Bom o suficiente

Capítulo 15

Os três estavam sentados no chão, Emma contava histórias de quando era pequena para Norman, o albino ria enquanto Ray revirava os olhos ouvindo as mesmas histórias.

— Quando eu fui ao zoológico pela a primeira vez, eu tinha oito anos, eu insistir tanto para minha mãe, para montar na girafa, que ela teve que pagar os caras do zoológico para eu montar. – ela fez uma pausa, tinha um sorriso enorme no seu rosto – Mas eu caí da girafa e ela quase pisou em mim. Porém, valeu a pena! Foi o melhor dia da minha vida. 

— Espere, você realmente subiu em cima de uma girafa?! – Norman perguntou com os olhos arregalados.

— Sim! Foi incrível, exceto pela parte que tive que ir para o hospital por causa da queda. – Seus olhos verdes brilharam de entusiasmo.

— Puff, Emma, ​​você é muito boba! Quem em sã consciência subiria em uma girafa? – disse Ray cortando o humor da garota.

— Ray, por que está dizendo isso? Era o sonho dela, você não tem sonhos a cumprir? – Norman perguntou com uma risada baixinha.

— Sim, eu tenho, eu tenho o sonho de me mudar para longe de vocês. – ele fez uma pausa – Seria maravilhoso.

— Vamos atrás de você, não se preocupe, você não pode viver sem nós. – disse Emma se jogando em cima de Ray para abraçá-lo.

Norman soltou outra risada, Emma esmagava Ray em um abraço enquanto ele tentava empurrar a garota para longe.

— Você são muitos tóxicos! Affer – Ray falou zombeteiramente, e isso só arrancou mais risadas do albino.

— EU TIVE UMA IDEIA MARAVILHOSA! – gritou a garota, mudando repentinamente de assunto.

— E qual seria sua ideia? – Norman perguntou olhando para ela.

— Aí, lá vem besteira. – disse Ray revirando os olhos

— Vamos brincar de atuação, eu vou falar um tema e vocês irão atuar. – ela fez uma pausa – Eu serei a juíza. E Ray, não adianta reclamar ou fugir, você vai ser o primeiro e o tema é: Ninguém veio na minha festa de aniversário.

Ray suspirou, Emma e Norman se sentaram um ao lado do outro para abrir espaço para o mesmo.

— Se quiser, posso fazer a voz da sua mãe. – a garota sugeriu, e o mesmo concordou – Ok.

—Eu acho que meus convites desapareceram. – Ray começou a agir o mais naturalmente possível – Mamãe, me diga por que diabos ninguém está aqui?

— Filho...

Foi quando, Ray, teve uma lembrança distante, ele se lembrou do primeiro aniversário de Norman em sua casa, e de como ninguém tinha ido, e que para animá-lo, ele deu ao albino um de seus brinquedos, ele sentiu as lágrimas molharem seu rosto, talvez ele estivesse triste ao lembrar disso, talvez ele estivesse com raiva porque nenhuma criança tinha ido no aniversário de seu amigo.

— Talvez estejam fazendo uma piada cruel comigo, tanto faz, apenas significa que vai sobrar mais bolo para mim. – As lágrimas molharam seu rosto ainda mais, a vaga memória de Norman chorando e comendo bolo sozinho havia esmagado seu coração.

— Filho, por favor, não chore!

— A FESTA É MINHA E EU CHORO SE EU QUISER! – Ele se lembrou das palavras de Norman, e os olhos do albino se arregalaram. Norman, soube, que Ray não estava atuando, ele estava se culpando por um acontecimento antigo.

— Onde estão seus amiguinhos, Norman? – Isabella perguntou olhando para o menino que estava sentado no sofá.

— Não sei... – O menino começava a chorar – Eles não vieram.

— Norman, não chore, você ainda pode brincar e comer bolo com o Ray.

— A festa é minha e eu choro se eu quiser!

Isabella suspirou e se distanciou, após alguns minutos Ray, aproximou-se com um boneco de um super-herói qualquer.

— Isso é para você não ficar triste, Norman, e não chore, seus olhos são lindos demais para derramar lágrimas. – Ray fez uma pausa – Olha, vai ter mais bolo pra você, ha, ha!

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Olá, olá.
Como vocês estão? Eu espero que bem.
Desculpem a demora, mas, acho que vocês já estão acostumados hehe...

Obs: A Isabella, sempre amou os dois, mas como o ponto de vista é do Ray, ele sente que a mãe não o ama, pois tem dificuldade em perceber certas coisas.
A partir de hoje, as memórias do Norman também aparecerão.