Dangerous collision

Capítulo 20 : Acordo

— Porquê o Dylan não veio ? — Ela olha para a estrada iluminada rumo a cidade.

A brisa das janelas entra acalmando meu rosto em chamas só por ela mencionar o seu nome.

— Eu sei que a resposta da pergunta é meio óbvia mas em outras palavras: Porquê você não está com ele agora?

— Você sabe o motivo Poppy.

Passo a mão pelos cabelos com força sentido a inquietação me dominar a mesma inquietação que ele me causa.

— Eu devo estar com o Dylan somente por um curto período de tempo durante o dia, nem uma hora a mais nem menos.

— Eu sei que você quer isso, vejo pela maneira que pensa nele e tenho a certeza de que onde quer que estejam as memórias mais profundas dele, ele também deve desejar isso.

O ar entra com dificuldades em meus pulmões e se esvazia logo em seguida, suportando o peso do que vem aí.

— Ficar com ele me magoa ok ? Não só pelo que aconteceu mas também porquê eu não aguento velo assim, se ele não tivesse me seguido nada disso...

— Você pode parar aí mesmo — Poppy manda impaciente — Vai para o carro — Ela revira os olhos e olho ao redor confusa ainda estamos um pouco longe da cidade. — Vai Alissa.

Faço o que ela pede e paro o carro no meio fio, perto de um poste de iluminação, o olhar de Poppy sobre mim só aumenta e até agora não entendo onde ela quer chegar com tudo isso.

— Eu vou falar algo e quero que você me escute com muito cuidado — Poppy inspira o ar com força para o soltar depois — Sempre, ou na maioria dos casos quem nos amamos, causa uma espécie de mistos sentimentos em nos alegria, felicidade, coisas boas.

Empurra os cabelos para trás encara o seus dedos.

— Eu tive a chance de conhecer um garoto, que posso afirmar que é muito diferente de tudo que eu já vi, tem vezes que eu sinto amar tudo nele mesmo que ele represente praticamente a maioria das coisas que eu não gosto.

Ela sorri e dessa vez não consigo evitar não sorrir junto com Poppy, dá para sentir tanto sentimento em suas palavras.

— Nós nos aproximamos claro, eu era um pouco igual a você ingênua demais para aguentar a crueldade do universo daquele lugar onde me meti naquela altura — Seu sorriso aumenta — Eu acho que ele enxergou a ingenuidade em mim e mesmo que isso representasse exatamente o que ele não gosta o atraiu até mim.

Minha mente ainda está muito confusa, e organizar as ideias de forma coerente é bem difícil. Não consigo nem imaginar Poppy diferente do que ela é agora.

— Ele tinha um lado frágil que sempre escondia, mas eu insisti e lhe mostrei que as vezes não é errado se sentir assim porquê todo mundo tem fragilidade dentro de si — Diz ela — Assim como ele me ensinou a ser cruel a atacar quando necessário, a sobrevier a crueldade, a fazer com que pessoas temessem meu nome, igual uma presa teme quando vê seu predador a mirando para por um fim nela...

— E depois? — Poppy para por um segundo e seus olhos negros ficam brilhantes, de emoção pelas memórias que ela conta.

— E depois que ele me ensinou como ser cruel, ele fez isso comigo — Seus olhos brilhantes me fitam eu quero dizer alguma coisa.