Capítulo 25

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No dia seguinte, ainda era cedo quando Ginnifer deixou a fazenda. Andou pelas ruas de Tarrytown, puxando seu cavalo pelas rédeas, parou em frente a luxuosa e grande casa e respirou fundo, admirando o lugar. Havia um grande portão, que de fora ainda dava para ver o belo jardim bem cuidado, havia um bonito chafariz ao centro e logo atrás a mansão. Há dois dias quando esteve ali, estava tão nervosa que não conseguiu ver nenhum detalhe, entrou desembestada atrás de Paul, e desde aquele dia, tinha pesadelos todas as noites com o rosto ensanguentado de Josh.

Deixou o cavalo do lado de fora e se anunciou, dizendo que queria falar com Josh. Os empregados olharam desconfiados para ela, e Ginnifer não soube se lembraram dela do dia da confusão ou se era por suas vestes nada luxuosas. Deixaram-na aguardando na sala de estar, enquanto chamavam Josh. Ainda era cedo, a casa estava silenciosa, Ginnifer olhava cada detalhe do lugar, sentindo suas mãos tremerem de nervosismo.

Ela estava de costas para a entrada da sala, quando sentiu tocarem seu ombro. Quando virou-se, era ele, encarando-a assustado. Ginnifer viu seu rosto ainda machucado, mas melhor do que a última vez que o vira, havia um corte no nariz e na boca e um roxo no olho direito. O peito ofegou quando o viu ali tão próximo que seus olhos se encheram de lágrimas, e em um impulso, ela se jogou nos braços dele, chorando.

Josh a recebeu saudoso, se estivessem em outra circunstancia, ele se fartaria com o perfume de seus cabelos, com o toque de sua pele e ficaria com o corpo dela abraçado ao seu por horas. Mas o que ele podia fazer naquele momento, era somente acalmá-la e tira-la dali, antes que sua mãe aparecesse.

Josh: Acalme-se, meu amor. –pediu em um sussurro, sentindo as lagrimas dela molharem sua camisa- Você está bem? Fizeram alguma coisa com você? –se preocupou-

Ginnifer: Não. –respondeu, amenizando seu choro e soltando-se dele devagar, como se não quisesse ter que fazer aquilo- Eu vim saber como você está. –ela agora o encarou, olhando detalhadamente para seu rosto, levando os dedos para tocá-lo- Deus, eu sinto muito.

Josh: Está tudo bem, eu vou ficar bem. –ele pegou a mão dela que tocava seu rosto e a beijou- A situação aqui ainda está delicada, não quero que minha mãe a veja pois sei que ela não vai ser gentil com você. –avisou, vendo seu olhar ressentido-

Ginnifer: Sua casa é muito bonita. –disse baixinho, soltando sua mão da dele e olhando ao seu redor- Josh, por que você fez isso comigo? –lamentou mais uma vez, sentindo o choro querer voltar-

Josh: Amor, por favor. –ele respirou fundo- Eu vou consertar isso, eu prometo. –se aproximou dela novamente- Vamos nos ver em outro lugar, não quero que minha mãe veja você aqui.

Ginnifer: Como você vai consertar as coisas se não quer nem que sua mãe me veja? –questionou magoada-

Josh: Por que ainda está muito recente, ela não entendeu tudo ainda, está com raiva. –respondeu- Vai magoar você, e isso eu não quero que aconteça. Por favor, deixe-me levar você daqui.

Ginnifer: Não precisa. –falou, limpando uma ultima lágrima de seu rosto- Eu só vim ver se você está bem, e pelo que vejo está ótimo. –disse com um suspiro- Eu já estou indo embora.

Josh: Deixe-me ver você, quero poder conversar a sós, por favor. –pediu, encarando-a com um olhar derrotado-

Ginnifer: Eu não posso estar aqui, e se você aparecer na fazenda, Paul termina de matar você. –falou-

Josh: No chalé. –ofereceu- No nosso lugar, me encontre lá hoje à noite.

Ginnifer: Josh, é melhor não. –disse baixinho- Paul está de cara feia para o meu lado, vim cedo antes que ele colocasse os olhos em mim.

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