dois dias ate a viagem

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O chão de mármore frio estava molhado, cheio de respingos. O barulho de uma criança brincando na água chama a minha atenção. Não era para ter ninguém aqui a essa hora. Curiosamente eu caminho em direção ao som. Quando consigo espiar a enorme banheira eu vejo. . . Ele?

Ele veio aqui a essa hora de proposito? A vista desnecessária queima meus olhos. Eu não grito, pego minhas roupas e silenciosamente me dirijo a sala ao lado. Ele parece não ter me notado. Quietamente fecho a porta, me trancando em um espaço desconfortavelmente pequeno. Desesperadamente encaro a porta.

Voce esta perdido? quem mandou entrar no meio da ação? Bem, não acho que posso fazer muita coisa agora, então vou te contar exatamente o que aconteceu.

Eu disse que iria apreciar bem meu momento de paz ontem.

E foi o que eu fiz, conclui toda a pesquisa e planejamento para a viagem e tomei um bom banho na casa de banho publica. Infelizmente isso foi tudo que as horas de sol me permitiram fazer e voce já sabe quão confortável eu me sinto em espaços escuros, não consigo evitar dormir com a brisa fresa que a noite traz. Claro que como estamos no verão isso significa que eu só consigo dormir às dez da noite e acabo acordando com o calor das cinco da manhã. Desconfortável, mas o que pode um garoto contra a natureza?

De qualquer forma o que estou tentando dizer é:

Tive uma noite horrível de sono, acordei exausto. Tudo que eu queria era passar esses dois últimos dias antes da viagem calmamente relaxando e lendo.

O que realmente aconteceu foi:

Eu acordei antes mesmo de Naukar vim me acordar. Quando ela veio ao meu quarto eu ja completara com sucesso minha rotina diária já e me dirigia a banheira publica.

O dia estava bonito, a praça silenciosa como sempre, eu estava prestes a banhar meu corpo cansado em água quente, tudo perfeito.

O que eu não esperava era que enquanto eu retirava minha vestimenta para entra na água eu fosse avistar o nosso querido herdeiro no prédio normalmente vazio a essa hora.

Claro que eu juntei minhas roupas e me escondi em uma das cabines privadas. A vista de garotos nus deve ser bem comum aqui nas horas de pico, não que eu precise ver isso.

Assim me encontro na minha atual situação. Preso em um cubículo publico, ouvindo sons de uma criança brincado na água do lado de fora.

Posso estar sendo extra paranoico? Posso, mas eu sou sempre extra paranoico em relação ao meu espaço pessoal.

Não posso ficar aqui o dia todo. Visto minhas roupas de novo e lentamente abro a porta. Ainda posso ouvi-lo na água. Ele está cantando? Sim, está, agora consigo ouvir claramente suas palavras felizes:

-Nao quero brincar com voce,

Não sei se sabe brincar!

Me trancou em um estábulo,

Por exatas duas horas!

Mas preciso te dar um abraso,

Para poder viajar!-

Que música horrível, doí meus ouvidos. Melhor sair daqui logo. Eu ando na pota dos pes em direçao a saida. Um passo, outro passo, ainda posso escutar amusica, ele esta distraido. Mais um passo, quase lá. Oh que bom! amusica parou! Espera, amusica parou?

Eu me viro para tras bem na hora de ver o herdeiro correndo atraz de mim. . . sem calsas.

Eu nao aguento mais isso. Comesso a correr para fora da casa de banho enquanto grito desesperadamente.

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⏰ Última atualização: Jun 08, 2021 ⏰

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