Capítulo 21

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A janela refletia o brilho do sol, a luz do sol iluminava os cantos do quarto. Ray abraçava Norman calorosamente, o albino estava com seu rosto enterrado no pescoço do moreno, ele respirava seu perfume natural. Dava para ouvir o canto dos pássaros lá fora, Ray abriu os olhos e olhou para o teto preguiçosamente, mais um dia tedioso de escola.

— Ei acorde! – falou Ray cutucando Norman, ele franziu a testa quando o outro apenas se remexeu em resposta – Fala sério, estamos parecendo dois gays assim!

Somos dois gays, Ray – murmurou Norman com sua voz sonolenta, Ray revirou os olhos e empurrou o mesmo – Qual é, deixa-me dormir!

— Honestamente, não estou com vontade de me atrasar para a escola! Mas se você está com vontande de se atrasar, fique a vontande, gay. – Ray se levantou e caminhou até o armário para pegar o uniforme e os sapatos da escola, depois caminhou em direção ao banheiro – Hoje temos prova de física, não se esqueça disso!

— Posso recuperar minha nota em física mais tarde, é fácil. Você também pode, vamos Ray! Falte aula comigo, só hoje... – disse Norman sentando-se na cama, Ray fechou a porta do banheiro e o albino suspirou – Tudo bem, você venceu! Vou me preparar, caramba...

Ray mordeu um pedaço de pão com presunto e queijo, Norman caminhava ao lado dele ainda com uma expressão sonolenta no rosto, o albino realmente não consegue ficar acordado por mais tempo do que o normal.

— Como deixei você se aproximar de mim em tão pouco tempo? E como eu deixei você me beijar e dormir comigo?! – Ray falou afastando o sanduíche de seus lábios, ele acabara de perceber isso – Seu manipulador!

— Como eu disse, Ray. Consigo tudo o que quero e, desde o início, eu estava disposto para tudo, só precisava de uma chance, e não foi tão ruim, foi? – Norman falou despertando

— Mesmo assim, você ainda é um manipulador! Hm, não foi tão ruim, é só... isso é meio errado, “somos irmãos”, entre aspas. – disse Ray suspirando e dando outra mordida em seu sanduíche

— Não somos irmãos, não somos filhos da mesma mulher ou do mesmo homem. Isabella me pegou para cuidar de mim, falando abertamente com você agora, sua mãe pode ter me “adotado”, mas eu não tenho o sobrenome dela e não vejo Isabella como minha mãe, eu apenas a chamo de mãe por gratidão, digamos assim. Não é errado, e eu também já decidi uma coisa, Ray.

— Você não tem o sobrenome da minha mãe? – perguntou Ray, ele arregalou seus olhos de surpresa – Foi por isso que seu pai encontrou você com tanta facilidade, ah... o que você decidiu?

Norman parou de andar, Ray também parou de andar no mesmo momento, o albino abriu um belo sorriso gentil e olhou nos olhos de Ray, ele estava confiante, muito confiante e o moreno acabou se assustando com toda aquela confiança.

— Eu vou morar com meu pai, vou me tornar um Ratri legítimo e, assim, nem seremos irmãos entre aspas, Ray. E assim poderemos finalmente ficar juntos, a menos que você não sinta o mesmo por mim.

— Que? Você literalmente intimidou seu pai e agora está me dizendo isso, Norman?! Você jogou tantas coisas consideráveis absurdas na cara do seu pai e agora me diz isso?! Não te entendo, Norman. Qual é a lógica? O que está acontecendo na sua cabeça, afinal? – Ray ficou chocado, estremeceu ligeiramente ao perceber que Norman ainda sorria

— Você não precisa entender minha lógica, Ray. O que está acontecendo na minha cabeça é como uma tempestade que está afundando lentamente meu navio, mas você é minha salvação e nem mesmo você sabe disso, bem, agora você sabe. Às vezes, a melhor forma de conhecer o novo território é intimidar quem já mora nele, ver como ele vai reagir, analisar e ver se ele é confiável ou não.

— Então... a noite passada não significou nada? Eu era apenas uma peça no seu tabuleiro de xadrez, Norman? Eu..

— Não, a noite passada foi muito importante para mim e significou mil coisas para mim! Você, Ray, que me inspirou a fazer isso, e ontem à noite eu tive ainda mais certeza de que tenho que fazer isso. Entende? Você não é uma peça no meu tabuleiro, é o meu manual que me ensina e me orienta para vencer o jogo, é diferente, Ray.

— Eu sou seu manual? Isso é algo romântico ou abusivo? – Ray franziu a testa

— Depende de como você joga – Norman riu – Vamos, você não quer se atrasar para a escola, quer?

— Não...

.・゜゜・.・゜゜・.・゜゜・.・゜゜・

Oi oi
Quem está vivo sempre aparece, não é?
Como você está? Espero que bem, haha!
O final de ano já está aí e meu Deus, como esse ano voou!
Passei de ano, uffa! E você?

Bom, não sei se postarei mais capítulos este ano! Por isso, já vou desejar a todos um feliz natal e um próspero ano novo! Boas festas e use máscara! <3

Aliás, já tomei a segunda dose da vacina contra o covid19! E recomendo a todos vocês vacinarem direito, quero todos imunizados e se cuidando! <3

Aviso: Os próximos capítulos provavelmente terão lágrimas
Este capítulo pode ter sido confuso para alguns, então vou explicá-lo com mais clareza: Norman estava manipulando seu próprio pai para saber se ele era ou não confiável para seguir em frente com seus planos de se dar bem com Ray.

Beijinhos ♡

Bom o suficienteOnde histórias criam vida. Descubra agora