Capítulo 19

1.4K 156 696
                                    

Ao contrario da noite passada, o céu amanheceu sem nuvem, com um lindo dia ensolarado. Anahí sempre acordava muito cedo, mas naquele dia se tardou a despertar. Aos poucos foi sentindo seu corpo dolorido pela noite que tivera, e ainda sem abrir os olhos, lembrou-se de tudo o que havia acontecido. Tentou se mexer sobre a cama, mas além da dor em seu corpo, sentiu algo prendê-la. Quando abriu os olhos finalmente, a claridade a incomodou, recobrou a consciência e percebeu que não estava em seu quarto. Olhou para o lado e Alfonso dormia sereno, com o braço por cima de sua barriga, prendendo-a na cama.

Ainda estava muito chocada com tudo que sentiu naquela noite, virou-se agora de frente para Alfonso e o admirou ali, tão próximo que sentia sua respiração tranquila tocar seu rosto. Ele havia sido o causador da melhor noite de sua vida, causador das maiores sensações que ela já havia sentido, e ainda sem acreditar em tudo o que viveu, ela recordou-se de como foram parar ali. Anahí lembrou-se de quando sentiu seu corpo explodir pela primeira vez, sentindo-se finalmente mulher. Lembrou-se de quando acabou, e da vontade que ainda havia dentro dela. Começaram com os beijos novamente, mas desta vez estavam mais íntimos, mais quentes e desesperados. Alfonso levou sua boca novamente para os seios dela, onde ela nunca achou ser possível sentir tanto prazer. Naquela segunda vez, ela não deixou as mãos tão quietas, quis tocá-lo, quis senti-lo por completo, passeando com seus dedos por cada pedaço dele. Quando Alfonso a invadiu novamente, ela gemeu em seus lábios, as testas estavam coladas e não se beijavam, mas as bocas estavam tão próximas que podiam beber os gemidos um do outro. Os movimentos começaram e ela não conseguiu ficar parada, movimentando-se embaixo dele, querendo-o senti-lo mais intensamente, querendo apagar de alguma forma todo aquele fogo que sentia em seu corpo. Ele a beijou no exato momento em que explodiram novamente, Anahí sentindo seu corpo inteiro tremer, sem conseguir conter sua voz, chamando o nome dele a cada suspiro, sentindo-se cair de em um abismo de tanto desejo.

Alfonso se declarou muitas vezes para ela naquela noite, e agora ela lembrava de todas, sentindo seu peito arfar, como se estivesse cheio, mas sem reconhecer aquela sensação nunca sentida antes. Depois da segunda rodada de sexo, eles apagaram e agora ela estava ali, admirando-o dormir depois da noite que tiveram, com seus corpos nus e apenas uma coberta sobre eles. Nunca pensou que conseguiria sentir aquilo, nunca achou que poderia ficar assim com um homem, não achou que ainda podia sentir aquela felicidade que estava sentindo.

Anahí ainda o observava quando ele começou a despertar. Ela viu a claridade também o incomodar e apertar seus olhos antes de abri-los. Ela o encarou e viu suas esmeraldas ainda mais claras com a luz do sol, ele a olhou nos olhos e foi o que bastou para que ela sentisse seu mundo inteiro de cabeça para baixo outra vez.

Alfonso: Bom dia. –disse com a voz rouca de sono, puxando-a para mais perto de seu corpo e selando seus lábios aos dela-

Anahí: Bom dia. –respondeu tímida-

Alfonso: Dormiu bem? –ele sorriu, provocador, vendo o rosto dela corar-

Anahí: Perfeitamente. –falou, vendo o sorriso dele aumentar, avançando sobre ela e a beijando-

Alfonso tirou o pouco de folego que Anahí tinha naquele beijo, deixando-a ofegante quando abandonou seus lábios, desnorteada.

Anahí: Temos que levantar. –avisou, a voz baixa, ainda se recuperando do beijo que ele lhe dera-

Alfonso: Temos? –questionou e ela assentiu, sorrindo de canto. Anahí tentou se soltar dos braços dele e sair da cama, mas Alfonso a puxou de volta- Sei que temos que levantar, que você vai ficar com aquilo de "alguém pode nos ver"... –falou, imitando-a e a fazendo rir- Então por isso, vamos aproveitar enquanto aqui não corremos esse risco.

Além do TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora