Já era madrugada, estava perto da porta de trás da estufa, a mesma estava com a tranca quebrada. Tinha passado pelo carro de Denise e não tinha a visto dentro do veículo.
Já sabia onde Ben estava, fechei os olhos rapidamente apenas para implorar a Deus ou qualquer força divina para que o plano desse certo, se não, hoje seria o dia de minha morte e a cidade entraria em caos.
Sentia a lâminas fria da faca contra minha pele, eu a peguei na cozinha de minha casa, antes de sair eu dei um chá com um pouco de sonífero para Alisse para ela não notar minha ausência.
Abri os olhos engolindo a seco e me aproximei da porta, o sino da igreja da cidade tocou três badaladas avisando que eram três da manhã.
Entrei na estufa, andando em passos lentos para não fazer muito barulho. As flores estavam plantadas em canteiros no chão, havia corredores para andar entre os canteiros, estava pouco iluminado e o teto era redondo e tranasparente, provavelmente vidro.
No corredor entre um canteiro e outro eu vi o corpo de uma garota no chão e Maxwell estava ao lado, a blusa e calças manchadas de sangue segurando uma faca. Ele tinha a minha idade, a pele branca e cabelos ruivos curtos.
- Pode parar de se esconder, garota.- seu rosto virou na minha direção, os olhos estavam completamente brancos.- Eu já senti sua presença.
- Que bom, pelo menos não precisei fazer nenhuma entrada triunfal.- ele virou o corpo ficando de frente, ainda me aproximava em passos devagar, estava quase pegando a faca dentro da manga da minha blusa.
- Você tem um corpo bem protegido, mas ainda é mortal.
- Meu objetivo é não morrer, Audrey. Ou eu estou falando com o William?
Ele levantou a mão e meu corpo foi jogado no canteiro onde tinha rosas, eu gritei sentindo os espinhos contra minhas costas, mesmo com as camadas de roupa por causa do frio.
Maxwell ou William, ficou por cima de meu corpo, faca em mãos, consegui tirá-la e jogar a arma no meio de um dos canteiros. Dei um soco no seu rosto mas não adiantou nada, o macabre apenas riu.
- Não preciso de arma, mato você com minhas próprias mãos.- ele colocou as mãos ensanguentadas envolta do meu pescoço e começou a aperta-lo.
Segurei seus pulsos tentando afastá-lo mas ele era forte.
- Parado! Mãos para cima!- olhei para o lado e Denise apontava uma arma para Max, Benjamin entrou e estava atrás da detetive.
- Pode parar com o fingimento.- Ben disse logo depois.- Muito bom ver o casal de macabres reunidos.
Ele avançou contra a detetive e os dois lutaram pela posse da arma, os olhos da mulher começaram a ficar brancos.
Depois que Viviane nos avisou que nenhum dos dois estava no limbo, Ben me disse sobre suas suspeitas contra Denise. Des do dia do ataque na quadra de basquete, ele sentia constantemente medo dentro da mulher, mas não um medo simples, um medo mais forte que o normal.
No dia que ela disse que tinha caído no sono, o garoto não caiu na ideia, então ele supôs que Audrey incorporou em Denise.
Seria o plano perfeito, William iria matar as vítimas no corpo de Max e Audrey iria cobrir seus crimes. Ben acredita que a alma de Denise ainda está dentro do corpo mas ele não tem certeza.
Tirei minhas mãos dos pulsos de Max, já começava a sentir minha visão meio turva, escutei um barulho de tiro mas não prestei atenção.
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A Sétima Casa
FantasyA Universidade Willhard era o sonho de qualquer estudante, com seu enorme campus e bons ensinos. Porém, nem tudo na faculdade era perfeito, ela tinha seus segredos. Willhard possuía seis sociedades secretas, cada uma com um dom diferente e especial...