Para Prince, os últimos meses corriam extremamente exaustantes.
Ele era como uma reserva para qualquer trabalho manual.
Reservas estavam em falta naqueles dias.Ferreiro durante a manhã, cozinheiro no café da manhã, marceneiro durante o meio-dia, cocheiro no começo da tarde, faxineiro na tarde, carregador no fim da tarde e costureiro no período da noite.
Tempos de desespero pedem medidas desesperadas.Nesses únicos 2 meses, Prince aprendeu mais do que jamais aprendera e aprenderia na sua vida.
Ele estava sempre em velocidade máxima em seu maior potencial.
Ele sabia que cada ação mínima, poderia salvar ou matar alguém.
Aliás, como cidadão de Castela, a guerra era algo da qual a história ele conhecia desde que se dava por gente.Ouve uma única coisa que o distraiu.
Um mensageiro que chegara naquela tarde com um bebê nos braços, ele era dos soldados de elite do Rei.Aconteceu na sexta semana da guerra. Castela estava em seu ápice, a vitória parecia estar em suas mãos, eles conquistavam todo dia uma nova cidade. Claro que isso significava, que o outro lado estava sendo massacrado.
Em uma dessas investidas, eles encontraram um vilarejo extremamente pobre, não havia soldados.
Eles haviam sido todos evacuados, deixando o povo para morrer.
Uma hora antes do ataque, como um ato piedoso, eles soaram os trompetes.O povo covarde, fugiu sem pensar duas vezes.
Quando o exército do rei chegou, estava tudo vazio e silencioso.
Os poucos pertences ainda estavam nas casas, as portas abertas e os animais presos.O exército continuou a marchar pelas ruas sem vidas, não se ouvia mais nada além do ritmado passo dos soldados.
Com o ar pesado, os soldados ganharam uma compreensão a mais do que era guerra.
O que significava guerra, para os cidadãos de um país onde a monarquia retém todo o poder.De repente, um grito agudo cortou o ar.
Os soldados pararam, e em sincronia, se viraram em direção ao som. Como se procurassem uma centelha de vida em terras áridas, seus olhos brilhavam.
Logo o barulho seguiu se em um tom baixo, um triste choro solitário.Era Uma criança.
Os soldados se encheram de pesar, tudo que podiam fazer era ansiosamente voltar o olhar para seu rei, em busca de uma ordem para lidar com a desconfortável situação.
O rei simplesmente sem dizer uma palavra, caminhou em direção ao choro.
Os soldados seguiram compassos firmes atrás.O choro vinha de uma casa abandonada as pressas. O rei sozinho, entra na casa deixando as tropas esperando do lado de fora.
A casa era pobre e mau tinha um cômodo. Curvado, o rei minunciosamente examinou o aposento escuro. Uma pilha de batatas em um canto, camas de palha no outro, nada que de muita importância. O olhar do rei simplesmente vagava sem interesse. Até, que ele acha o que procurava.
Em uma das camas, estava, desnutrida, machucada e despida, uma pequena menina, provavelmente de não mais que um ano de vida. Ao lado da palha também havia um bilhete gravado na madeira. Mal escrito e quase rabiscado, dizia.
*Soldado ou ladrão, por favor, cuide dela, Harika e estará melhor em qualquer outro lugar que não seja Kreg.*
A mensagem não era clara, também não tinha intenções específicas. A criança havia simplesmente sido abandonada. Nua e faminta, sozinha e com frio ao leito da noite. Por pais que simplesmente não tinham condições de lhe dar o amor que toda criança merece.
Para a sorte da garota, para o rei, a mensagem havia sido objetiva suficiente, para que tomasse uma ação a respeito da situação. Ele pegou o pano que cobria a grande bainha presa em sua cintura e segurou-a com uma mão, enquanto, usando a livre, desprendeu a Claymore da cinta e desembainhou-a, fazendo com que a lâmina cintilasse sobre a cabeça da menina e por fim, em um corte rápido e limpo, ele moveu bruscamente a espada em direção ao chão, cortando o tecido vermelho em dois.
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Herdeiros de Theia
Historical FictionAlamex tem somente 5 anos, mas este pequeno gênio não se importara em destruir algumas vidas pela própria paz. Prince não passa de uma criança, o único que fará de tudo para deter um pequeno ditador cruel de assumir suas terras. Essa historia é um r...