Capítulo 14

1.3K 152 398
                                    

Alfonso aproveitou cada segundo com ela ali em seus braços, sem acreditar que finalmente a beijava, como desejou desde a primeira vez que a viu. Anahí decidiu aproveitar aquela sensação inédita dos lábios dele encostando-se aos seus, e minutos se passaram daquela forma, com os dois apenas se beijando, sem espaço para mais nada.

Alfonso: Eu poderia ficar beijando você o dia inteiro. –falou ofegante, quando um dos sedentos beijos se encerrou, e eles recuperavam o ar-

Anahí: Deus... –ela o soltou, tampando o rosto com as próprias mãos, envergonhada. Mas Alfonso riu, abraçando-a ainda mais e beijando várias vezes suas mãos-

Alfonso: Olhe para mim, não se esconda. –pediu, tentando destampar seu rosto, e ela o fez, o encarando- Você é linda demais para se esconder. –elogiou, agora olhando nos olhos dela-

Anahí: Vamos voltar. –falou, se recompondo- Ainda é cedo, e você pode tomar um café comigo.

Alfonso assentiu, e os dois seguiram na caminhada de volta para a mansão. Quando chegaram ao jardim, a mesa ainda estava lá posta como anteriormente. Anahí chamou Ginnifer e pediu para que colocasse outro lugar a mesa para Alfonso, e ali a sós, os dois fizeram um desjejum agradável, cheio de olhares e conversa.

Anahí ainda precisava se acostumar com o que parecia centenas de mariposas em seu estomago. Já não era uma pessoa que sentia fome pela manhã, e naquele dia especificamente, estava difícil colocar alguma coisa para dentro, com Alfonso ali, a sua frente lhe olhando daquela forma que ele sempre fazia, deixando-a ruborizada, confusa, fazendo-a se sentir como nunca havia se sentido antes.

Alfonso: Como estão as coisas por aqui? –perguntou antes de levar sua xícara com café a boca. Antes de se afastarem após o primeiro beijo e toda a confusão que ele causou, Alfonso ia lá todos os dias, e a ajudava com o que podia nas plantações-

Anahí: Tudo em ordem. –respondeu, ainda estava um clima meio constrangedor entre os dois. Anahí não conseguia aceitar todos os sentimentos que estavam lhe aflorando. Alfonso percebia, e faria de tudo para acabar com isso-

Alfonso: E as orquídeas? –lembrou, vendo o olhar dela se animar-

Anahí: Já estão florindo, e são espetaculares. –disse agora esquecendo-se do clima tenso que havia antes- Plantei também mais girassóis e decidi fazer uma coisa.

Alfonso: O que? –perguntou, sorrindo ao ver o sorriso dela que não conseguiu conter-

Anahí: Pedi a Paul que reservasse um campo para mim, um pequeno. –contou, tentando conter seu sorriso- Farei uma plantação somente de girassóis. –contou, vendo o olhar surpreso de Alfonso- O que você acha?

Alfonso: Acho incrível. –respondeu, ainda surpreso, mas fascinado com o que via nos olhos dela- E você vai ter sementes suficientes?

Anahí: Ainda não, mas pretendo ir a Nova York em breve fazer uma encomenda. –falou, voltando a se concentrar em seu desjejum- Conheço um vendedor que poderá me conseguir.

Alfonso: Se quiser posso ir com você. –ofereceu, e Anahí o encarou- Posso ajudar.

Ela o encarou em silencio por alguns breves segundos, sua autodefesa detectou o sorriso que ela mandava a ele e quis desfazê-lo, mas então, ela lembrou-se que estava se permitindo, que precisava tentar, que era a maior loucura da sua vida, mas ela precisava tentar. E então, ela não deixou seu sorriso se desfazer, e apenas o amenizou, deixando ainda mais leve, encarando os olhos dele que lhe olhavam tão intensamente desde a primeira vez.

Além do TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora