Capítulo 18

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Após o jantar, os dois seguiram de volta para a sala de estar, ficando próximos a lareira. A chuva havia esfriado toda a mansão, e parecia não dar trégua de cessar tão cedo. Ginnifer voltou, os servindo com vinho, para que conseguissem combater o frio, deixando-os a sós em seguida.

Alfonso: Esse vinho é muito bom. –comentou, após dar seu primeiro gole- Parece com os que temos na Europa, é europeu?

Anahí: Não. –disse com um sorriso meio orgulhoso- É da nossa plantação de uvas.

Alfonso: Verdade? –disse surpreso- Não sabia que fabricavam vinhos, achei que só comercializavam as uvas.

Anahí: Paul quis fazer um teste há algum tempo. –contou- Eu não sou nenhuma conhecedora de vinhos, mas adorei o resultado. As vendas não deram muito certo porque os compradores queriam comprar em grande quantidade e não tínhamos uvas o suficiente para fabricar. E foi ficando apenas para comerciantes locais.

Alfonso: Eu acho que você deveria investir, esse vinho é perfeito. –elogiou- Meu primo Josh pode ajudá-la com a questão dos contratos, eu não entendo muito bem disso, mas ele pode ajudar.

Anahí: Seria ótimo. –disse com um sorriso, encarando-o e bebendo o vinho de sua taça-

A chuva continuava forte lá fora, os dois continuaram na sala de estar, conversando, cheios de olhares apaixonados que não conseguiam evitar. Estavam sentados em poltronas de frente um para o outro, quando foram interrompidos.

Paul: Senhora. –a chamou, aparecendo na sala de estar, os dois se levantaram de imediato- Conde Alfonso. –o cumprimentou-

Anahí: O que houve, Paul? –perguntou, sabendo que ele nunca lhe procurava naquele horário-

Paul: É sobre a chuva, ainda continua forte, e o rio transbordou a ponte. –avisou, desta vez encarando Alfonso- Está bloqueando a saída da fazenda.

Anahí: Deus, tem algum funcionário fora da fazenda? –perguntou preocupada-

Paul: Não, todos já haviam chegado. –avisou- Creio que não terá como Conde Alfonso ir embora esta noite. –falou, só então fazendo Anahí dar-se conta disso-

Anahí: Sinto muito, Alfonso. –falou a ele, com um olhar culpado-

Alfonso: Não tem problema algum. –respondeu- Está tudo bem.

Anahí: Paul, peça para que Ginnifer prepare um dos quartos de hóspedes para Alfonso. –pediu, e Paul assentiu de imediato- E você pode ir descansar, obrigada por tudo.

Paul: Se precisar de algo, é só chamar. –ele acenou com a cabeça, saindo em seguida-

Anahí: Desculpe-me. –pediu agora de frente para Alfonso, estava realmente sentindo-se culpada por ele estar preso ali-

Alfonso: Ei, você não tem culpa de nada. –disse com um riso, aproximando-se ainda mais dela- Não tínhamos como saber que ia cair esse temporal, ninguém tem culpa. –ele passou levemente os dedos pelo rosto dela, admirando-a- Está tudo bem. –e a beijou de leve nos lábios, delicadamente, sentindo ela suspirar com o contato. Mas não durou muito pois Anahí o interrompeu, com medo de que os vissem novamente, e eles voltaram às poltronas-

Minutos depois, Ginnifer voltou à sala de estar avisando que o quarto de hóspedes estava pronto, e que lá havia mais uma muda de roupas, caso precisasse. Anahí a agradeceu e a dispensou para que descansasse. E agora estava somente os dois ali, naquela sala onde a pouca luz que havia era da lareira e das velas já desgastadas.

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