Capítulo 45

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No apartamento de Gizelly um silêncio habitava, Rafaella estava desmaiada e sendo atendida por um médico amigo de Marcela e Thelma. As outras estavam ao redor da sala, umas tentando saber notícias e outras nervosas.

_ Ela vai ficar bem doutor?- perguntou Manu.

_ Sim, ela teve uma queda de pressão.- explicou o doutor colocando seus matérias na bolsa.- Ela está medicada e logo deve acordar, tentem afastar ela de qualquer carga emocional muito forte e qualquer coisa levem ela ao pronto socorro.

_ Obrigada doutor, lhe acompanho até a porta.- Disse Bianca.

_ Conseguiu falar com seu pai, Mariana?- perguntou Thaís.

_ Não, tá caindo na caixa postal.

_ Melhor irmos lá.- disse Bianca voltando para a sala.- precisamos de notícias, a tv não diz muito e os repórteres, eles foram todos afastados do local por conta do tiroteio, teve alguns repórteres feridos por balas perdidas.

_ Não podemos nos aproximar de lá.- falou Tabata.- não vai adiantar, agora esperar por notícias.

_ Até porque ainda podem ter homens deles aí na nossa espera por um vacilo.- falou Mariana

_ Espero que a Gi esteja viva.- disse Bianca.

_ Lógico que tá.- falou Manu com a voz embargada e os olhos marejados.

_ Temos que ser fortes.- falou Taís.

_ Dona Márcia tá ligando novamente pro celular da Rafa.- apontou Letícia para o aparelho encima da mesa de centro.

_ Alguém se arrisca em atender?- falou Tabata.

Todas ficaram olhando para o aparelho que vibrava em cima da mesa.

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Dor no peito e um aperto enorme, senti falta de ar, senti sede, algo queimando tentei levar minha mão até o local mas meu corpo todo doeu, um zumbido alto no meu ouvido.  A adrenalina corria pelo meu corpo, minha respiração chegou a ficar descompassada, tossi um pouco e assim que ia abrir os olhos, senti alguém próximo a mim.

_Gizelly fala comigo.- disse Fernanda.

_Aaaaah...eu tô viva?.- a advogada abriu os olhos, gemeu e levou a mão ao peito.- Tá queimando.

O senhor Gonzalez abaixou-se ao lado da advogada, afastou a Toga com cuidado fazendo Gizelly gemer, vendo que havia um furo e um pouco de sangue, assim que viu o celular ele respirou um pouco mais aliviado, havia apenas os  estilhaços do celular no peito de Gizelly e uma leve queimadura

_ Salva por um celular Bicalho.- disse o advogado retirando o celular com a bala alojada e mostrando pra ela, estava com a bala cravada, a ponta da bala ainda chegou furar a pele do seio de Gizelly.- Não da pra pressionar o local por conta dos pequeno pedaços do visor do celular na sua pele e a queimadura.

Gizelly encostou novamente a cabeça no chão e soltou todo o ar que estava preso.

_ Mesmo assim temos que ir ao hospital.- disse Fernanda.

_ Assim que nos liberarem.- disse doutor Gonzalez.

_ A senhorita May?- perguntou Gizelly.

_ Infelizmente.- o senhor Gonzalez olhou de lado vendo o corpo da mulher já sem vida.- Ela não teve a mesma sorte que você Bicalho.

Gizelly virou o rosto em direção ao corpo, levou o olhar até Fernanda que estava com o braço sangrando.

_ Fernan..- Gizelly tentou levantar mas a dor no peito a impediu, Gonzalez a ajudou.- Seu braço.

De Repente//GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora