Capítulo 8

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A noite estava só começando quando o jantar foi servido, e todos seguiram até a sala de jantar. Mane ocupou seu lugar na cabeceira da mesa, com Maite ao seu lado, e Anahí ao lado da irmã. Alfonso sentou-se a sua frente, e Josh ao lado dele, do outro lado de Mane.

Conversavam muito durante o jantar, e estava um clima alegre e agradável. Anahí tentando se manter invisível, mas era impossível quando um par de olhos não a deixavam nem por um segundo.

Josh: Anahí, então você mora em uma fazenda? –voltou ao assunto anterior, no qual Mane comentou onde Anahí vivia-

Anahí: Sim. –respondeu, olhou para a comida em seu prato e lembrou-se de que não havia jantado naquela noite, e sentia fome- Fica na estrada indo para o sul.

Josh: E você tem plantações? –continuou curioso-

Maite: Lá tem de tudo, é enorme, uma das fazendas mais lindas da cidade. –contou, lembrando-se das poucas vezes em que foi visitar a irmã. Não ia o quanto gostaria, pois via como a irmã ficava desconfortável com visitas naquele lugar, mesmo ela não sendo uma-

Anahí: Sim, temos muitas plantações. –respondeu, bebendo o vinho de sua taça- Inclusive, tive que sair agora no meio da noite porque uma praga de insetos invadiu tudo por lá. –lembrou com um suspiro, comendo em seguida-

Josh: Alfonso estudou agricultura em Londres, quem sabe não pode ajudar? –sugeriu, alheio ainda sobre a mulher com quem falavam, sem saber que era a mesma que o primo tanto procurava-

Maite: Verdade Alfonso? –perguntou surpresa e Alfonso assentiu, mudando sua atenção rapidamente- Que maravilha!

Alfonso: Posso tentar ajudar. –ofereceu, voltando-se para Anahí-

Anahí: Não precisa se incomodar, amanhã mesmo meu empregado vai à Pensilvânia comprar um veneno. –contou, sem querer pensar na possibilidade daquele homem em sua casa-

Alfonso: Mas as pragas deixam tudo bastante doente. –alertou- Vai precisar cuidar novamente das plantações, do solo.

Anahí: Elas agridem o solo também? –questionou surpresa, dessa vez preocupando-se com seu jardim-

Alfonso: Você entende de plantação? –perguntou maravilhado-

Anahí: Um pouco. –disse baixo, pensativa-

Maite: Entende muito. –a corrigiu- Alfonso, Anahí tem o jardim mais lindo do país. –entregou, vendo a irmã a encarar- E foi ela quem plantou tudo, é uma obra de arte. –Alfonso se surpreendeu ainda mais, mas então lembrou-se da loja de jardinagem em que ela sempre ia em Nova York-

Alfonso: Também gosto muito de jardinagem, não é meu grande foco, mas sempre gostei muito. –Anahí fugiu a noite inteira do olhar dele penetrante sobre nela, mas naquele momento o encarou de volta, e Alfonso sustentou o olhar, ainda mais fascinado-

Anahí: Não exagere. –disse a irmã, que balançou a cabeça negativamente- É só um jardim como os outros.

Alfonso: Gostaria muito de conhecer. –propôs- Se você permitir.

Anahí: Não sei se será possível, com isso das pragas, deve estar tudo uma bagunça. –falou nervosa, mexendo na comida em seu prato-

Mane: Alfonso aproveitava e ajudava você com essa questão, cunhada. –falou, e todos assentiram-

Maite: Você vai precisar de ajuda, Any. –lembrou, sabia o quanto a irmã amava suas flores-

Anahí: Tudo bem. –disse derrotada, o encarando uma última vez e recebendo um enorme sorriso de Alfonso-

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