- Nitrogênio mais...
- Cara, você tá caidinha pelo sugar daddy né.- Alisse se sentou ao meu lado do sofá.
- Que sugar daddy?- fico balançando o a caneta entre dois dedos.
- Aquele garoto, Benjamin né?
- Por que?
- Só da ele no seus storys, ontem você passou a tarde com ele, vocês se veem quase que a semana toda.
- Mentira, você também aparece nos meus storys, e eu também posto sozinha.
- Uhm.- ela riu.
Fazia duas semanas que não acontecia nenhum assassinato, eu e Ben começamos a pensar que o assassino tinha desistido.
Olhei meu celular e vi que Benjamin estava me ligando por chamada de vídeo.
- Atende. Vai.- fechei meus cadernos e me afastei de Alisse que me zoava, soltei o cabelo para disfarçar, estava sem maquiagem e com uma camisa larga de manga cumprida e calças de moletom.
- Oi.
- Oi, tá podendo falar?
- Um instante.- subi as escadas e entrei no meu quarto fechando a porta. Coloquei o material na escrivaninha e me sentei na cama.- Pode falar.
- Tenho uma notícia boa e outra ruim.
- A ruim primeiro.- ele virou a câmera e mostrou um beco cercado de policiais e viaturas, esse beco era entre duas lojas. - Não me diga que é...
- Mais um.- aproximei meu rosto da tela e vi que no meio dos policiais, Denise conversava e apontava para o corpo que estava no chão coberto por um plástico.
- Cuidado, a Denise está aí, talvez ela te reconheça.
- Está tudo bem, eu estou dentro de uma lanchonete.- virou a câmera de volta para ele, estava de fones de ouvido para ninguém escutar a conversa.
- Pelo menos ela pode parar de suspeitar de mim já que eu estou dentro na minha casa.- coloquei uma manta envolta dos meus ombros, Ben riu olhando para o lado e depois de volta para o celular.
- Não consegui ver muita coisa, mas eu acho que provavelmente ele deve ter as mesmas marcas.
- O único padrão são as marcas nos braços, a poça de sangue e o símbolo no peito.
- Que poça de sangue?
- Não tem uma poça de sangue?
- Não, tem um rastro envolta do corpo e rachaduras no chão...- olhou para o lado.
- Então, será que o chão sugou o sangue? Igual o que a policial disse?
- Não sei, acho que sim.- suspiro.
- Tá, qual é a boa notícia?
- Descobri quem está com a chave.
- Quem?
- Marcos Viher, estudante de jornalismo.
- Onde vamos encontrar ele?
- Ele vai dar uma festa amanhã na casa dele, troquei algumas mensagens e ele disse que podemos aparecer lá para conversar.
- E como vamos convencer ele a dar a chave?
- Usando o seu dom, sangradora.- sorriu de lado.
- Está abusando do meu poder.
- Não estou.
- Então tá, vê se você consegue ver mais alguma coisa aí e nos vemos amanhã.
- Te busco as 23h?- assenti, ainda bem que amanhã era sábado. Desliguei a chamada e deitei na cama.
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- Não mãe, eu estou bem.- digo.
- Tem certeza que você não quer voltar aqui para casa, pelo menos por alguns meses até essas coisas pararem de acontecerem aí.
- Tenho mãe, a polícia já está investigando.- e eu também.
- Como estão suas notas?
- Boas, já mandei algumas por e-mail para vocês verem.
- Eu e o seu pai temos muito orgulho de você, cuidado aí pelo amor de Deus. Não vá em festas, não confie em estranhos ou melhor, não confie em ninguém.
- Por que mãe?- rio trocando o celular de ouvido e apoiando no meu ombro.
- Não sei, vai que esse serial killer é um dos seus amigos, não devemos confiar no ser humano filha, não sabemos o que passa na cabeça dos outros.
- Tudo bem, mãe. Vou tomar cuidado. Te amo!
- Também te amo.- desligou.
Terminei de arrumar meu quarto e me sentei na cadeira da escrivaninha, olhando para o lado de fora pela janela, era noite e estava nevando fraco.
- Quem está fazendo isso? Por que está fazendo isso?- pergunto a mim mesma olhando para a neve caindo.
Não confie em ninguém.
Daniel não mata nem uma mosca, Alisse odeia ver sangue e vomita com qualquer coisa, Benjamin...Benjamin vem me ajudando a investigar, se ele fosse o assassino ele já teria me matado.
Mas e se ele só estiver me usando? Será que eu deveria confiar nele?
- Aí mãe, por que você falou aquilo? Agora eu não sei mais nada.- resmungo, cruzo meus braços na mesa e deito minha cabeça em cima deles.
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Agora as coisas vão começar a ficar boas.
(Risada maligna)
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A Sétima Casa
FantasyA Universidade Willhard era o sonho de qualquer estudante, com seu enorme campus e bons ensinos. Porém, nem tudo na faculdade era perfeito, ela tinha seus segredos. Willhard possuía seis sociedades secretas, cada uma com um dom diferente e especial...