Capítulo 22 - Atormentada

140 19 3
                                    


Hope: Até quando você pretende bancar a babá? - ela estava deitada na cama ao lado de sua mãe, não desviava seu olhar do teto como se aquilo fosse algo que realmente chamasse sua atenção, já está totalmente entediada pois já havia amanhecido e sua mãe ainda não havia saído do seu lado, e dormir estava fora de cogitação.

Hayley: Até aqueles garotos morrerem por não completarem a transição, você querer matá-los e acabar cada vez mais com sua sanidade - ela encara a filha que permanecia com o olhar no teto.

Hope bufou, pois aquela atitude de sua mãe a fazia sentir com 8 anos de idade novamente, sem encarar a mais velha ela se levantou da cama e calçou os chinelos.

Hayley: Aonde vai? - ela se sentou na cama enquanto continuava com seu olhar fixo na filha.

Hope: Eu vou tomar banho - ela se virou irritada para a mãe - Você quer me dar banho agora ou acha que posso fazer isso sozinha?- seu tom era de deboche e um tanto áspero, Hope nunca usou esse tom de voz com ninguém de sua família, muito menos com a própria mãe.

Hayley: Eu sei que você está se sentindo sufocada Hope - ela se levantou da cama e se aproximou da filha - Mas eu sou sua mãe e quero o melhor para você, então depois que terminar o seu banho, faça as malas que vamos voltar para New Orleans.

Hope: O que? Porque? - ela se afastou da mãe ainda mais irritada do que já estava antes.

Klaus: Porque aqui já não é mais seguro para você - a voz do homem chamou a atenção das duas que o olharam, Hope revirou os olhos.

Hope: Essa história de novo - ela falou em um suspiro enquanto caminhava até o banheiro.

Klaus: Sabe que podemos lhe ouvir - a atenção dos pais caíram sobre a filha que se escorou na viga da porta que já estava aberta para olha-los.

Hope: E sabe que eu não ligo né? - ela deu um sorriso de deboche para o pai e logo continuou antes que qualquer um deles a repreende-se.

Hope: Ah esqueci, agora quer bancar o paizinho, sejamos sinceros senhor progenitor eu não tenho mais 8 anos e você perdeu o meu respeito - ela se descorou da viga, segurou a maçaneta da porta com um pouco mais de força do que gostaria a fazendo quebrar, mas nem isso foi capaz de tirar sua ira no momento - E outra coisa daqui eu não saio - ela bateu a porta do banheiro com sigo lá dentro fazendo a mãe fechar os outros antes de se virar para o pai da garota e encará lo.

Klaus contava mentalmente até mil para não dar uma boa lição na filha e fazer ela o respeitar. Mas ele sabia que esse comportamento era pelo motivo do abuso que sua filha havia sofrido e pelo suposto abandono que ela achava que sofreu pelo pai, então ele teria que ter 99% de paciência com ela.

[...]

Hope ligou o chuveiro enquanto as lágrimas rolavam em seu rosto ao simples gesto da banheira sendo enchida pela água. A vela que permitia que sua privacidade não fosse invadida estava acesa, assim ninguém a podia ouvir.

Ela fechou seus olhos enquanto ainda permanecia sentada na ponta da banheira, tentando respirar fundo e não pensar no som da água, ela se jogou no chão e tapou seus ouvidos. Com os olhos ainda fechados ela conseguia ver a imagem da água tampando-a por completo, a dificuldade de respirar foi ficando cada vez maior. Podia sentir a água em seus pulmões. Hope havia ficado traumatizada até com o afogamento que havia sofrido.

Hope: Para por favor - ela implorava para si mesma que seus pensamentos fossem para longe. Não aguentava mais o fato de não poder ter uma noite tranquila de sono, pois a cada vez que fechava os olhos a imagem dos adolescentes vinham a sua mente, já fazia dois dias que não dormia.

A banheira começou a transbordar pois o chuveiro ainda estava aberto o que fez a água molhar as costas e pernas já que ela estava sentada no chão com as costas na banheira. Hope deu um sobressalto assim que percebeu que estava sendo molhada, rapidamente desligou o registro. Passou as mãos sobre o cabelo fechando os olhos por alguns minutos, mas logo foi despertada por uma batida na porta.

Hayley: Hope, filha está tudo bem? - A voz de preocupação de sua mãe fez com que viesse em sua mente que havia se passado um bom tempo que ela estava perdida em pensamentos. 

Tentando ignorar a mãe ela se voltou à pia e olhou seu reflexo no espelho.

Hope: Você consegue, você deve isso a você mesma Hope. Você é uma Mikaelson e ninguém sai impune quando mexe com um Mikaelson - após falar com sigo mesma ela pegou seu colar com a letra M que ganhou de sua tia Rebekah quando ainda tinha 7 anos e tirou de seu pescoço, sem tirar seus olhos do colar na palma de sua mão. Logo colocou uma mão sobre a outra e aproximou-se de sua boca murmurando um simples feitiço com um leve assopro no final - Está feito, isso deve servir.

[...]

Jed, Clarke e Kai estavam nas mesmas celas que ficavam quando se transformavam em lobisomens, mas agora aquele local assombroso que ficavam somente algumas horas por conta da lua cheia, agora ficariam até a morte.

O barulho da corrente que prendia a porta principal do local foi aberto, todos se encolheram pois Klaus havia prometido que voltaria mais tarde para tortura los mais um pouco antes que a morte os levassem.

Fazia apenas alguns minutos que Klaus havia deixado o local para ir até o quarto da filha. O local onde estava ainda havia grandes poças e respingos de sangue por todo o local.

Cada um deles estavam em gaiolas separadas, a grade estava apenas na parte da frente então Jed podia ver os dois lobos de seu bando ali. Já Kai e Clarke estavam em gaiolas lado a lado somente com a visão de seu alfa.

Todos voltaram a visão para sombra que entrega no corredor até seu rosto poder ser enxergado.

Jed: Veio terminar o serviço? - Ele se levantou com um pouco de dificuldade pois Klaus havia quebrado metade de seus ossos que ainda estavam a se recuperar - Ou vai mandar o papai se vingar por você?

Hope: Na verdade, vim liberar vocês, mas antes - ela mostrou três bolsas com seu sangue que havia pego na enfermaria antes de ir até lá, jogou cada uma nas gaiolas onde eles estavam - Precisam estar fortes - Hope colocou suas mãos nos bolsos de sua calça jeans e encarou os dois adolescentes se atiraram diante da bolsa de sangue bebendo, ela olhou para Jed que permanecia sentado sem mover um único músculo - Não vai beber?

Jed: Prefiro morrer ao virar seu escravo - ele cuspiu as palavras para ela, então Hope se aproximou da grade e a abriu o que fez o alfa prender a respiração talvez por medo.

Hope: Ah querido - falou com um sorriso nos lábios enquanto se aproximava do jovem até ficar atrás de suas costas e depositar uma mão em seu ombro direito e sussurrar em seu ouvido - Você não tem escolha - bruscamente ela mordeu seu pulso e colou na boca do rapaz que tentava não abrir os lábios para beber seu sangue, ela então apertou seu ombro fazendo o mesmo se deslocar o que fez o adolescente soltar um gemido de dor que foi abafado pelo pulso da jovem híbrida o fazendo beber seu sangue.

...

Boa noite leitores, obrigado pelos seus votos e comentários nos capítulos anteriores. Por pedidos de alguns leitores estou tentando fazer capítulos maiores 🙏

Não esqueçam de deixarem as suas opiniões sobre a história e claro seus votos. Mais uma vez obrigada e até o próximo domingo.

O lado sombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora