Capítulo 23

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— Eu me senti atacado com suas palavras, amor. – Norman disse tirando as chaves da casa de sua mochila, o moreno deu de ombros.

— Perguntei? – Ray resmungou mais uma vez, o albino colocou a chave na fechadura e destrancou a porta. Logo ele retirou a chave e abriu a porta, a casa estava silenciosa. Isabella tinha saído, provavelmente para trabalhar.

— Que grosseria, eu até diria para você usar essa grosseria na cama. No entanto, sou uma pessoa respeitosa e não vou falar tal blasfêmia. – O mesmo disse dando passos para frente, Ray veio logo atrás dele e fechou a porta. – Por que você está tão rude?

Um suspiro cansado escapou dos lábios do moreno, ele deixou a mochila no chão e se jogou no sofá. Norman deixou sua mochila na mesa e sentou no chão, pegou a mão de Ray e entrelaçou seus dedos.

— Hoje foi tedioso e ruim ao mesmo tempo, quer dizer, pra mim foi. Para Emma eu acho que foi um bom dia! Ela tirou uma boa nota em física e descobriu que um garoto está gostando dela, um garoto transgênero. – A voz de Ray soou abafada, justamente porque seu rosto está enterrado nas almofadas. – Só acertei 50% do teste!

— Oh? Você foi bem, só acertei 30% no teste, parabéns. E não se preocupe, também há alguém que gosta de você. – Norman disse soltando uma risadinha, ele acariciou a mão de Ray – Um menino transgênero? Tem um garoto transgênero na escola?

— Sim, só não sabemos quem é. – Ray disse soltando a mão de Norman, ele se virou e olhou para o teto branco – me sinto mal por você sempre me ajudar e eu nunca te ajudar. Tipo, às vezes eu me lembro de um tempo atrás que eu era um merda com você.

Um silêncio tomou conta, os ombros de Norman caíram. Os olhos de Ray captaram aquele momento, um sinal de derrota? O albino suspirou e abaixou a cabeça, depois ergueu a cabeça novamente.

— Eu também errei com você. – ele murmurou, o mesmo virou a cabeça levemente e seus olhos encontraram os de Ray – Nós dois cometemos erros um com o outro. Perdoe-me.

— Perdoe-me também, Norman.

O de olhos azuis abriu um sorriso gentil e caloroso, o moreno tentou retribuir à sua maneira. Norman se levantou e se jogou em cima dele, fazendo Ray reclamar, mas as reclamações terminaram assim que Norman o abraçou.

— Eu sinto que às vezes eu vou fazer você chorar e que você vai fazer eu chorar também. – Norman disse contra a pele do pescoço do outro, Ray levou a mão ao cabelo dele:

— Somos dois merdinhas, é bem provável que isso aconteça.

— É. – Normal afirmou, ele levantou levemente a cabeça e pressionou seus lábios nos lábios de Ray, o albino jurou sentir seu coração se acalmar. – Me desculpa se isso acontecer.

— Por que pedir desculpas por algo que ainda não aconteceu? Não vejo necessidade. – Ray fez uma pausa, ele umedeceu os lábios – Mas, também sinto muito se isso acontecer.

— Ótimo. – Norman disse sorrindo levemente, ele olhou nos olhos dele e murmurou: – Só hoje eu te quis um milhão de vezes, sabia?

— Eu tento te esquecer, porque se eu me lembrar de você não conseguirei fazer nada. – Ray falou, o albino soltou uma risada e selou seus lábios novamente com os de Ray.

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Olá
Como vocês estão? Eu espero que bem!
Beijinhos.

Bom o suficienteOnde histórias criam vida. Descubra agora