Chapter Twenty-One

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Abro os olhos devagar, estava deitada em uma cama debaixo de cobertas quentes que aqueciam meu corpo. Minha cabeça doía um pouco, me lembro que tinha bebido bastante ontem a noite.

Viro meu corpo de barriga para cima e sinto algo na cintura, olho para o lado de Ben dormia serenamente. Estávamos de roupas então nada aconteceu aparentemente, meu casaco e botas estavam jogadas no chão, eu estava deitada na cama do quarto de Benjamin.

Aproveitei para ver seu rosto, a expressão do rosto relaxada, a respiração leve e os cabelos desarrumados no travesseiro. Porra, como alguém pode ser bonito até dormindo? As vezes eu me perguntava se eu roncava enquanto dormia.

Engoli a seco e vi Ben abrindo os olhos devagar, ele respirou fundo e soltou o ar.

- Bom dia.- disse com a voz rouca.

- Para ser sincera eu nem sei que horas são, talvez nós dois tenhamos perdido aula.

- Eu nunca falto, então uma falta não fará diferença.- revirei os olhos e Ben me puxou para perto, virei meu corpo para o lado para ficar de frente para ele. Seu coração batia em um ritmo um pouco mais acelerado, me fez sorrir fraco.

- Acho que bebemos demais ontem.

- Pelo menos eu não lembro de nenhum de nós dois ter feito besteira.

- Espero. Bom, eu dormi ao seu lado e nenhum espírito puxou meu pé.

- Espíritos estão por toda parte, Roxie. Eles apenas ficam parados olhando as vezes.

- Se você falar que tem algum nesse quarto, eu te jogo daquela janela.- Ben riu.

- Queria ficar mais tempo deitado mas temos uma vida.- levantou, eu resmunguei porque debaixo das cobertas estava quente.

Mas me levantei escutando meu celular vibrar, peguei meu casaco e tirei o aparelho do bolso. Alisse me ligava pela quinta vez.

- Oi?- digo colocando o celular perto do ouvido.

- Meu Deus Roxanne! Não me mata do coração, onde você está?

- Desculpa Aly, eu bebi muito ontem e acabei dormindo na casa de Ben.

- Depois eu quero detalhes se aconteceu algo, mas porra eu fiquei preocupada.

- Desculpa miga.

- Tudo bem, você só acordou agora?

- Sim.

- Perdeu sua primeira aula, não era uma hora da tarde?

- Que horas são?

- Duas da tarde.

- Eu vou faltar hoje, o bom que hoje é só teórica não tem laboratório.

- Que bom, volte para casa ou mande mensagem se for fazer algo.

- Tá bom, mãe.- rimos, me despedi e a mesma desligou.

- Uhm, meu celular estava para vibrar por isso não atendi.- olhei Ben que também estava falando no telefone.- Entendi, vamos para ir o mais rápido que conseguirmos.- desligou.

- Não me diga...

- Mais um assassinato.- me joguei na cama.

- Continuando assim nunca iremos conseguir, a cidade vai virar um caos por nossa culpa.- Ben deu um peteleco na minha cabeça.

- Não vai, pare de ser pessimista, parece até meu pai falando. Levanta, se arruma.

Me levantei, como não daria tempo para eu ir em casa tomar banho para trocar a roupa da festa, peguei um sweather azul escuro de Benjamin.

A calça era preta e calcei as botas nos meus pés, prendi meus cabelos em um rabo de cavalo e segurei meu sobretudo. Ben tomou um banho rápido e colocou calças e blusa de gola alta preta e uma blusa xadrez marrom aberta por cima.

- Tem algum dia que você vai se vestir mal?

- Esse sweather é meu.- colocou o celular no bolso.

- Peguei emprestado.

- Sinômino que eu nunca mais vou vê-lo.

- Provavelmente.- ele sorriu de lado.

- Mas respondendo a sua pergunta, minha mãe é apaixonada por moda, sempre me ensinou a me vestir bem.

- Ainda quero minha Gucci.

- Aqui a sua Gucci.- puxou meu rabo de cavalo de forma leve.

- Ei!- ajeitei o mesmo.

- Vamos.- disse rindo e saindo do quarto primeiro.

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- Eu tô com fome.- digo colocando a mão na barriga.

- Prometo que depois nós vamos almoçar.

- Podíamos ir naquela pensão da senhora Parker, acho que está com promoção hoje.- Ben riu.- Qual a graça?

- Nós estamos falando calmamente sobre almoço e estamos prestes a ver um corpo morto.

- Já estou ficando acostumada.

Saímos do carro nos aproximando da quadra de basquete. Íamos nos aproximar da cena mas dois policiais nos barrarão.

- Eles estão comigo.- Denise disse, sorri para o policial e passamos pela faixa amarela.

Denise puxou o plástico que cobria o corpo, coloquei a mão no nariz sentindo o cheiro de sangue forte. Um homem de aparentemente quarenta anos, o sangue parecia ter sido drenado e tinha o símbolo no peito.

- Aparentemente foi entre três da manhã e três e meia, eu acabei pegando no sono quando sai do carro e o culpado já tinha fugido.- eu e Benjamin nos entre olhamos.- O que foi?

- Conhece a expressão hora do demônio? Então, três da manhã é um ótimo momento para rituais.- Ben disse.

- Provavelmente o culpado está ficando mais forte, falta apenas um ponto e o ritual estará completo.

- Onde?

- Na estufa da família Hills.- Ben disse, era uma estufa onde vendia produtos zero agrotóxicos e lindas flores.

- Vou mandar policiais patrulharem a partir de hoje.

- Temos poucos dias até o próximo assassinato.

- Descobrimos que talvez um tal de Max esteja envolvido. Vamos tentar descobrir quem ele é.

- Tudo bem, me mandem mensagem se souberem de algo.- assentimos, analisamos mais um pouco o corpo, percebi que Ben olhava desconfiado para Denise, me perguntava se ele sabia de algo.

Depois andamos até o carro.

- Quer saber, acho que perdi o apetite.- Eu disse e Ben riu.- Mas preciso que me deixe na minha casa, acho que tenho a ideia de quem pode saber quem é esse tal de Max.

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