Os dias seguiram e Anahí ia se recuperando do acidente aos poucos, recebendo visitas quase diárias de Ginnifer, Helena e Maite, sem contar Alfonso que esteve com ela todos os dias, dormindo em seu apartamento, o que Anahí percebeu não se incomodar, tendo a presença ali todos os dias. O novo ano havia chegado, e com ele as coisas voltavam ao seu lugar. Paul teve que voltar para casa, mas antes de ir havia conseguido uma entrevista para Alfonso em uma universidade, e com todo seu esforço ele fora aprovado. Acabou então pedindo demissão da defensoria, fazendo o que adiava há muito tempo. Com isso, ficou com mais tempo livre e ajudava Anahí no escritório, esta que ainda estava trabalhando de casa, enquanto não ficava cem por cento.
Anahí: Agora eu tenho que resolver tudo daqui, Alfonso não me deixa sair para nada. –falou, estava sentada a mesa na varanda do seu apartamento, enquanto tomava um café-
Maite: Bem feito, você sempre achou que mandava no próprio nariz e agora tem alguém que manda em você. –respondeu desaforada-
Anahí: Eu ainda mando no meu próprio nariz. –disse com uma careta, ofendida- Se eu quiser mesmo, saio a hora que eu quiser.
Maite: Aham. –ironizou com um riso- Com Alfonso do lado? –provocou-
Anahí: Muito engraçado, senhorita. –ela revirou os olhos, tomando seu café- Sabe que jamais deixaria ninguém tomar conta da minha vida.
Maite: Eu sei, sua boba. –disse sorrindo- Estou apenas tirando você do sério. –ela tomou um gole do seu café, e o celular que estava em cima da mesa vibrou, chamando a atenção das duas- E onde ele está agora?
Anahí: Foi ao tribunal resolver alguns detalhes de uma audiência. –respondeu, e o celular de Maite persistiu tocando- Não vai atender? –perguntou confusa, já era a terceira vez que tocava-
Maite: Não. –respondeu- É Koko. –completou com um suspiro- Ele vem ligando insistentemente.
Anahí: Você já atendeu para saber o que ele quer? –ela a encarou, e viu a amiga dar de ombros-
Maite: Já, é a mesma coisa de sempre, quer reatar nosso noivado. –ela pegou o celular e desligou- Mas não tem mais volta.
Anahí: E você já disse isso a ele? –perguntou e Maite assentiu com a cabeça- Então nós precisamos tomar cuidado, se ele continuar persistindo nós vamos ter que ir a delegacia.
Maite: Any, é o Koko. –respondeu- Ele não vai me fazer nada, só que tudo aconteceu muito rápido, nós íamos nos casar e agora nem juntos mais nós estamos. Ele só está digerindo tudo ainda.
Anahí: Você está esquecendo com quem você está falando? –questionou indignada- Eu vejo isso acontecer todos os dias, é assim que começa, é assim que um abusador age.
Maite: Ok, vamos com calma. –pediu- Se ele continuar nós fazemos alguma coisa, tudo bem? –propôs e Anahí ainda inconformada aceitou- Mas, vamos mudar de assunto, quero falar sobre outra coisa...
Anahí: O que? –perguntou, observando-a e vendo um sorriso nascer nos lábios dela-
Maite: É sobre Mane. –soltou com um suspiro-
Anahí: Estão juntos? –falou óbvia, vendo a careta da amiga-
Maite: Como? –perguntou surpresa- Como você sabe?
Anahí: Ora Maite, estava óbvio que algo estava acontecendo entre vocês. –disse com um riso- Era questão de tempo.
Maite: Argh! –grunhiu- Eu odeio que você sempre sabe as coisas antes de eu poder contar.
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Além do Tempo
FanfictionEssa é uma história de amor. Um amor capaz de sobreviver além do tempo. Essa é uma história sobre encontros. Um encontro de almas. Essa é uma história sobre vidas. Um amor de vidas passadas. E sobretudo, essa é uma história sobre dor. E há dores...