Anahí não dormiu naquela noite, tentando absorver tudo o que aquele jantar lhe trouxe. Não conseguia esquecer o fato de que teria se casado com Alfonso no lugar de Thomas, e as lembranças lhe maltratavam.
Alexandre: Bom, pelo menos vamos resolver um dos problemas. -comentou, olhando diretamente para Anahí, que sustentou o olhar do pai- O noivo que eu tinha arranjado para você estava na Europa e pegou uma gripe, não poderá vir tão cedo! Então como negócios não podem esperar, arranjei outro. -falou, Anahí arregalou os olhos surpresa agarrando as mãos de Maite- Se casará no próximo mês.
Era Alfonso, e constatar aquilo doía tanto que ela não conseguiu segurar suas lágrimas. Teriam se casado, ela jamais teria perdido seus bebês, e eles seriam a família mais feliz que pudesse existir. Era tudo tão injusto que seu peito ofegava, querendo gritar.
E sem conseguir evitar, ela imaginou como sua vida poderia ter sido, como seria encarar Alfonso pela primeira vez em um altar, sabendo que ele seria seu marido para o resto de sua vida. Como seria se após o casamento, tivessem uma noite de núpcias decente, cheia de carinho e de amor, onde ele a beijaria da mesma forma como a beijou na primeira vez.
Teriam sido tão felizes, que ela quase podia tocar essa felicidade que lhes foi negada.
Quando amanheceu, ela ainda estava acordada, mas agora com a proposta que Duque Albert havia feito a eles. Poderiam ir para outro país, outro continente e serem capazes de deixar tudo para trás?
Mesmo sem ter conseguido dormir, ela se levantou cedo e desceu para cuidar do seu jardim. Estava ainda abaixada no meio de suas flores, sentindo o aroma misturado de todas elas, olhando cada uma delas com um suspiro.
Alfonso: Pelo visto não fui o único que não conseguiu dormir essa noite. –falou atrás dela, fazendo-a sair de seus pensamentos-
Anahí permaneceu como estava, mas sorriu ao ouvir a voz dele.
Alfonso: Como você está? –perguntou e ela finalmente levantou para encará-lo-
Anahí: Estou bem. –respondeu sincera- Estava aqui admirando meu jardim. –comentou com um sorriso. Alfonso não deixou passar despercebido o fato de que os cabelos dela estavam soltos novamente, e ele sorriu com isso-
Alfonso: Você ama mesmo esse jardim, não é? –era mais uma afirmação do que um questionamento- Não me faça sentir ciúmes disso.
Anahí: Seu bobo. –respondeu, sentindo-o levar os dedos até uma mecha que caía em seu rosto- As flores me salvaram. –voltou a dizer, encarando-o- Salvaram-me, enquanto você não chegava.
Aquilo pareceu tocar profundo em Alfonso, ele sentiu a emoção que aquelas palavras dela tinham, e isso encheu seu peito daquele sentimento sufocante, que ela sempre lhe causava. E por isso ele segurou seu rosto com as duas mãos, e sem dizer nada, a beijou.
Beijou-a apaixonadamente, e Anahí correspondeu da mesma maneira, sem se importar se alguém os veria, sem se importar com mais nada. Eram apenas eles e aquele amor que parecia que só crescia.
Após o beijo, tomaram o café da manhã juntos, como sempre faziam. Ginnifer apareceu em seguida, mas não para recolher a mesa, mas apenas para recolher as flores que Anahí havia colhido, pois gostava de coloca-las em vasos e espalhá-las pela casa. Após isso, os dois caminharam pela fazenda, Anahí fazendo sua visita rotineira aos campos e falando brevemente com Paul.
Agora eles estavam no campo de girassóis, que juntos fizeram acontecer. Os girassóis estavam enormes, lindos e agora virados para cima devido o sol alto daquela manhã. Era o campo favorito de Anahí porque ela gostava muito daquela flor, e Alfonso sabia disso. Não havia ninguém por ali, e eles caminharam pelo meio do campo, entre os girassóis, enchendo as roupas de terra.
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Além do Tempo
Fiksi PenggemarEssa é uma história de amor. Um amor capaz de sobreviver além do tempo. Essa é uma história sobre encontros. Um encontro de almas. Essa é uma história sobre vidas. Um amor de vidas passadas. E sobretudo, essa é uma história sobre dor. E há dores...