Capítulo 30 - Ano 2010

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Qual a pior coisa que eu poderia dizer?
As coisas seriam melhores se eu ficasse
Adeus e boa noite
Adeus e boa noite
Helena
My chemical romance

Os clipes que passavam no tvz não foram capaz de me animar. Nem mesmo Beyoncé que era tão animado, mas escutar a música que ela fingia ser um garoto me quebrava.
Se eu fosse um garoto eu não iria escolher quebrar o coração frágil de uma garota problemática. Iria medir as consequências de meus atos.

— Isadora o que está acontecendo com você? — Olhei para o lado e vi o rosto preocupado da mimha mãe. Estava tão distraída que nem havia me dado conta de sua aproximação.

— Não é nada mãe.

— Sei que é Isadora. Você está da mesma forma que estava quando chegam os aqui no início do ano. Retrocedeu. — Ela se encostou no sofá e ficou vendo o próximo clipe comigo.

— O seu maior pesadelo não é? — Falei sem nem ao menos me dar o trabalho de me virar.

— Acha mesmo que só me importo de ter minha filha alegre de novo? Não é só isso Isa, eu quero te ver bem. — Se Eu não comhecesse minha mãe eu quase acreditaria em suas palavras, mas eu sabia que não eram verdadeiras em partes.

— Você quer tanto meu bem que está feliz por se ver livre de mim. Só espero que quando Julie ficar mais velha você não faça igual dona Lívia. — Me levantei do sofá e segui o caminho para a escada. O quarto naqueles dias eram meu único refúgio.

— Acha mesmo isso? Não seja insensível Isadora, estou tentando.

— Você sempre me culpou pelo o que aconteceu com as pessoas que eu tanto amava, me fez crer que eu era a culpada, desculpe se não consigo confiar em você. — Deboche dançava em minhas palavras com o pedido de desculpas.

Antes mesmo que ela pudesse falar mais alguma coisa corri para meu quarto e fechei a porta com força.
As lágrimas escorreram por minhas bochechas e me xinguei por estar sendo tão fraca ultimamente, chorando por coisas que não valiam a pena.
Olhei para as malas que estavam posicionadas uma ao lado da outra perto do meu guarda roupa. Tudo se encontrava pronto para a minha mudança, até mesmo a roupa que eu usaria no baile de formandos.

Meu celular apitou com o aviso que uma mensagem havia chegado.
Era Murilo perguntando se me veria hoje e até quando eu pretendia o evitar, o que estava acontecendo. Para eu dar sinal de vida, qualquer um. Quase respondi, quase fraquejei, mas me parabenizei por somente o ignorar.

Não tinha mais o que falar para Murilo somente fazer o que tinha que ser feito. Causar a dor na mesma medida em que ele causou em mim. Eu merecia uma vingança, eu tinha que ter aquilo para encerrar aquele ciclo.
E eu teria naquela noite.

Abri a porta sem nem ao menos esperar que Ellie tocasse a campainha

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Abri a porta sem nem ao menos esperar que Ellie tocasse a campainha. Seu dedo estendido no ar para provar que aquela ação iria ser feita.

— Como sabia que eu já estava aqui?

Meu erro ( Em Revisão  ) Onde histórias criam vida. Descubra agora