado da nossa casa.
Era provavelmente o lugar mais romântico da nossa casa e nem era nossa intenção faze-lo desse jeito. As luzes amarelas ficavam iluminando algumas partes do lugar e o resto era repleto com pufes, almofadas e uma espécie de cama muito confortável.
Era o lugar perfeito pra olhar as estrelas e as vezes dormir aqui mesmo nos dias mais quentes. E agora, era nosso refúgio perfeito.

"precisamos fazer uma viagem" – comento com ele aproveitando suas carícias no meu cabelo.

"tem certeza? Dois bebes em um avião por horas?" – solto uma risada e volto a olhar pra ele. Max estava com um sorriso e uma expressão leve e calma, algo que há anos atrás quando o vi pela primeira vez naquele elevador e quando conversei com ele algum tempo depois, nunca teria imaginado ser possível.
Olhar pra ele e ver o quanto tinha mudado pra tão melhor e se tornado o melhor pai e marido que nós poderíamos pedir, me enchia de orgulho. Ver ele interagindo, ensinando e amando nossos filhos era tudo que eu sempre sonhei pra mim mesma quando era pequena e tudo que eu tinha, era o sonho de viver o que meus pais viviam.

"talvez eu ame nossa vida caótica" – ele ri e me puxa pela cintura pra cima dele e me olha enquanto corre uma das mãos pelo meu corpo nu. Sempre que ele quisesse eu estaria pronta pra ele, e ele sempre tão pronto pra mim.

"eu definitivamente amo nossa vida caótica, e sempre vou ser grato a você por ter me dado aquela chance quando eu desisti de tentar e percebi o quanto tinha feito a pior burrada da minha vida" – sorrio. Passo os dedos pelo seu rosto tirando um sorriso lindo dele. O bendito homem ainda conseguia roubar o folego todo dos meus pulmões somente com um pequeno ato.

"você fez um ótimo proveito da sua chance. Olho pra você e o que temos hoje em dia e sinto um orgulho enorme de nós, mas principalmente de você" – ele traz meu rosto para o seu, esfrega o nariz igualzinho o do nosso filho pela minha bochecha antes de juntar nossos lábios em um beijo que ainda me fazia sentir exatamente as mesmas coisas que sentia quando nos conhecemos e ele me levou naquele encontro na praia.
Passo minhas mãos pela sua barriga arranhando de leve os músculos aparentes sem nem mesmo ele precisar de flexiona-los.
Eu tinha um marido gostoso e sabia muito bem disso.
Quando nos separamos pra olhar um pro outro faço o mesmo carinho nele com o meu nariz.
Eu nunca pensei que realmente um dia iria encontrar algo como meus pais encontraram um no outro. Sempre pensei que o amor dos dois era do tipo que acontecia de mil em mil anos, como um meteoro ou um fenômeno lunar. Nunca achei que eu teria o que eles têm, mas sempre tive  esperanças.
Quando conheci esse homem, imediatamente notei algo nele. alguma coisa sempre pareceu diferente e especial sobre ele e eu nunca consegui me manter longe nem quando ele pediu um tempo anos atrás. Sempre soube que éramos algo único e que meus sentimentos por ele não eram tão comuns assim, por isso precisava dar valor a eles.
Porém mesmo com tudo isso, não achei que um dia iria me encontrar casada, com dois filhos e o trabalho dos meus sonhos tudo ao mesmo tempo. Minha vida toda apesar do que tive, isso tudo sempre pareceu tão impossível que me permitia somente sonhar com a possibilidade de um futuro como esse.
Não digo que é fácil, mas tentar todos os dias é o que me mantém de pé. Ver os sorrisos dos amores da minha vida é o que traz sentido a tudo que faço. 

Max: te amo – sorrio mais ainda. Encaro seu rosto, cada pedacinho dele, desde os olhos azuis até sua boca, seu nariz e as mechas sedosas e brilhantes do seu cabelo loiro.

Alexa: também te amo. Muito mesmo – e com isso ele entra dentro de mim e enquanto fazemos amor, ele me promete um para sempre e tudo que vem acompanhado dele, seja bom ou ruim. O importante é que vamos estar juntos durante cada passo desse caminho. Vamos segurar a mão um do outro e guiar juntos nossos filhos afim de ensina-los a achar esse mesmo caminho que encontramos.
Sempre lembrar os dois que eles têm um lar conosco e são extremamente amados. Nunca os deixar duvidar de nada disso.
Mostrar pra eles que como nós dois, eles também vão encontrar sua alma gêmea e vão ser o lado bom da vida de alguém um dia.
Estava perdida quando encontrei Max naquele dia. Tantas coisas novas acontecendo ao mesmo tempo, mas conforme fomos caminhando, ele me guiou e eu o guei na direção da luz. Ensinamos um ao outro ao longo dos anos e iremos continuar aprendendo por muitos e muitos anos porvir. Sempre tendo em mente que as vezes uma segunda chance, pode salvar não só uma vida, mas duas vidas e duas almas.