— Que? – Norman disse franzindo a testa, Emma deu um passo à frente, um estava de frente para o outro, ela levantou a cabeça e olhou nos olhos dele, seus olhos verdes transmitiam aquela confiança que só ela tem e... talvez, ódio.
— Como você pode fazer isso com Ray? Como?! Diga-me! Seu mentiroso! – Emma disse, o albino ergueu as sobrancelhas confuso.
— Do que está falando? Eu nem conheço vocês, é a primeira vez que vejo os dois. – Ele disse, Ray ergueu as sobrancelhas e olhou para ele, Emma apontou o dedo na cara dele:
— Não acredito em uma palavra sua, seu- – A ruiva foi interrompida pelo moreno, que a puxou para trás.
— Emma, você está confundindo as pessoas, perdoe-a, senhor Ratri. Emma não bate muito bem da cabeça. – Ray disse olhando para ele, o outro ficou quieto e balançou a cabeça.
— Anna, mostre o quarto deles, por favor. Eu preciso cuidar de alguns assuntos. – O Ratri disse e então se afastou, ignorando o que acabara de acontecer. Sua esposa, Camilla, foi atrás dele.
Anna não falou nada sobre aquela situação, apenas mostrou o quarto de Emma e Ray, era um quarto confortável, tinha duas camas de solteiro e um guarda-roupa grande, junto com uma mesinha que ficava entre as duas camas com um abajur e havia um banheiro, o banheiro era pequeno, mas era mais que suficiente.
— O que foi aquilo, Ray? Por que você me impediu? – Emma perguntou quando finalmente ficaram só os dois sozinhos, Ray sentou em uma das camas e olhou para ela:
— Você não viu? O olhar confuso de Norman. – Ray disse, Emma franziu a testa, depois balançou levemente a cabeça – Emma, Norman não nos reconheceu, ele não se lembra de nós, muito menos de mim. A propósito, você notou sua esposa? Ela é igual a mim, cabelo preto e olhos verdes.
— Você não é magro como ela. – Emma disse cruzando os braços e sentando ao lado dele.
— Eu sei, mas o que estou tentando dizer é que... Camilla se parece comigo e Norman não se lembra de mim.
— Você está tentando dizer que Norman não se lembra de você, mas o subconsciente dele procurou você em outro corpo?
— Sim, quero dizer, não! Não sei, talvez sim, não sei se essas coisas realmente existem. – Ray disse, a ruiva fez uma expressão pensativa, então seus olhos brilharam:
— Faz sentido, Ray! Você sabe o que isso significa? Não podemos partir até descobrirmos o que aconteceu, esta é uma oportunidade única na vida. – Ela disse sorrindo, Ray concordou e sorriu. – Caramba! Uau. Meu Deus. Sinto-me uma grande detetive.
— Ah, sim, você deveria investir, quem sabe você se tornará o próximo Sherlock Holmes. – Ray disse rindo, Emma balançou a cabeça convencida.
Depois de algumas horas de descanso e arrumando as coisas no quarto, os dois receberam a notícia de que o primeiro dia seria livre e que amanhã começariam os trabalhos. Bom, Ray permaneceu no quarto, lendo alguns de seus livros enquanto Emma saía para explorar a fazenda, a ruiva passeava pelas partes dos animais, as ovelhas pareciam grandes bolas de algodão.
Ela se aproximou do enorme estábulo, era tão lindo, ela tocou na porta, abrindo-a, havia inúmeros cavalos, um mais lindo que o outro, seus olhos brilhavam e a cada passo que dava, ela se deparava com um cavalo de uma cor diferente, de jeitos diferentes.— Vocês são tão fofos amiguinhos! Lindos, muito lindos! – Ela disse sorrindo, tocando um deles e acariciando-o, quando chegou ao final do estábulo, ela só viu uma pequena porta que provavelmente dava para uma sala de ferramentas, sua curiosidade não teria sido despertada se um barulho não tivesse saído por aquela porta.
Emma ergueu as sobrancelhas com curiosidade e se aproximou, encostou o ouvido na porta e não ouviu mais nada, ela se afastou carrancuda, era tudo coisa da cabeça dela? Quando ela ouviu o barulho novamente, ela teve certeza de que não estava louca. Ela abriu a porta com toda a força. Seus olhos se arregalaram.
— Mas... o que?! – Ela disse olhando a cena, Camilla virou o rosto, estava sem blusa, só de sutiã enquanto a outra mulher, provavelmente alguma funcionária, estava com os botões de seu uniforme abertos. O rosto de Camilla ficou vermelho.
— Calma! E-eu posso explicar! N-não conte nada ao Norman, por favor! E-eu posso explicar tudo para você! – Ela disse gaguejando em desespero.
Emma ficou estática, Camilla se aproximou agarrando-a pelos ombros, os olhos de Emma involuntariamente caíram para seus seios, mas ela rapidamente olhou para o rosto da mulher e ela se repreendeu mentalmente por fazer isso, afinal, não era nada decente. Porém, não se pode negar que Camilla é uma mulher muito bonita:
— Casei-me com Norman porque minha família precisava de dinheiro, vivíamos em extrema pobreza e quando conheci Norman na faculdade, vi uma oportunidade de ajudar minha família! Mas não gosto de homens, só casei com ele para ajudar minha família. – Ela começou a se explicar, enquanto a outra mulher ajeitava sua blusa e saia de fininho. – Por favor, não conte a ele, senão ele pedirá o divórcio e eu não poderei enviar mais dinheiro para minha família!
Emma balançou a cabeça e engoliu em seco, então Camilla não é apenas uma mulher fútil que perseguia Norman, bem, ela não será um grande problema.
— Não, está tudo bem, não vou contar nada a ninguém. – Emma disse, Camilla suspirou de alívio e a abraçou com muita força, Emma ficou paralisada novamente. – Escute... só acho melhor você colocar sua blusa.
— A-ah! Claro, já vou fazer isso!
・゜゜・.・゜゜・.・゜゜・.・゜゜・
Olá, como vocês estão?
Afinal de contas, pudemos ver que Camilla não é uma inimiga e sim... talvez.. um possível par romântico ou amiga, quem sabe?
Até a próxima!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Bom o suficiente
FanfictionEle sempre foi melhor, ele sempre teve notas melhores, ele sempre teve mais amigos, ele sempre foi mais sociável, é por isso que minha mãe o ama, mas não é culpa dele, eu não odeio ele, eu sou só apenas uma linha torta. 📌A fanfic pertence à mim, ap...