— Papai me contou há muito tempo sobre você, Norman. Ele me contou sobre sua mãe, Vanessa. – Anna disse enquanto pegava os ovos, farinha e açúcar, o albino pegava as bananas mais maduras.
— Sim, ela não era uma das melhores mães do mundo, estava longe de ser uma, na verdade. – Ele disse rindo levemente, o mesmo separou as bananas com cuidado, ele sentiu os olhos de Anna sobre ele.
— Eu não conheci minha mãe, então não sei como é ter uma. – Anna disse com um encolher de ombros, ela abriu um sorriso abrindo a geladeira para pegar a essência de baunilha. – Tio Peter vai gostar de você, eu acho.
— O irmão do nosso pai? – Norman perguntou, a garota assentiu positivamente. – Você acha?
— Sim, vocês tem o mesmo gênio, Norman. Ele está na Suíça, em sua fazenda. Ele é estranho. Ele prefere ficar isolado na Suíça do que nos visitar. – Anna disse, Norman soltou uma risada um pouco alta.
— Conheço alguém que prefere ficar isolado do que visitar sua família e amigos. Bem, talvez seja apenas o jeito dele. – Disse o de olhos azuis, a garota deu de ombros. – Ele tem uma fazenda?
— Ele tem uma fazenda na Suíça e um orfanato em Canterbury, cerca de 29 milhas daqui, de Rye. – Anna disse com desinteresse na voz:
— Entendo. – Foi a última coisa que Norman disse quando terminou de escolher a última banana. Anna já tinha juntado todos os ingredientes para fazer os pãezinhos de banana e canela.
Fazer pãezinhos de banana e canela é algo que Norman considera sagrado, você não pode errar com nenhuma quantidade, não pode colocar muito porque não quer muito esponjoso e nem muito pouco porque não quer nada muito seco. É algo santo.
O cheiro se espalhou pela cozinha e rapidamente se espalhou pela casa, a loira colocou um pouco de água em uma chaleira para fazer um chá preto, Earl Grey. Norman estava na sala, olhando os discos de músicas antigas do seu pai para colocar na caixa de vinil, escolheu um disco dos Beatles, Oh! Darling, esse era o nome da música.
— Uma dependência emocional em forma de música? – Anna apareceu na sala rindo, Norman suspirou, só porque a música diz que ele nunca poderia viver sozinho sem sua querida não significa dependência emocional, não é? – Estou brincando.
— Você não sabe o que é arte musical, Anna. – Norman disse em tom esnobe, a garota o olhou de cima a baixo fazendo uma careta.
— Faltou me humilhar dizendo que lê clássicos como Sonetos de Shakespeare, Orlando de Virginia Woolf, Frankenstein de Mary Shelley e 1983 de George Orwell. – a menina disse cruzando os braços – É um pé no saco, só esse ano a escola me obrigou a estudar sobre as 37 peças de Shakespeare!
— Você não entende nada de cultura, a escola só quer te ensinar sobre cultura! E tentando fazer de você uma verdadeira britânica. – Ele disse rindo, sua irmã deu um chute na perna dele fazendo ele gemer de dor em seguida.
— Eu sou uma verdadeira britânica! Nasci aqui, na verdade nasci em Manchester e me mudei para Rye aos três anos de idade! – A garota disse com um tom orgulhoso na voz – Você que nasceu no Japão! Por acaso você conhece cinco clássicos japoneses?
— Claro que sei, afinal sou uma pessoa cheia de cultura. – disse o albino, sua irmã franziu a testa duvidando de suas palavras – Mar da Fertilidade de Yukio Mishima, A Casa das Belas Adormecidas de Yasunari Kawabata, Kafka à beira-mar de Haruki Murakami, O livro do chá de Kakuzo Okakura e Musashi de Eiji Yoshikawa!
Anna bufou.
— Tanto faz! – ela disse, mostrando a língua para ele, o mais velho revirou os olhos. Os dois ficaram em silêncio, a música ainda tocava, a menina coçou o nariz. – Você quer dar uma volta de bicicleta pela cidade mais tarde?
— Não, está 50°F lá fora e você quer dar uma volta? – Perguntou resmungando.
— E? Eu vou para a escola de manhã e às vezes faz 28,4°F. 50°F não é tão frio! E do que você está reclamando? No Japão são as mesmas temperaturas!
— Só que no Japão eu não saio pedalando no frio, e olha, tive que comprar roupas específicas pro frio para vim aqui, porque aqui neva! Você sabia que no Japão raramente neva? Só neva nas montanhas e mais ao norte.
— Você parece um velho.
— Vou bater na sua cabeça com minha bengala, criança.
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Olá, como vocês estão?
Até a próxima <3
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Bom o suficiente
FanfictionEle sempre foi melhor, ele sempre teve notas melhores, ele sempre teve mais amigos, ele sempre foi mais sociável, é por isso que minha mãe o ama, mas não é culpa dele, eu não odeio ele, eu sou só apenas uma linha torta. 📌A fanfic pertence à mim, ap...