Além do Tempo

Capítulo 10

Anahí amanheceu o dia seguinte junto com o sol, fazendo sua higiene matinal antes mesmo que Ginnifer aparecesse para lhe ajudar. Vestiu-se e amarrou os cabelos como todos os dias, pronta para seguir com o trabalho. Seu corpo estava exausto, mas Anahí não era uma mulher que se sentia cansada, ela era o tipo de mulher que ignorava o cansaço ou qualquer tipo de dor.

Ginnifer: Você vai me mandar embora? –perguntou indignada, vendo Anahí descer as escadas-

Anahí: Que ideia tentadora. –comentou- Mas por que eu faria isso?

Ginnifer: Não está mais precisando dos meus serviços. –respondeu- Não vai mais me deixar ajuda-la com nada?

Anahí: Não seja dramática. –falou, caminhando pelo corredor com Ginnifer a seguindo, indo até a cozinha, encontrando Maria preparando o café- Bom dia, Maria.

Maria: Bom dia, Senhora. –disse assustada, vendo a patroa tão cedo ali. Anahí bem que tentou com que Maria não a chamasse daquela forma, assim como fez com Ginnifer e Paul, mas a senhora foi irredutível, e mesmo com todas as broncas de Anahí, ela seguia com a formalidade e agora ela apenas ignorava- Já está de pé? Deseja algo?

Anahí: Temos ainda muito trabalho por aqui, Maria. –respondeu- Não consigo e nem posso ficar dormindo, enquanto todos trabalham. –ela respirou fundo, ajeitando o chapéu que estava em sua mão- Quero apenas um café. –ela olhou Ginnifer, vendo a outra pronta para falar algo, provavelmente dizer que ela deveria comer, mas a interrompeu antes que começasse- Somente um café.

Com o recado dado, Ginnifer serviu Anahí com apenas uma xicara de café, como ela havia pedido ali mesmo na cozinha, onde Anahí se instalou. Não era comum vê-la ali, mas às vezes ela costumava fazer esse tipo de surpresa e eles.

Após o café, Anahí seguiu para seu jardim, continuar o trabalho que começara no dia anterior. Foi até o meio dele, com seu chapéu protegendo-a do sol e respirou fundo olhando-o por completo antes de abaixar-se e começar. Ela estava sentada em um pequeno banco no meio das suas delicadas rosas, retirando as que não resistiram, com tanta tristeza como se elas fossem cadáveres. Ela tirava um pouco da terra e colocava um adubo novo que Paul havia lhe conseguido, regava e onde não havia mais nada, ela plantava as novas.

Passou a manhã inteira cuidando dedicadamente àquilo, que não lembrou-se que esperava visita novamente.

Ginnifer: Senhora. –a chamou. Anahí estava tão concentrada que se assustou com a voz, e virou-se já pronta para a briga, mas viu um sorriso contido no rosto da empregada- Tem visita. –avisou e Anahí olhou por cima de seu ombro, vendo Alfonso parado a alguns metros-

Anahí: Droga. –grunhiu baixinho- Não lembrava mais que ele viria. –ela respirou fundo, limpando as mãos na toalha que sempre levava- Ok, pode ir.

Ginnifer então se retirou e Anahí seguiu até Alfonso que a recebeu um lindo sorriso.

Alfonso: Bom dia. –cumprimento, tentando pegar a mão dela, mas desta vez, em vez de escondê-las, ela as mostrou, levantando-as e mostrando suas palmas-

Anahí: Melhor não. –falou com as mãos sujas erguidas e Alfonso riu de canto- Bom dia. –respondeu-

Alfonso: Trouxe o prometido. –disse a ela, mostrando um pacote, vendo em seguida seus olhos brilharem, ficando ainda mais lindos em plena luz do sol-

Anahí: Meu Deus! –exclamou animada, limpando novamente as mãos na toalha e pegando o pacote que ele lhe ofereceu-

Alfonso: Logo seu jardim estará cheio de Orquídeas. –falou contente pela animação que ela demonstrou-