Capítulo 48 - Ano 2020

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Eu sei, tudo pode acontecer. Eu sei, o nosso amor não vai morrer. Vou pedir aos céus você aqui comigo, vou jogar no mar flores pra te encontrar.
Não sei porque você disse adeus. Guardei o beijo que você me deu. Vou pedir aos céus boce aqui comigo, vou jogar no mar flores pra te encontrar.
Eu sei
Papas da língua

Ainda me encontrava em choque parada a porta e com a mão na boca para abafar algum tipo de som que pudesse sair dali como se algum fosse sair o que eu duvidava muito.
Murilo permaneceu ali parado também e com uma expressão interrogativa em seu rosto.

— Devo abrir ou não? — Ele perguntou quando viu que eu não ia mesmo responder.

Queria dizer não, mas não tive coragem e também não odiava mais tanto minha mãe.
Naquele meses ela e eu passamos a conversar muito sobre tudo e até contei que estava grávida ela ficou muito feliz por mim e estava me tratando bem demais, era como se eu fosse sua filhinha de novo antes do acidente, antes de tudo.

— Deixa. — Ele o fez e qual não foi minha alegria e surpresa ao ver que não só minha mãe estava ali, mas Julie também com malas e tudo.

— Se não é a gravidinha mais linda desse mundo. — Julie correu em minha direção quase me derrubando ao me abraçar.

— Minha jujuba. — Murmurei contra seus cabelos.

— Vai com calma Julie. — Minha mãe resmungou para ela a fazendo revirar os olhos.

— Boa noite Murilo. — Julie cumprimentou e minha mãe fez o mesmo.

Ele soltou alguma frase que não compreendi muito bem, pegou as malas que estavam no corredor e as colocou para dentro fechando a porta logo em seguida.

— Mas o que fazem aqui? O que tá pegando? — Perguntei curiosa demais para me conter.

— O que lhe parece? Viemos para ficar Dora. 

— Sério isso? — Perguntei surpresa.

Em partes estava feliz, minha irmã vinha morar junto comigo, mas a outra parte não estava pois minha mãe também vinha.
Mesmo que ela e eu estivéssemos nos damos bem eu sabia como ela era e que pegaria no meu pé e no da Julie.

— Óbvio minha filha. Está grávida e está sofrendo complicações, vai precisar de mim. — Ela se sentou ao meu lado e pegou na minha mão.

— Quem disse que estou sofrendo complicações? Tô muito bem tá legal. — Protestei chateada.

— Murilo me contou que você está com anemia meu amor, sabe que é perigoso esse tipo de doença tanto para você quanto para o bebê, vai que precise de transfusões de sangue. — Meus olhos saltaram.

A médica tinha me alertado sobre aquela possibilidade pois a doença que eu estava fazia com que eu necessitasse daquilo, só que pensar e saber era uma coisa, aceitar era outra e esperava de verdade não precisar.

— Não vou precisar fazer  isso.  — Disse convicta e senti um movimento ao meu lado quando Julie saiu e Murilo se sentou me abraçando.

— Mesmo que não precise cá estamos e se porventura precisar Julie tá aqui. Vocês são o mesmo tipo sanguíneo. — A olhei em pânico querendo deixar bem claro que não precisava que ela fizesse.

— Para com isso Dora. Eu te amo e sabe que fazer isso não é sacrifício algum. Tudo por você e esse bebê lindo.

— Bom, então está decidido. Não se preocupe Isadora, vamos ficar no segundo quarto.

Meu erro ( Em Revisão  ) Onde histórias criam vida. Descubra agora