I-Arthur V Prince of Castela

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Há muito tempo, se você tivesse força, posição social e conquistas as pessoas o chamariam de herói.

Contos e poemas iriam dramatizar seus feitos.

Em meio a essa cultura que idolatravam os bravos. Em um castelo que herdará muitas dessas histórias, vivia Prince. Um garotinho que acabara de acordar.

Mas se o querido leitor veio pelas  histórias que este castelo guarda, então está perdido. Pois, este não é um drama histórico.

Se você adora histórias de nobres bravos príncipes guerreiros que salvam princesas (ou príncipes) indefesos e encontram o amor de sua vida, essa história não é para você. Pois, este garoto esta destinado a uma trgedia. E mesmo que chegue a esperenciar o amor, ele não é o personagem principal desta história.

 Mesmo assim as alguns pontos em da história dele que podem te interessar, pois, apesar de aparentar não ser mais que um pequeno garoto vestido de roupas modestas, seus cabelos dourados eram um símbolo da realeza e seus peculiares olhos laranja-por-do-sol que eram vistos como sinal de um dom especial.

Se você é um dos amantes das incríveis jornadas de garotos livres, terei que te dar más notícias. O dia do pequenino era lotado de tarefas e obrigações desde que havia aprendido a andar e falar. Ele acordava assim que o sol nascia na sua janela logo em seguida vestia uma das suas três únicas peças de roupa. Após terminar, mesmo que de má vontade arrastava os seus pés para fora do quarto.

E se você não desistiu até agora, seja por curiosidade ou por interesse verdadeiro, prepare-se, pois nem todas as histórias têm um final feliz, mas todas sempre acham um jeito de continuar.

 O quarto do garoto era modesto e confortável. O único lugar simples e não intimidante que ele conhecia dentro das gigantescas e sufocantes muralhas do castelo. 

Este tinha mais de 300 quartos, que não eram divididos por classe social. O castelo era grande até para uma fortaleza, tinha cinco pátios seis salões de festa e tudo mais o que quiser imaginar.

O ponto é que atravessá-lo todas as manhãs, era uma tarefa difícil e que talvez até contenha um pouco de aventura. Principalmente se, se tem 5 anos e somente um metro de altura.

O local para onde ele se dirigia, era usado para o treino matinal dos novos soldados, no qual apesar da sua idade e posição social, ele sempre tinha que participar.

Isso era considerado uma inicialização na arte do combate, o que era comum naquelas terras.

Ao chegar no pátio de terra batida o capitão reprimiu o garoto por estar atrasado. Os outros recrutas já estavam dispostos em uma disciplinada linha atrás do capitão á qual o pequeno príncipe relutantemente se incluía. Ao lado dos garotos de 15 a 18 anos, o príncipe de cinco anos não ficava fora de nenhum exercício, mesmo que alguns deles tivessem que ser adaptados ao seu tamanho e força. Começava com corridas, seguidas de musculação. Os aprendizes puxavam ferro, madeira e pedras, usadas para erguer os muros do castelo. Por segundo havia o combate corpo a corpo e aplicação de armas. Uma batalha, não durava mais do que 30 segundos. Era preciso neutralizar o adversário rapidamente, e os cavaleiros usavam técnicas de imobilização e estrangulamento. Nos combates com armas de madeira velocidade e precisão eram mais decisivos do que força ou tamanho.

Assim que o treino matinal acabava o menino desmaiava no chão ainda coberto de suor e ficava lá até que uma criada lhe trouxesse um café da manhã composto por pão e frutas frescas. Depois disso ele se dirigia para os estábulos para as aulas de equitação. Fazia parte da rotina diária de um aprendiz andar a cavalo e pular rapidamente da sela, caindo em pé, o que nem sempre acontecia. Os animais também tinham que receber um tratamento caprichado, eram bem alimentados, lavados com frequência e uma vez por ano, apresentados ao rei.

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