VI-Castela o reino da coragem

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Os dias no castelo de Castela corriam lentamente. Cada dia era uma nova aventura para os nossos personagens.

Lion e Prince estavam a viver o que seria o melhor tempo das suas vidas, despreocupadamente, aprendendo e explorando o mundo ao seu redor.

Onde quer que os dois estivessem, Moli estava junto, e de vez enquanto até participava das brincadeiras.

Os dias se seguiram e assim que se percebesse Prince completava seus 6 anos de vida e Lion chegara a idade de servir ao exército.

Então, como se, as coisas estivessem calmas demais, para ficarem assim por mais tempo.

Numa madrugada como qualquer outra, uma cidade queimou.
Foi completamente engolida pelas chamas.

O que sobrou foram ruínas, as cinzas dos mortos e uma bandeira que vibrava preto e azul-escuro.

Ao nascer do Sol os cidadãos de diferentes classes sociais e de vários cantos do país, se dirigiam a uma única direção, fazendo parecer como se todas as grandes estradas e até pequenos caminhos estivessem se movendo para a capital.

Eles tinham medo, estavam em Pânico, e o único que poderia resolver os seus problemas e tomar a contra medida, era Vossa Majestade.

Depois de poucas horas, a cidade já havia excedido 3 vezes o número de pessoas que podia comportar.
Fossem praças, tabernas ou residências privadas, tudo estava lotado de pessoas que mal se conheciam, mas que agora se tratavam como uma única e colossal família.

Naturalmente a ocasião era extremamente rara, algo que acontecia somente em algumas décadas, um decreto real seria anunciado.

No início da tarde o fluxo de pessoas já era bem menor, todos tentavam se acomodar nos melhores lugares possíveis, espremidas, tentando chegar mais perto do castelo.

Poucos minutos depois o evento principal começou, os trompetes repentinos junto dos tambores silenciaram a multidão.
Lentamente de dentro dos portões, um homem vestido em cores vermelhas e douradas entrou no campo de vista da multidão, seguido por soldados armados vestidos em suas armaduras.
Ao alcançar a mureta nem suspiro podia ser duvido vindo da multidão.
Ele respira fundo e com essa a discursar:

— A todos os cidadãos, senhores de terras e comerciantes, hoje lhes trago minha palavra, sei que ninguém aqui deseja isso, estou ciente das consequências e a dor que minhas palavras trarão a todos, mas acredito que se não tomarmos uma ação, nosso destino estará selado.
Não pensem nisso como uma ação precipitada, mas sim com um meio de defendermos e protegermos aquilo que amamos.
Eu Arthur III o rei dessas terras, declaro oficialmente, estado de guerra contra o império de Kreg!

Lamentos e choros começaram e se espalhar pelo público conforme a notícia ia de boca a boca, algumas pessoas já estavam de saída para se encontrar com seus entes queridos, mesmo assim, o discurso continuou.

— Mas minhas palavras sozinhas não mudarão nada, pois o verdadeiro poder de um rei está em seu povo, devemos lutar Unidos, para proteger e não destruir!

A essa altura a maioria das pessoas já se retirava para seus respectivos lares, os que ficavam eram aqueles com importante posição social ou aqueles que já viviam por lá.

O discurso continuou por cerca de 5 minutos e logo após preencher todas as formalidades, o rei também se dirigiu em silêncio ao castelo, para o cumprir de suas próprias tarefas.

Mesmo ao pôr do sol daquele dia todas as cidades ainda estavam vívidas e movimentadas.
Suprimentos eram distribuídos e aqueles que moravam nas divisas do país, fugiam para as casas de parentes mais próximos da capital.

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