Herdeiros de Theia

II-Lion II the Merchant of Castela

Enquanto isso, em uma cidadezinha pequena nas divisas de Castela um menino de 11 anos, curtos cabelos castanhos e olhos cor de mel até que claros para um plebeu chamava Lion. Sim, ele também não e o protagonista, mas com certeza e aquele que mesmo sem querer, desencadeou uma sequência inimaginável de desastres que darão uma apimentada na nossa história!

Ele era filho de um pobre comerciante, vivia na divisa entre Castela e Kreg, entre a pobreza e a classe média. Seu pai praticamente não tinha terra nem dinheiro. 

Ele era conhecido como um vendedor justo e honesto, mas isso não era exatamente bom para os seus negócios. Por conta do baixo ganho de lucro.

De origem pobre, o seu pai começou a distribuir e trocar alimento entre as aldeias próximas. Tudo por pura bondade, já que herdara 4 carroças e 6 cavalos.

As pessoas das proximidades gostavam dos seus serviços, ele era tratado como um homem em quem se confiava mais para transportar bens valiosos do que um serviçal real.

Os nobres das redondezas gostavam dos seus preços justos e falta de ganância, e assim começaram a financiá-lo, poucos meses depois ele era o comerciante mais renomado daquela região.

Lion tinha 12 anos, quando a história chegou aos ouvidos do rei de Castela. Pouco tempo depois, o mesmo decidiu convidar o pai de Lion a se tornar um cidadão oficial de castela e um comerciante real convidando-o a viver na capital.

O trabalho de gerir uma agência de comércio sozinho por 5 anos já lhe pesava nos ossos e a ideia de conseguir um porto seguro além de reconhecimento, colaboradores, e um patrocínio praticamente infinito era como um sonho se tornando realidade.

O velho senhor aceitou imediatamente e em uma semana todas as suas coisas já estavam em carruagens que iam em direção a capital.

Quando eles chegaram Lion ainda estava em choque com os repentinos acontecimentos, mas sua mente voltou ao presente ao contemplar a sua futura moradia, o castelo real.

O castelo foi projetado como fortaleza de guerra, um abrigo e um gigante labirinto. Havia lendas de que criaturas míticas viviam nas florestas que cercava o castelo, e para uma criança plebeia como Lion isso era o mesmo que um sonho impossível e sinônimo de aventura.

Lion já imaginava toda a comitiva real e os nobres alinhados na porta do castelo batendo palmas para as conquistas dele e de seu pai, ser recedido pelo Rei e seu herdeiro pessoalmente, receber um tour pela fortaleza de algum nobre e muito mais luxo do que ele jamais vivera.

Como em todo sonho de criança, as coisas não aconteceram assim.

As portas do castelo silenciosamente abriram e deixaram a caruagem passar e dentro delas ele pode ver somente alguns nobres que tinham assuntos com seu pai e o levaram dali assim que ele desceu da carruagem.

Lion ficou ali em um lugar desconhecido sem saber oque fazer.

Assim que ele desceu a carruagem, empregadas vestidas com as cores da bandeira amarela e laranja começaram a levar suas bagagens para dentro do castelo, ele as segui-o para uma pequena sala, não diferente da de um criado. Falando em criados, quando ele estava pronto para sair e explorar a sua nova residência  (tentando ignorar a dor de ver seus sonhos destruídos diante de seus olhos), uma serviçal entregou-lhe uma lista de tarefas que o ocupariam o dia inteiro. Foi nesse momento que Lion percebeu que nem tudo na nobreza era um conto de fadas.

Ele precisava estudar 5 horas por dia e treinar seu corpo por 2 horas ao dia, rever pedidos do povo e líderes de aldeias, ajudar o seu pai a completar e analisar documentos, entre muitas outras tarefas.

Ele disse a si mesmo que nunca se acostumaria a essa rotina, além disso, qual era o significado de juventude para os nobres? — Refletia Lion consigo mesmo.