Dois dias depois, Ronald avistou a capital, seu corpo inteiro relaxou da longa viagem.
Ele estava exausto demais para continuar a viagem por que fosse mais uma hora. A princesa também precisava urgentemente de cuidados, aliás ele estava longe de ser um exemplo de boa mãe.Ele fez o animal exausto e sedento dar uma última corrida até os portões da cidade.
Ao chegar nos portões os guardas apontaram suas armas em sua direção.
Era uma reação natural, em tempos de guerra esse eram seus deveres.— Identifique-se, ou agiremos com violência!
— Ronald, 15° cavaleiro da guarda real. Volto sem aviso, mas tenho uma mensagem de vossa Majestade.
— Tens provas que é realmente quem afirma ser?
— Tenho o selo do rei, mas preciso que cuidem desta criança primeiro.
O guarda olha para o bebê mal nutrido, nos braços do homem.
— Tudo bem, o bebê entra, mas você fica, até mostrar o selo.Ronald desceu do cavalo com a princesa nos braços.
O animal leal somente relincha baixinho de alívio.
A grama estava molhada e escorregadia, somando o fato de que todos os músculos de Ronald estavam dando espasmos aleatórios, era perigoso manter a princesa em seus braços por mais tempo.Os guardas notaram que Ronald estava prestes a desabar e tomaram rapidamente a bebê de seus braços.
Ronald cai de joelhos na grama enlameada.
Ele respira pesado, ainda tentando retomar o fôlego.
Ele havia comprido sua missão.— O selo por favor.
Oh! Triste vida, a alma de um ser bondoso nunca ficará em paz por muito tempo.
Ele volta a se levantar e caminha até seu fiel companheiro. O cavalo com medo de ter de ser montado novamente recua.
Ronald olha para a cara receosa de seu cavalo, um animal inteligente de fato, mas as vezes esperto de mais.
— Qual é garoto, eu só vou pegar uma coisinha na sua cela, depois você vai direto para o estábulo ok?
Ronald se aproximou novamente.
O cavalo ainda não convencido deu mais um trote para trás.Ronald suspirou, depois inspirou fundo e com suas últimas forças pulou em cima da cela do cavalo.
O animal não ousou derrubá-lo, ele tinha consciência do dano que poderia causar. Do contrário, bufou em desistência e ficou quieto a espera de novas ordens.
O cavaleiro finalmente tirou do bornal nas costas do cavalo o tão dito selo, ou pelo menos uma parte dele. Havia se partido em dois.
Ele mostrou o selo quebrado para o guarda como quem pede misericórdia.
O guarda hesita um pouco, mas acaba por abrir um sorriso e dizer.
— Não se preocupe, cavalo nenhum seria tão inteligente quanto o seu além dos da guarda real. Entre, iremos preparar imediatamente um quarto para a vossa excelência.— Pela graça de nosso rei, obrigado, não aguentaria nem mais uma hora de pé.
— Nisso sou eu que terei que me desculpar, os estrategistas estão exigindo um relatório da situação do campo de batalha obrigatório de qualquer um que volte de lá.
Ronald abandona suas últimas esperanças de ver uma cama nas próximas horas e começa a caminhar junto ao seu animal companheiro em direção aos portões.
Os pesados portões de madeira e aço foram estrondosamente abertos ao comando do guarda.
Dentro podia se ver tendas e pessoas de todo tipo. Soldados, fazendeiros, ferreiros até os escudeiros corriam de lá para cá apresados para contribuir com a guerra.
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Herdeiros de Theia
Historical FictionAlamex tem somente 5 anos, mas este pequeno gênio não se importara em destruir algumas vidas pela própria paz. Prince não passa de uma criança, o único que fará de tudo para deter um pequeno ditador cruel de assumir suas terras. Essa historia é um r...