XII-A revolta de mais um princípe

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As últimas semanas foram incríveis. Agora parece tudo só um sonho!

Ganhei  uma irmãzinha! Vou ver ela crescer e cuidar dela! Um novo padrinho que pode me ensinar coisas novas e ficar comigo quando a Moli estiver ocupada!

Os treinos no período da manhã eram muito mais divertidos com o Sir Ronald me ensinando. Me esforçei mais nos períodos de estudos já que agora precisava ser um bom irmão mais velho! A guerra acabou! Eu finalmente tenho tanto tempo livre quanto quando eu e Lion estávamos juntos.

Mas então, o príncipe de olhos vermelhos chegou.

Quando as últimas tropas voltaram com os prisioneiros "ele" veio junto. Os guardas me disseram que "ele"  ajudou a Castela vencer e tinha uma caixa contendo muitos papéis importantes. Entre esses papéis, havia uma lista das vítimas do seu plano. " Um sacrifício pelo bem maior" Ele disse.  Entre os "sacrifícios", estava o nome do Lion.

Logo depois ele foi levado para o meu pai, e pediu minha irmãzinha em casamento! Eu não à conhecia por nem um mês e ele já queria a tirar de mim! Um garoto da minha idade e ainda pior um nobre de Kreg! Só pelas histórias de Lion eu sei que eram monstros, mas ainda com rumores das cozinha...  Eu não o deixarei encostar um dedo nela! Nunca!

Moli me pediu para tomar um chá com ele já que ele agora é nosso convidado especial, mas ele devia é voltar para a masmorra da onde ele veio! Eu me recuso! Me recuso a descer dessa árvore, me recuso a tomar chá com ele, me recuso ouvir uma palavra que saia de sua boca! 

— Meu Pequeno Príncipe! Tenho chá e biscoitos, venha comer!

Recuso a acreditar que minha Moli esteja me atraindo com biscoitos!

— Eu recuso! — recuso a acreditar que esse garotinho magricela feito de porcelana possa ser um príncipe!

— Aí esta você, esta atrasado para o chá com o cavaleiro de Kreg. — Me recuso a acreditar que Moli queira que eu tome chá com ele!

Me recuso até de comer meus biscoitos preferidos!— Eu me recuso! 

— Faria a honra de responder a esse mero cavaleiro o porquê da repentina revolta? — Parece um velho de cabelo branco! Fala como um velho! Recuso que um velho-criança se case com a minha irmã!

— Eu recuso a tudo! Sua presença, seus planos, seu jeito esquisito de falar e a sua própria existência!

— Me perdoe por soar rude, mas eu não acredito que minha própria existência possa ser recusada, sua atitude no momento não pode ser descrita de outra forma se não imatura, deveria mesmo um nobre se comportar de tal maneira vulgar? — Olhos, vermelho claro me encaram enquanto faz uma referência. São frios, como se não tivesse alma por trás deles.

— Vulgaridade? Falou quem traiu e vendeu o próprio povo para vendê-lo ao inimigo por títulos de nobreza! E pediu um bebê em casamento só para roubar sua riqueza! Você acha que vai conseguir algo aqui depois de tudo que fez! Se não te devolverem para a sua masmorra eu mesmo o farei! — Ele não moveu um dedo, enquanto eu recuperava o fôlego os olhos frios continuavam me encarando, mas dessa vez com um desprezo óbvio.

— Tsc, tsc, tsc  Eu realmente esperava mais. Quão preconceituoso pode ser um nobre desta terra de bárbaros com um simples garoto desconhecido? Conhece meus planos? Realmente, julga que seria benéfico para a minha pessoa, causar algum dano para a sua parte que me tratou. . . Suficientemente bem? Eu estaria mais preocupado com o dano que uma criança irresponsável como vossa alteza poderia causar a esse. . . Hum. . . Maravilhoso lugar. — Os gestos são exagerados e a voz cheia de veneno.

Este é meu limite! Minha cabeça dói, se eu ouvir a voz por mais um segundo vou explodir! Ele continua falando!

— E, por um pequeno favor, não sou "você",  posso não ter mais tantos direitos quanto antes, mas um pequeno título com forma de respeito não machucaria, me chame de cavalei. . .  Ei, ei, suas mãos estão sujas! Poderia me largar?— Irritante demais, ele não vai parar, a não ser que eu o faça parar a força. Agora ele esta rindo de mim!

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