Capítulo 33

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— Emma, ​​​​você sabe onde estamos? – Ray perguntou segurando sua lata de energético, os dois estavam em uma rua completamente deserta, ela olhou para ele e ficou pensativa:

— Olha, não. Mas eu sei como voltar! – ela disse sorrindo, o moreno fez uma expressão entediada, ela segurou a mão dele puxando-o – Vamos, Ray.

— Oh, pelo amor de Deus, se nós morrermos, a culpa é toda sua, certo? – Ray disse, ela deu de ombros, ele pegou seu celular, tinha sete por cento de bateria. – Tenho bateria para chamar alguém para pedir ajuda.

— Ótimo. – ela disse cantarolando

— Emma, ​​sério, você não tem ideia de que lugar é esse? Parece um caminho para uma seita satânica, com todo o respeito às pessoas que seguem o satanismo, mas nos filmes, seitas satânicas não são coisas boas, tudo culpa do capitalismo e das igrejas que pregam o ódio gratuito.

— Ray, por favor, cale a boca, não há cultos satânicos no meio do nada. – ela disse fazendo uma pausa, a mesma parou de andar e se virou para olhá-lo – Ou existem...?

— Olha, eu acho que existe sim. – disse Ray, ele levou um tapa da ruiva, o garoto gemeu de dor:

— Se for para ser pessimista, é melhor ficar de bico calado, Ray. – Emma sussurrou, seu melhor amigo ficou em silêncio. – Ray, eu tenho más notícias.

— Não pode ficar pior, que más notícias você tem? – Ray perguntou com um sorriso cínico nos lábios:

— Eu não sei voltar.

— O que? Como? Mas você disse há cinco minutos que sabia! – Ray disse olhando para ela indignado, a garota abriu um sorriso sem graça.

— Bem, eu sabia. Mas, reparei bem, e já passamos por este lugar três vezes nos últimos 15 minutos! – Emma disse, Ray colocou as mãos no rosto e esfregou, suspirando três vezes para não surtar – Você não tem bateria? Chame alguém!

— Quem? Se eu ligar para minha mãe, ela vai contar para seus pais e o seu pai vai te trancar em casa pelos próximos quarentena e cinco anos! E seus pais estão obviamente fora de questão. – Ray disse pegando seu celular, pronto para discar um número, ele olhou nos olhos verdes de Emma.

— Ah, ligue para o 110! – Emma disse, o moreno fez uma cara de tédio – Eu falei besteira, não é?

—  Sim, antena parabólica. Se eu chamar a polícia, eles vão entrar em contato com nossos pais e as consequências serão maiores, porque assim nem você e nem eu poderemos sair de casa nos próximos quarentena e cinco anos. – Ele disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, Emma bateu o pé impaciente e cruzou os braços pensativa.

— Ah, simples! Liga para Norman, é obrigação dele vim te ajudar, afinal ele é seu namorado!

— Não é possível, você bateu a cabeça ao pular da janela e esse golpe fez toda a sua inteligência evaporar?! Norman está na Inglaterra, Emma! Mesmo que ele quisesse, ele não poderia nos ajudar, pelo amor de Deus. – Ray disse, a garota se sentou no chão com a cara fechado, ainda pensativa. – Coloque os neurônios para trabalhar!

— Em vez de reclamar como um velho que ainda não recebeu a aposentadoria, me ajude a pensar! Você é o único que não deu nenhuma sugestão até agora, espertalhão! – Disse a ruiva olhando para ele, o outro bufou e sentou no chão também.

Um silêncio se fez presente, os minutos pareciam passar devagar, de forma torturante, o moreno começou a morder o polegar enquanto Emma tentava manter a calma, ela queria chegar bem em casa, mas também não queria receber um castigo grotesco. Foi quando o farol de um carro de repente os iluminou, os dois se levantaram abruptamente e o carro freou repentinamente, fazendo um barulho irritante. A porta do carro se abriu, Emma abraçou Ray e Ray abraçou Emma, ​​os dois gritaram:

— O que diabos vocês estão fazendo aqui sozinhos?! – A voz do professor de matemática deles, Yuugo, se fez presente, os outros dois ficaram quietos e olharam para ele, o homem estava com os braços cruzados e seu cabelo preto, que tem algumas mechas brancas, estava bagunçado.

— Ah? Nada. – Ray disse se afastando de Emma, ​​o homem é seu professor favorito, tudo bem que uma vez, Ray disse que um exercício era muito difícil e o mais velho respondeu: “E? O problema é seu, pra mim está fácil.”, ele também tem uma caneca onde está escrito: “Lágrimas dos meus alunos, brincadeirinha.. é café mesmo.”

— Estamos perdidos, professor Yuugo! – Emma disse desesperada, o homem arqueou uma sobrancelha, Ray suspirou:

— Seus pais sabem que vocês estão fora de casa a essa hora? – Ele perguntou olhando para os dois, a essa altura do campeonato as latinhas de energético já estava amassadas no chão.

— Não. – Os dois responderam em uníssono, o mais velho respirou fundo e apontou para o próprio carro:

— Entrem no carro, eu levo vocês para casa. Se alguma coisa acontecer com vocês, vou me sentir culpado pelo resto da minha vida medíocre. – Yuugo disse indo em direção ao lado do motorista, ele abriu a porta, os dois adolescentes se aproximaram e abriram a porta dos bancos traseiros do veículo. – O que vocês dois estavam fazendo, em um lugar como este a esta hora?

— O mesmo que você. – disse Emma, ​​as portas do carro foram fechadas, Yuugo ligou o veículo e fez um movimento para mudar a direção do carro. – Eu acho.

— Vocês já têm 16 anos, não é? Quase 17, então posso dizer isso. – Yuugo disse olhando para eles pelo espelho retrovisor, Ray franziu a testa. – Então vocês vieram aqui para fazer sexo?

— O que?! Não, não! Que horrível! – Emma disse desesperadamente, Ray engasgou com a própria saliva.

— Eu sou gay! Pelo amor de Deus, não! Que cena horrível de se imaginar. – Ray disse sentindo seu rosto ficar vermelho, por que essas coisas acontecem com ele? Yuugo soltou uma risada:

— Estou brincando, pirralhos. É que Emma disse que vocês vieram fazer a mesma coisa que eu, mas não vim fazer essas coisas, ok? – Yuugo disse com um sorriso divertido nos lábios.

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Olá, como vocês estão?
Os últimos dias foram bastante corridos para mim, por isso a demora!
Até a próxima <3

Bom o suficienteOnde histórias criam vida. Descubra agora