Meu erro ( Em Revisão )

Capítulo 6 Ano 2010

Eu não estou com medo... De ficar de pé, todo mundo venham e segurem a minha mão. Passaremos pela tempestade não importa o clima esteja quente ou frio apenas saiba que você não esta sozinho, grite se você sente que passou pelo mesmo
Not afraid
Eminem

Eu estava ensandecida, perdida em meus próprios sentimentos confusos e raivosos e por mais que eu sentisse pessoas me puxando e gritos histéricos da Barbie do mal, eu não conseguia parar. Cada tapa que eu dava em seu rosto era como um grito de liberdade que eu soltava sem nem ao menos abrir a boca.

Algo dentro de mim havia despertado e aquela garota iria pagar por cada palavra maldita que proferiu sobre meu pai. Eu aceitava tudo, tudo que falasse de mim, mas não aceitaria que falassem das pessoas que amava.
Sabia que a violência não levava ninguém a nada, mas era difícil para mim aceitar tudo calada.

— Você vai arrancar meu cabelo sua louca.

— Nunca mais fale sobre meu pai e meu irmão ouviu bem? Isso se você quiser manter esses seus belos cabelos em sua cabeça. — Falei em seu ouvido e soltei sua cabeça com força no chão.

Saí de cima da cadela e peguei minha mochila que havia caído para o lado.
Me ajeitei como se nada tivesse acontecido e endireitei os fios de cabelo que estavam fora de lugar.

— Mas o que significa isso tudo? — Uma senhora gordinha, de cabelos grisalhos e roupas horrorosas veio correndo em nossa direção.

O suor escorria por sua testa e a parabenizei internamente por ela ter conseguido nos alcançar tão rápido, dado a sua idade avançada.

— Essa louca me atacou. — Belle falou e se levantou com a ajuda de seus clones.

Dei um sorriso satisfeito com o sangue que vi escorrendo de seu nariz e os tufos de cabelo caídos no chão. Minha vontade era de pegar um pouco e levar para casa como um troféu.

— Belle, o que aconteceu?— Ouvi a voz rouca de Murilo chegar aos meus ouvidos.

Ele havia chegado ali e nem ao menos me dei conta de tão contente que estava por arrancar aquele sorriso de deboche que Belle tinha em seu rosto plastificado.

— Aí Murilo foi horrível, essa louca me atacou. Olha o que ela fez em meu cabelo. — Revirei os olhos pelo drama que ela fazia.

— É verdade isso menina? — A senhora me perguntou e dei de ombros. Não havia porque negar.

— Ela me provocou. Agora ela vai aprender a ficar longe de mim.

Ela se agarrou a cintura do namorado e me lançou um olhar maligno.

— Agora é guerra sua bruxa. Vou fazer da sua vida um inferno. — Fiz minha melhor cara de paisagem e nem liguei para suas ameaças.

— As duas vão me acompanhar para a diretoria. — A mulher se virou e a segui.

Olhei para trás e vi a Barbie do mal nos seguindo bem atrás com Murilo a abraçando pela sua cintura. Ela chorava e ele parecia tentar acalmá-la, mas seus olhos encontraram com os meus e eu não sabia interpretar o que havia ali. Se ele estava me odiando por ter feito o que fiz com a namorada ou se ele sentia pena de mim. Eu não sabia qual dos dois sentia mais raiva.

Quando chegamos a sala da diretoria, a senhora não permitiu que Murilo entrasse conosco e somente eu e a Barbie do mal ficamos lá. Aquilo iria ser interessante.

Sentei em uma das cadeiras e estiquei os pés em cima da mesa da mulher, que pela placa dourada pude identificar como Carmem.

— Sente-se direito menina, aqui não é um botequim. — Revirei os olhos.