Capítulo 4 Ano 2010

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Pegue sua pá,
Vamos cavar um buraco bem fundo para enterrar o Castelo, enterrar o Castelo.

Brick by boring brick
Paramore

Fui para meu quarto me questionando como meu dia de merda poderia piorar além daquilo e desisti, pois tinha uma teoria de que quando estava ruim sempre poderia piorar. Ficar perguntando aquilo era perca de tempo e poderia me trazer mais azar.

Joguei minha mochila no chão do quarto, repleto de roupas espalhadas e me sentei na minha escrivaninha.

Olhei para o caderno de desenhos que estava dentro da mochila aberta. Com a queda um pequeno pedacinho dele ficou à mostra. O peguei e o abri após tantos meses sem nem ao menos fazê-lo.

Meu pequeno lápis preto, já apontado tantas vezes, estava lá, preso em seu local habitual. Nas espirais ao lado.

Algo me incitava a desenhar de novo, era como um chamado e eu não conseguia me segurar, enquanto eu não fizesse o desenho eu não conseguiria sossegar.
Uma imagem, um rosto, um belo par de olhos negros, cabelos muito escuros e uma boca provocante.

Sem que eu me desse conta, os traços já começavam a tomar formas no pequeno espaço em branco. As linhas se complementavam e formavam uma imagem nítida.

Mordi a ponta quando finalizei o desenho. Gostaria de dar cores, mas achava que daquela forma estava perfeito. Era lindo por si só, sem que eu precisasse acrescentar algo mais.

E assim, o rosto de Murilo tomou forma diante de meus olhos, eternizado no pedaço de papel.

Eu só não conseguia entender o porquê dele ter sido a primeira coisa que havia me inspirado após tanto tempo.

Eu só não conseguia entender o porquê dele ter sido a primeira coisa que havia me inspirado após tanto tempo

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Após ter comido um lanche rápido, me deitei em minha cama. Estava cansada e com sono, mas sabia que quando meus olhos se fechassem as lembranças viriam a tona para me atormentar.

Era tudo tão vívido, tão real, como um filme de final ruim que eu não conseguisse esquecer de nenhuma maneira.

Estava sempre em uma luta diária contra o cansaço que assolava meu corpo. E eu sempre perdia.
Após uma noite em claro, com doses e mais doses de café. Meu corpo não aguentou e cedeu ao cansaço.

Naquele momento meus olhos estavam pesados e meus membros pareciam ter sido feitos de chumbo. Tentei controlar minha imensa vontade de dormir, mas perdi a luta, cedendo ao cansaço e fechando meus olhos.

 Tentei controlar minha imensa vontade de dormir, mas perdi a luta, cedendo ao cansaço e fechando meus olhos

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