Capítulo 49.1: Monstro

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ALISSA

Minha cabeça dói essa é a primeira coisa que eu noto quando começo a despertar, em como a dor toma conta de mim e em seguida como faz todas as outras partes do meu corpo não me obedecerem tanto quanto deveriam.

— Eu posso ser o que você quiser — A voz de Peter ecoa no fundo e logo em seguida eu tomo cor consciência de que não estou sozinha.

Eu sinto algo macio por baixo de mim e um tecido leve que aos meus dedos parece veludo, outra prova de que não estou na sua carrinha —te difícil.

— Não se enforce tanto.

Peter fala próximo de mim fazendo o medo entrar por cada extensão da minha pele e pavor dominar cada célula minha do sangue que corre em minhas veias, sinto tanto medo que meus dedos se tornam trêmulos, é isso que acontece quando você está em uma situação de tanto perigo que até o terror é capaz de perfurar seus ossos.

— Tem um comprimido e água do seu lado direito por cima da cômoda — Ele fiz com cuidado d pouco a pouco meus olhos se abrem permitindo ver sua silhueta e vestes escuras a minha frente quando ele está se senta numa poltrona a minha frente onde uma lareira está acesa atrás.

— Para mim você pode é se foder que eu não dou a mínima — Eu falo sem me importar em deixá-lo zangado — Isso também serve para tudo que vem de você.

Meus olhos focam no fogo da lareira por trás de Peter, a lareira é de um tom rústico assim como o resto das paredes desse lugar, mas um rústico misturado com a arquitetura moderna.

Eu finalmente me forço a encarar Peter e o vejo, suas vestes são tão escuras quanto seus olhos, sua camisa gola alta por cima do casaco parece mantê-lo aquecido igual a lareira a sua trás, todo o ambiente o deixa a vontade, tanto que ele põe seu pé direito sobre o seu joelho esquerdo em uma pose de autoridade.

Eu presto atenção nas árvores altas através da janela, presto atenção em como o vento sofra e faz suas folhas dançarem rápido.

Só tem um sítio em Riverwood onde tem, tem árvores assim, na floresta perto do rio, um lugar bonito mas também muito perigoso, um lugar que é abandonado e pouco visitado mas sem ninguém. O que me faz perceber que sim, estou condenada.

— Naquele dia que eu te liguei eu ouvi quando Trevor disparou contra você ou seu carro — Peter fala me encarando enquanto me sentava numa poltrona a sua frente mas ainda perdida — Eu ouvi claramente quando você gritou o nome dele e desesperada quase perdeu o controle de seu carro.

— Não é o que você queria — Ru bufo indignada — Você desde o início sempre quis fazer mal para as pessoas.

— Eu vi você partir para Nova York e senti tanto sua falta Alissa eu só queria que você voltasse — Ele sorri com cuidado cada movimento de Peter era calculado assim como suas ações — Eu fiquei contando os dias e acompanhava seu movimento de sua casa até sua faculdade pelo Ship que eu coloquei no seu celular.

Eu olho para Peter quando ele me mostra meu celular que repisava em uma mesa de centro entre nós.

— Mas certas coisas foram mudando você conheceu Dylan e logo me esqueceu e a todo o resto — Ele balança a cabeça negativamente — Eu notei que você não ia mais direto para casa, você passava naquela caverna ou estava com ele. Você se lembra do artigo do TheN com uma foto vossa? Você provavelmente nunca descobriu quem tirou aquela foto ou como vos seguiram

Dangerous collisionOnde histórias criam vida. Descubra agora