III-Zadkiel Alamex of Kreg-

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E finalmente a partir de agora a história de verdade começa! E antes de partirmos para a descrição do cenário atual, vamos explicar um pouco o que motiva nosso protagonista porque dentre tantos outros personagens já apresentados, justo ele?

Bem, a resposta é simples, essa é a história de um estranho garoto prodígio que terá que lutar contra o místico e o inexplicável somente para poder descansar em paz! Mas que infortúnios seguem a pequena criança? Parece que há algo em seu passado que ele não se lembra mas ninguém quer contar o que é! Mas, não é como se isso o interesse muito, o verdadeiro prolema é que esse passado desconhecido é cobiçado por todos os supersticioso nobres da corte. Mas ele não desistirá de sua liberdade tão fácil assim! Conectou os pontos? Então podemos começar.

Dentro de um luxuoso castelo, entre milhares de estantes preenchidas de livros, escondo-me nas sombras de uma coluna, vistido de roupas decoradas e seguro em minhas mãos, um caderno rabiscado até as bordas de minha
letra caprichada.

Isso definitivamente, não se parecia com algo que uma criança ou mesmo um nobre faria, mas um prodígio aos 3 anos e gênio aos 5 anos. Por causa de minha personalidade quieta e nada parecida com a de alguém da minha idade, as pessoas costumam me ignorar. Não que eu me incomode, na maior parte das vezes isto me é uma grande vantagem. 

Isso não estava ligado somente a  minha assustadora genialidade e estranha personalidade, mas também no fato que tenho a posição mais alta na sociedade que uma criança de minha idade poderia ter, sou Zadkiel Alamex de Kreg herdeiro do trono e futuro rei. E a reposta é um sim. A partir de agora sou eu quem narro esta história.

Perdidos em meus pensamentos releio minhas notas em voz alta que quase eram grandes demais para minhas mãos.

— Após sua fundação, a ilha de Kreg era dominada pelos anciãos de um antigo império já quase extinto. Sua bandeira composta de duas simples listras, uma preta e a outra azul-marinho. Elas eram obrigatórias em toda a pequena aldeia. Os velhos aristocratas gananciosos exploravam seu povo de todas as maneiras possíveis. — Profiro as palavras com sarcasmo, aliás não acham algo obviamente idiota de se fazer? 

— Nessa era, também viveu o maior profeta de todos os tempos, sua mais conhecida profecia também foram suas últimas palavras. —  Repito as anotações em um tom monótono, não as julgo epecialmente relevantes.

"Visto pela primeira vez no norte da Europa, de origem desconhecida ele foi criado por um conde da região como o novo messias. Além do  de contar boas histórias ele não exibia nenhum dom, até que suas histórias começaram a se concretizar."— Faço uma pausa e fito o grande caderno  enquanto busco uma ligação entre os pontos.

— Em que época estas pessoas estão para ainda acreditar em profetas? Mil oitocentos e quarenta e seis anos traz? Palavras de um velho com credibilidade dos tempos do grande Alexandre, nada mais.— Enquanto fito o caderno, destampo um pote de tinta e tiro uma caneta de meu bolso.

Depois de um tempo eu finalmente mergulho a caneta da tinta e começo a fazer novas anotações em uma página em branco:

"A última profecia previa a queda dos lordes pelas mãos de um garoto loiro. Desde então, todos os garotos loiros que nasciam na ilha eram expulsos para o continente. A desigualdade social aumentava a cada dia mais."

"Mesmo assim como em toda história famosa, vindo de uma família pobre um garoto de cabelos loiros como raios de sol e olhos laraja conseguiu unir mercadores e artesões e se opôr ao governo dos nobres fundando uma nova república chamada Castela no norte da ilha. Infelizmente, a doença que já o atormentava a alguns anos, tomou posse de seu corpo, fazendo o garoto morrer poucos dias depois da fundação do novo reino." Mergulho caneta novamente na tinta e continuo a escrever estamos chegando no clímax da história.

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