Capítulo 50: Borboleta

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DYLAN

[...]

— Você já parou um momento para pensar em como tudo as vezes parece não fazer sentido — A garota de olhos claros ao meu lado diz sem tirar os olhos do por do sol que iniciava e captava a atenção de nós dos dois — Ou se faz sentido qual é o verdadeiro sentido?

— Qual é o sentido que o que? — Eu olho para tudo quando partilharmos o mesmo fio de pensamento — O sentido da vida ou de todas as outras coisas que nos rodeiam?! Se eu já parei para a pensar... Já sim, mas você quer mesmo saber? Pouca gente me pergunta o que eu penso.

— Porquê será? — Ela abre um sorriso perfeito e finge estar chocada — Espera eu acho que sei! Eu sei a resposta.

— É sério mesmo — Eu finjo o mesmo choque que ela, e por fim abro um sorriso sarcástico — Me diz a resposta Beasley

— Eu acho que é porquê as pessoas podem vir a ter medo do que você pensa, por você sempre intimidar todo mundo.

Ela fala com atenção no por do sol o admirando, igual a mim só que eu admirava o por do sol que ocorria no reflexo das íris de seus olhos tão claros como a água da caverna por baixo de nós

— Ou a outra possibilidade e a que eu mais acredito — Eu fixo meus olhos nela com atenção — As pessoas acham que você nem pensa nada e somente um convencido.

— Você acredita no que os outros falam — Eu me aproximo de seu rosto e vejo imediatamente sua atenção vir para mim, eu percebi que somente preciso ficar perto para seu corpo responder ao meu, e eu adorava isso nela

— Eu prefiro tirar minhas próprias conclusões — Ela diz nervosa a medida que avanço lentamente contra ela — E... e v-você quer saber o que eu penso?

Eu apenas assinto quando sinto sua respiração ir contra minha pele e seu cheiro viciante ir contra minhas narinas as viciando ainda mais com seu cheiro, eu sabia que alimentar aquilo seria como a porra de uma droga.

Ela me viciava, eu sempre queria consumir mais dela e saberia que aquilo seria a minha ruína, porquê Alissa Beasley era diferente de todas pessoas que já conheci, ela era a única que me desafiava e aposto que com sua inteligência se ela bem quisesse me colocaria de joelhos perante ela.

— Já ouviu falar no efeito borboleta? Ou teoria do caos ? — É como se o bater de asas de uma borboleta aqui em Nova York pudesse causar um tornado na China por exemplo.

— Claro e eu é que não penso nada... — Eu gargalho quando Alissa bate meu ombro com força me fazendo perder o equilíbrio e ir contra ela causando a queda de nós dóis que rimos ao sentir nossos corpos colados sobre o chão. — Eu estava brincar eu acredito sim nas suas borboletas.

— A teoria não se baseia só nisso a borboleta é usada para mostrar como uma coisa pequena tem consequências grandes mas isso acontece também nas nossas vidas — Ela fala me encarando deitado ao seu lado — Por exemplo como a gente se conheceu... nossa coisa pequena foi aquela briga com a Poppy. Imagina se eu não tivesse me metido, ou se a brincar nem sequer acontecesse? Você nunca teria reparado em mim nem eu em você, ou imagina.

Eu penso e vejo que ela tinha razão, quanto entendo o sentido dessa teoria.

É como mesmo que um evento que ocorreu em um momento seja insignificante a princípio, com o passar do tempo as alterações se acumulariam, gerando um evento totalmente diferente daquele que foi inicialmente previsto. É como se um pequeno acontecimento mudasse toda nossa história.

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