Capítulo 44 : Desapareça

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DYLAN

— Eu te amo Alissa — Como nunca amei ninguém antes.

Eu seguro minha respiração quando completo minha frase mentalmente, sentido cada batimento cardíaco meu ir rápido demais ao ponto de maltratar cada canto ou parede interna da minha caixa torácica que já reclama da tortura emitindo dor.

Eu ponho sua mão sobre meu peito porquê quero que ela sinta.

Nem que seja só por um pouco, quero que ela sinta tudo que causa em mim, tudo que eu sinto agora e como isso faz meus batimentos irem mais rápidos por ela.

Alissa analisa sua mascote em choque, prestando atenção em cada amuleto de forma rápida como se não acreditasse que aquilo realmente estava ali.

Eu fecho a pequena caixa de veludo em meu bolso vendo que seu conteúdo agora está aonde eu queria mesmo velo. Com ela, porquê foi feito para ela...

Eu vejo o relógio em meu pulso atingir a meia noite nos seus dois ponteiros me fazendo intensificar o aperto em seu pulso para que ela não pare de ouvir tudo que sinto, ela tem que escutar porquê talvez se ela escutar ela entenda, talvez ela entenda nem que seja por um pouco.

Olho em seus olhos para ela saber que realmente estou falando sério, e suspiro liberando meu ar preso, para garantir que não me asfixie involuntariamente e estrague tudo tendo um ataque aqui.

— Feliz aniversário anjo — Eu entrelaço seus dedos sobre os dela.

Alissa encara sua mão abrigada na minha, encara nosso contacto físico com os os olhos carregados de Iris azuis intensas que servem de espelhos para todas as luzes espalhadas nesse jardim, que servem de espelho para todo o mar abrigado mas margens de seus olhos quando eles ficam marejados.

Ela analisa cada amuleto em seu acessório de ouro branco, analisa cada detalhe delicado em seu pulso.

Uma caverna pequena, simbolizando, a caverna azul o primeiro lugar onde nossos lábios se tocaram em um encontro pela primeira vez, e a primeira vez que ela me tocou...

O pedaço de papel com um coração no centro simbolizando nosso contrato de namoro falso mas que mais tarde veio a se tornar muito mais que uma mentira.

Um pedaço de torta e uma câmera fotográfica que eram nossas condições principais do contrato, eu levaria tortas e café para ela todos dias e em troca ela iria comigo todos dias fotografar a caverna azul.

Eu sempre procurava o por do sol perfeito acreditava que a cada dia eu poderia tornar aquilo melhor, que em um dia encontraria um elemento extra que tornaria a fogo do único lugar que gosto e que minha mãe gostasse especial.

Tinha um por do sol perfeito em um dia qualquer eu só precisaria estar no lugar certo para achá-lo, e descobrir o que faltava ali eu sabia que podia ficar melhor e só algo poderia preenche-lo.

E por fim olho o último amuleto preso junto com ela que balançava assim que o encavamos.

A roda gigante... o primeiro lugar onde eu tive a coragem dizer as mesmas palavras que digo hoje.

— Eu te amo...

— Dylan — Alissa fala olhando diretamente da pulseira para meus olhos enquanto uma lágrima cai no canto de seu olho direito.

Meu coração bate forte ao ver ela chorar, mas o maior aperto é por saber que isso está acontecendo por minha causa, porquê foi aí que eu percebi que estava quebrando, mesmo sem querer.

Dangerous collisionOnde histórias criam vida. Descubra agora