Chapter Twelve

236 47 17
                                    

- Nitrogênio mais...

- Cara, você tá caidinha pelo sugar daddy né.- Alisse se sentou ao meu lado do sofá.

- Que sugar daddy?- fico balançando o a caneta entre dois dedos.

- Aquele garoto, Benjamin né?

- Por que?

- Só da ele no seus storys, ontem você passou a tarde com ele, vocês se veem quase que a semana toda.

- Mentira, você também aparece nos meus storys, e eu também posto sozinha.

- Uhm.- ela riu.

Fazia duas semanas que não acontecia nenhum assassinato, eu e Ben começamos a pensar que o assassino tinha desistido.

Olhei meu celular e vi que Benjamin estava me ligando por chamada de vídeo.

- Atende. Vai.- fechei meus cadernos e me afastei de Alisse que me zoava, soltei o cabelo para disfarçar, estava sem maquiagem e com uma camisa larga de manga cumprida e calças de moletom.

- Oi.

- Oi, tá podendo falar?

- Um instante.- subi as escadas e entrei no meu quarto fechando a porta. Coloquei o material na escrivaninha e me sentei na cama.- Pode falar.

- Tenho uma notícia boa e outra ruim.

- A ruim primeiro.- ele virou a câmera e mostrou um beco cercado de policiais e viaturas, esse beco era entre duas lojas. - Não me diga que é...

- Mais um.- aproximei meu rosto da tela e vi que no meio dos policiais, Denise conversava e apontava para o corpo que estava no chão coberto por um plástico.

- Cuidado, a Denise está aí, talvez ela te reconheça.

- Está tudo bem, eu estou dentro de uma lanchonete.- virou a câmera de volta para ele, estava de fones de ouvido para ninguém escutar a conversa.

- Pelo menos ela pode parar de suspeitar de mim já que eu estou dentro na minha casa.- coloquei uma manta envolta dos meus ombros, Ben riu olhando para o lado e depois de volta para o celular.

- Não consegui ver muita coisa, mas eu acho que provavelmente ele deve ter as mesmas marcas.

- O único padrão são as marcas nos braços, a poça de sangue e o símbolo no peito.

- Que poça de sangue?

- Não tem uma poça de sangue?

- Não, tem um rastro envolta do corpo e rachaduras no chão...- olhou para o lado.

- Então, será que o chão sugou o sangue? Igual o que a policial disse?

- Não sei, acho que sim.- suspiro.

- Tá, qual é a boa notícia?

- Descobri quem está com a chave.

- Quem?

- Marcos Viher, estudante de jornalismo.

- Onde vamos encontrar ele?

- Ele vai dar uma festa amanhã na casa dele, troquei algumas mensagens e ele disse que podemos aparecer lá para conversar.

- E como vamos convencer ele a dar a chave?

- Usando o seu dom, sangradora.- sorriu de lado.

- Está abusando do meu poder.

- Não estou.

- Então tá, vê se você consegue ver mais alguma coisa aí e nos vemos amanhã.

- Te busco as 23h?- assenti, ainda bem que amanhã era sábado. Desliguei a chamada e deitei na cama.

         ╔═══════ ≪ 🫀 ≫ ═══════╗

- Não mãe, eu estou bem.- digo.

- Tem certeza que você não quer voltar aqui para casa, pelo menos por alguns meses até essas coisas pararem de acontecerem aí.

- Tenho mãe, a polícia já está investigando.- e eu também.

- Como estão suas notas?

- Boas, já mandei algumas por e-mail para vocês verem.

- Eu e o seu pai temos muito orgulho de você, cuidado aí pelo amor de Deus. Não vá em festas, não confie em estranhos ou melhor, não confie em ninguém.

- Por que mãe?- rio trocando o celular de ouvido e apoiando no meu ombro.

- Não sei, vai que esse serial killer é um dos seus amigos, não devemos confiar no ser humano filha, não sabemos o que passa na cabeça dos outros.

- Tudo bem, mãe. Vou tomar cuidado. Te amo!

- Também te amo.- desligou.

Terminei de arrumar meu quarto e me sentei na cadeira da escrivaninha, olhando para o lado de fora pela janela, era noite e estava nevando fraco.

- Quem está fazendo isso? Por que está fazendo isso?- pergunto a mim mesma olhando para a neve caindo.

Não confie em ninguém.

Daniel não mata nem uma mosca, Alisse odeia ver sangue e vomita com qualquer coisa, Benjamin...Benjamin vem me ajudando a investigar, se ele fosse o assassino ele já teria me matado.

Mas e se ele só estiver me usando? Será que eu deveria confiar nele?

- Aí mãe, por que você falou aquilo? Agora eu não sei mais nada.- resmungo, cruzo meus braços na mesa e deito minha cabeça em cima deles.

~~~~~~~~~~~~~~~~#~~~~~~~~~~~~~~~
Agora as coisas vão começar a ficar boas.
(Risada maligna)

A Sétima CasaOnde histórias criam vida. Descubra agora