𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝟷𝟻

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❦ 𝙳𝚎𝚊𝚗 𝚙

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❦ 𝙳𝚎𝚊𝚗 𝚙.𝚘.𝚟.:

Nunca me imaginei sendo pai. É louco ter essa responsabilidade do nada, mas é gratificante. Sam insiste em dizer que ela tem o mesmo gênio que eu, mas tenho certeza que nunca fui petulante e teimoso desse jeito. Ok, talvez algumas vezes... Enfim, o ponto é: tô feliz. Pela primeira vez em tanto tempo eu tenho uma outra razão para sorrir. E mas alguém para me preocupar. Já não basta eu ficar de babá do Sam, agora vou ter que ficar da Jade. Esse é o preço por se importar demais com as pessoas. A vida devia ser igual aquela série de vampiros, onde dá pra desligar a humanidade fácil. Mas nem tudo são flores, né?
Jade sai para comprar alguma coisa pra comer, e eu envio o que quero no whats. Depois de quase uma hora, ela volta com um sorriso maior que a cara.

— Que foi? — pergunta colocando a sacola com os lanches na mesa.
— Nada, só quero saber a desse sorriso. — olho para ela.
— Não posso sorrir mais? — arqueia a sobrancelha.
— Claro que pode!
— Então não se mete, pai. — joga o lanche pra mim.
— Queridinha, eu ainda vou descobrir o motivo desse sorriso ai. — pisco pegando o lanche.
— Ah vai? — debocha.
— Na escola onde você estuda, eu dou aula. — mordo o alimento e ouço sua risada.
— Então, o que sabemos até agora? — olho para o Sam.
— É definitivamente um espírito. O funcionário de limpeza de uma faculdade foi morto e teve um corte na testa, as câmeras foram corrompidas... — fala lendo no notebook.
— Então vamos investigar! — amasso o papel do lanche que terminei de comer, e vou me arrumar com o meu terno de FBI.
— E que roupa eu coloco? — Jade cruza os braços.
— A roupa de ficar quietinha nesse quarto. — falo entrando no banheiro antes que ela comece a reclamar.

Ouço ela reclamar com o Sam, que tenta me defender mas acaba caindo na risada também. Saio do banheiro já pronto e Sam entra para se vestir. Dirijo meu olhar para a Jade e a mesma está de braços cruzados, me olhando.

— Tá com fome? — pergunto.
— Não! — fala brava.
— Então por que tá com essa cara feia? — ela revira os olhos e eu sorrio.
— Você é insuportável, sabia?
— E você é uma mimada, sabia? — pego minha identidade falsa de FBI.
— Vai mesmo me deixar aqui sozinha?
— An... — finjo pensar. — Vou. — sorrio e bato na porta do banheiro. — Anda logo Sam!
— Se eu soubesse, nem tinha vindo.
— Você não tinha escolha, princesa.
— As crianças ainda estão brigando? — Sam sai do banheiro arrumando a gravata.
— Para de graça, vamos! E você, menina, juízo!
— Senão o que? — cruza os braços de jeito debochado.
— Você vai ver. — pisco e saio com o Sam.

E assim fomos até a faculdade onde aconteceu uma morte do carinha da limpeza. Entramos num laboratório e eu olho o boneco cheio de órgãos de plástico. Pego o coração e olho para o Sam.

— Quer o meu coração?
— Cara, coloca isso de volta, a gente tá trabalhando.
— Tá bom. Sentiu o cheiro de enxofre?
— Sim. Estamos num laboratório. — fala a coisa mais óbvia do mundo.
— É isso aí! — olho em volta e paro o olhar em uma câmera. — Sam, olha ali.

E assim vamos até a sala de vigilância. Visualizamos o percurso do tiozinho e, como era de se esperar, o vídeo está corrompido. Tivemos a ideia de ir falar com as pessoas próximas e Sam descobriu apenas que ele era um cara bom. O que é um pé no saco. Então, voltamos para o motel, onde uma pequena Winchester deve estar furiosa.
Entro no quarto com a sacola de donuts e o cômodo está vazio. O barulho do chuveiro já me faz perceber que a Jade está no banho, então aproveito pra trocar de roupa rapidão. Coloco a sacola na cama dela e me jogo na minha.

— Precisamos treinar ela. — diz meu irmão.
— Eu sei. Eu só... — respiro fundo.
— Eu sei, cara. É um saco ela ter que levar essa vida também.
— Ela o que? — Jade sai do banheiro com um conjunto de moletom preto.
— Você tem que treinar. — sento olhando pra ela.
— Minha mira é ótima, sabia? — abre a sacola de donuts.
— Então vamos testar! — falo pegando um tabuleiro de dardos na minha mala. — Se você acertar 3 no meio, pode ficar com todos os doces.
— Fechado! — diz levantando.

Penduro o alvo e dou os dardos para ela, que se concentra. Sam também para o que está fazendo pra ver o que a Jade vai conseguir. Depois de quase uma vida, ela atira o dardo. Há quase um metro do alvo.

 Há quase um metro do alvo

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— Ops. — ela ri.
— Meu Deus! — Sam embala na risada também.
— Pelo visto eu vou ficar com os doces. — entro na onda da diversão.
— Entre no meu caminho e será um homem morto, Winchester. — ela diz séria e logo cai na gargalhada.

Eu não trocaria esse momento por nada no mundo. Nada mesmo.

 Nada mesmo

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𝙰 𝚏𝚒𝚕𝚑𝚊 𝚍𝚎 𝙳𝚎𝚊𝚗 𝚆𝚒𝚗𝚌𝚑𝚎𝚜𝚝𝚎𝚛Onde histórias criam vida. Descubra agora