Capítulo LII - Reencontro Part.2

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Música: A Thousand Years - Christina Perri

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- Caralho! – xinguei ao nos jogarmos lado a lado na cama, ofegantes e com os corpos suados, após uma maratona de sexo. – Isso foi muito bom.

- Foi do caralho. Acho que vou derreter de calor, preciso de água.

- Eu pego pra você.

Desci indo direto beber água, peguei meu celular de dentro do bolso do casaco no chão e subi de volta com um copo cheio para Normani. A observei praticamente virar o líquido e me devolver antes de eu colocar junto com meu telefone na mesinha, ao lado da cama, e deitar abraçada com ela. Foi quase automático como nossos corpos se encaixaram com seus braços em minha volta, minha cabeça no seu peito, meu braço na sua cintura e os dedos nos acariciando.

- Tinha esquecido como sexo com você é maravilhoso – ela comentou.

- Eu nunca esqueci – sorri. Ficamos alguns minutos em silêncio olhando para a vista pela parede de vidro em um clima leve e aconchegante. Quis congelar o momento para garantir que nunca mais precisaria ficar sem ela novamente, mas sabia que não podia. Por isso, quis também aproveitar para tirar todas minhas curiosidades sobre os últimos anos. Levantei o olhar observando os traços marcantes do seu perfil e o quanto ela estava perdida na paisagem, linda. – Normani?

- Hum? – me olhou.

- Posso perguntar uma coisa bem pessoal?

- É claro.

- O que aconteceu com o seu noivado?

- As meninas não te contaram essa parte?

- Não, mas tudo bem se não quiser falar sobre.

- Eu não ligo, aquilo não significou nada – deu de ombros.

- Nossa, – me surpreendi – foi tão ruim assim?

- Não, nada foi ruim, simplesmente não significou. Conheci a Emy em uma festa da minha mãe e só nisso você já deve imaginar como ela era.

- Tenho uma noção – fiz uma careta lembrando das festas de Andrea só com as pessoas mais ricas e famosas que se podia imaginar.

- Rolou aquela atração, nós transamos e foi bom, então quisemos mais e continuamos transando. Ela é o que consideram perfeita, entende? Bonita, de ótima família, compreensível, carinhosa, queríamos as mesmas coisas, ela era tudo. Quando quis namorar comigo após algumas transas eu não tinha porquê negar, então aceitei. 3 meses depois ela praticamente já morava lá em casa e um dia se declarou. Foi a primeira vez que falamos sobre o que sentíamos e ela disse que me amava e fez o pedido de casamento.

- Que emocionada.

- Muito. Eu nem a amava, mas, como falei, queríamos as mesmas coisas e achei que a chance de ter um grande amor já tinha passado e eu só tinha que ter alguém. Por isso, disse sim, mas depois não consegui casar, não parecia certo, então fiquei enrolando pra marcarmos a data.

Everlasting Love - NorminahOnde histórias criam vida. Descubra agora