Chapter Ten

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- Filho da puta.- olhei para o lado vendo Benjamin se sentando ao meu lado, ele tinha me dado um susto.- Como sabia que eu estava aqui?

- Storys do Instagram e você não estava visualizando minhas mensagens.- peguei meu celular e vi que as mensagens estavam silenciadas.

- Desculpa, estava estudando. O que foi?- estávamos em uma cafeteria, estava aquecido aqui dentro. Lá fora, começava a cair flocos de neve e formava uma fina camada no chão.

- Então, consegui convencer a pessoa que eu falei antes, ela vai conversar com a gente daqui a dois dias depois da minha aula.

- Quem é?- fecho o livro que estava na minha frente, uma garçonete se aproximou e Ben pediu um cappuccino, eu continuei com minha xícara de chocolate quente que estava pela metade na mesa.

- Elisa Meyner, minha professora de Direito Civil.

- Ela é de uma sociedade?- seguro minha xícara.

- Criadora, ela já trabalha aqui a anos e que eu saiba é a mais velha da casa dela.- Criadores eram da primeira casa, podiam criar coisas a partir de um desenho ou até mesmo recriar algum objeto destruído.

A garçonete entregou o cappuccino de Ben, ele tirou as luvas e deu um gole na bebida.

- Você acha que vai ter mais algum assassinato?- o olho, ele coloca a xícara de volta no pratinho.

- Não sei, não sabemos ainda o que esse assassino quer ou qual é o seu objetivo.- bebi meu chocolate e depois coloquei a xícara na mesa.

- Acha que vão fechar a faculdade?

- Acho que não, a polícia já está " investigando", também não acho que os diretores irão querer perder um ano letivo, muito dinheiro sabe?- sorri fraco.

- Ganância e dinheiro são deuses aqui na Terra.

- Eu aposto que o diretor tem uma piscina de dinheiro.- eu ri cruzando os braços, olhei para Ben e vi seu olhar levantar até meus olhos.

- Eu só...eu tenho medo de quem possa ser a próxima vítima, por isso quero acabar com isso logo. Não quero que a Alisse, a Melanie ou o Daniel morram.- digo

- E eu?

- Você também não.- o empurrei de leve.

- Também digo o mesmo, não quero que nenhum amigo meu morra, durante esse tempo que estava na Inglaterra eu senti falta deles. Mas uma coisa boa é que por causa disso nós nos conhecemos.- sorri fraco.

- Acho que iríamos nos conhecer de qualquer jeito, provavelmente Viviane iria querer me apresentar para você.

- O que ela falava de mim?

- Coisas, várias coisas.- ele riu sorrindo, malditos dentes brancos.

Pagamos nossos cafés e saímos da cafeteria.

- Deus que frio.- digo quase tremendo de frio mesmo com o casaco pesado que eu usava, olho minhas mãos.- Esqueci minhas luvas.

- Não demora.- Ben disse cruzando os braços por causa do vento.

Entrei no estabelecimento e fui direto na mesa onde estávamos sentados, peguei minhas luvas e soltei um suspiro aliviada por elas ainda estarem ali.

- Senhorita D'Angelo?- me viro e vejo a detetive que me interrogou semanas atrás.

- Boa tarde, senhorita...

- Clifford, Denise Clifford.- demos um aperto de mãos.- Como a senhorita está? Depois de tudo que aconteceu?

- Estou bem, estudando bastante.

- Eu estou cuidando do caso de Viviane e agora do garoto que morreu recentemente.

- Você acha eles estão ligados?

- Eu e a polícia temos algumas provas.

- Bom, então, boa sorte no caso.- coloquei minhas luvas, vi Benjamin entrando novamente na cafeteria tirando a neve dos ombros e tremendo de frio. Dei dois passos passando a detetive.

- A senhorita estava no local do segundo corpo, não estava?- parei de andar e olhei para a mulher.

- O que...

- Eu te vi, no meio da multidão com um garoto. Estavam de passagem?

- Sim, recebi uma mensagem pelo grupo da faculdade e fui ver, apenas por curiosidade.

- A senhorita estava no de Viviane também?

- Não.- menti.

- Uhm, a senhorita Hills disse que você não estava na casa naquele horário que foi noticiado a morte de Viviane. Onde estava?

- Estava na biblioteca estudando, não mexi no celular durante o período. Apenas soube da morte de Viviane quando eu estava perto de casa.

- Uhm.- assentiu.

- Tem algum motivo para a senhorita estar me perguntando essas coisas?

- Nada não, apenas queria saber.- ela olhou para os lados.- Tenho que ir, uma amiga minha está me esperando em uma mesa no segundo andar.

- Tudo bem.- sorri, a detetive deu alguns tapinhas nos meus ombros e andou na direção das escadas para o segundo andar.

Andei para perto de Benjamin, sai pela porta e depois ele me alcançou.

- Quem era aquela mulher que você estava conversando?

- A detetive que me interrogou semanas atrás para o caso de Viviane.

- Ah.- andamos em silêncio até eu segurar o braço de Benjamin fazendo o mesmo parar de andar.- O que foi?

- Acho que estamos fodidos.

- Por que?

- Porque eu acho que a detetive está suspeitando de mim.

- Qual o motivo dela estar suspeitando de você?

- Ela viu nós dois na multidão do garoto que morreu, depois me perguntou a onde eu estava na morte de Viviane. Eu menti falando que estava na biblioteca, mas na verdade eu estava no cemitério em uma sessão.

- Merda.- soltei seu braço.- Devemos ser mais cuidadosos de agora em diante.- Ben assentiu.

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