XV-Respostas...

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Como fui parvo! Esqueci-me das letras miúdas do contrato! Mesmo a dois anos atrás nunca aceitaria nenhuma aposta que não me fosse vantajosa até mesmo na derrota. A idiotice e ignorância do rei com seus motivos para recusar minha oferta me incomodaram tanto que por um dia estive fora de mim!

A pergunta havia sido respondida, estava na hora de receber a minha parte!

O caminho até escritório de Rômulo não foi difícil de se encontrar. Uma vez que todos os prédios comerciais da capital se encontravam na mesma praça, bastava avistar a placa com o nome Wohinger para saber que estava no lugar certo. Parede amarela, telhado verde e parede azul... e pensar que eu havia passado por aqui ontem sem mesmo notar! Era madrugada e a praça estava tão barulhenta quanto um pássaro morto e tão escura quanto a meia-noite. Mesmo assim, a porta vermelha se abriu com um simples empurrão.

Oh não! Eu já vi isto antes. O local de dois andares era como uma versão maior de seu antigo escritório em Kreg, ainda que diferente. O segundo andar estava cheio de estantes, ocupava metade do lugar e acabava com uma sacada interna. Era um local organizado, mas mesmo assim livros e papéis se amontoavam nas mesas, organizadamente, claro.

As estantes eram decoradas com ouro, os livros eram todos novos e bem cuidados.

Pelo menos a essa hora raios de sol não vinham das janelas abertas, mas convidava o frio a entrar. A luz da lua faziam a sala passar uma sensação de refrescante, acalmadora, e para minha surpresa agravavelmente silenciosa!

Isto provavelmente se devia ao fato de que o homem alto e bem-vestido das cores da bandeira, estava sentado com a cabeça caída para trás em uma poltrona ao lado da janela enquanto todo seu ser parecia perdido no mundo dos sonhos.

Com um forte senso de déjà vu, mas mesmo assim sem humor para ser ignorado, olho para um dos mapas na mesa e limpo a garganta enquanto espero o pacientemente que ele acorde.

O homem se atrapalha com o barulho repentino, lançando o olhar assustado por todas as direções antes de finalmente me encontrar em um dos cantos sombreados do quarto.

Ele se levanta e depois rapidamente se curva em respeito antes de se declarar em um tom brincalhão.

- Estás atrasado, cavaleiro. - Aos meus ouvidos isto soou somente rude.

- Estavas é afogado no próprio serviço, não a me esperar. Mas sabias que eu iria falhar. - Respondo vossa Magnificência no mesmo tom.

- Sabia que uma hora se lembraria e viria até mim. Chá? Oh! Já está frio. - Este cara me tira do sério.

- Bons jogadores não perdem apostas a não ser que tenham algo a ganhar com isso. Até mesmo enganar uma mera criança. - Respondo irritado.

- Não me coloque como o vilão da história. Estás aqui para ganhar a sua parte não? - Pelo menos ele vai direto ao ponto.

- Neste requisito estás é atrasado, a profecia completa abana como uma bandeira, pendurada nas muralhas do castelo a vista de todos. - Que mais posso dizer para ele não me enrolar?

- Mas também sabes que tenho mais a oferecer, se não, não teria vindo.

- Vim somente para ter certeza que não estou a perder alguma coisa. Se realmente sabes algo de útil comece a falar. - Tenho a impressão de estar esquecendo de algo muito importante.

- Você tem razão meu pequeno cavaleiro. Mas comecemos pelos fatos e objetivos. - Eu escutei pequeno cavaleiro ????

- Tem placares gigantes espalhados por toda a muralha onde estão pintadas com letras douradas; "Na ilha de Castela, um novo herói de cabelos amarelos como raios de sol nascera para trazer uma revolução. Em seguinte surgira um gênio de olhos vermelhos, deve escolher o verdadeiro proprietário das terras. Gênios não tem donos, não pode tomar nenhum partido, se o fizer, haverá caos." Em outras palavras "salvem o rei dos cabelos dourados, tomem cuidado com o gênio de olhos vermelhos." E agora toda Castela teme que eu tente usurpar o trono.

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