Bebo a água em um só gole e estendo o copo pra Castiel, sorrindo sarcástico.
— Feliz agora?
— Com certeza, Dean. — ele retribui o sarcasmo. Eu ia rebater quando o enfermeiro aparece.
— A senhorita Coonel já está no quarto, podem ir vê-la.
— Graças a Deus! — levanto e vou até a metade do corredor, porém volto. — Hã... Em qual quarto?
— 137, senhor.E assim vou até o elevador para chegar no quarto dela. Só reparei que Sam e Cas ficaram porque meu irmão me xingou por não ter segurado a porta do elevador. Mas depois me resolvo com eles. As portas se abrem e olho os números dos quartos, até que acho o de Jade. Respiro fundo, toco na maçaneta e abro a porta, vendo a minha menina abrir os olhos lentamente. Me aproximo da cama e acaricio seu cabelo, me sentando na cadeira ao seu lado.
— Você quase me matou de susto, sabia? Nunca mais faça isso comigo.
— Desculpa... — diz com a voz rouca.
— Shh, não fala nada. Não quero ver você fazendo esforço. — sorrio de leve.
— Ok. — ela sorri também, mas seu rosto é tomado por uma enorme interrogação. — O que era aquelas coisas, pai?
— Hã... Que coisas? — me faço de desentendido.
— Ela fingiu que era a minha mãe... como?
— Querida, vamos falar disso quando você sair dessa cama ok?
— Mas pai...
— Por favor, Jade. — acaricio seu cabelo novamente.
— Ok. — suspira.
— Eu vou comprar vários cheeseburgers pra você.
— E torta também? — ela da um sorriso fraco.
— Quantas você quiser. — beijo sua mão.
— Então... minha mãe realmente está morta? — ela pergunta e vejo um pequeno brilho de esperança em seus olhos.
— Sim, querida. — dou um longo suspiro e aquele brilho some, dando lugar as lágrimas.Argh! Eu não sei o que fazer. Parei para pensar e isso tudo é uma péssima ideia. Eu não tenho maturidade pra ser pai. Nunca vou ter. Ela precisa de alguém que sempre vá estar ali, e eu não sei se posso estar sempre. Meu trabalho é perigoso. Não posso simplesmente reorganizar minha vida do nada. Sem contar no perigo que ela pode correr. Isso tudo é um saco.
— Eu vou... é isso aí. — beijo sua testa e levando.
— Onde você vai?Apenas dou uma última olhada em seu rosto e sorrio, assim saio do quarto e dou de cara com o Sam. Puxo seu braço para longe do quarto e entramos em tipo um almoxarifado, onde começo a andar de um lado para o outro.
— Sammy, temos que dar o fora daqui!
— A Jade já tá melhor? — pergunta confuso.
— Não sei cara! Eu não quero ela na minha vida! Eu não posso fazer isso! — olho para ele.
— Cara, você tá pirando!
— Vamos embora, agora! — saio do cômodo. — Vamos logo Sam! — falo bravo, vendo ele ficar parado ali.
— Vai você, pois eu vou continuar aqui!
— Você não vai fazer isso comigo!
— Eu estou fazendo, Dean.Respiro fundo e dou as costas para o Sam, esbarrando com Castiel pelo caminho. Nem ouço o que ele fala, entro no elevador e assim que as portas se abrem, vou em direção ao meu carro. Eu vou dar o fora daqui.
❦ 𝚂𝚊𝚖 𝚙.𝚘.𝚟.:
O Dean pirou real. Com certeza ele está assustado, mas não pensei que seria ao ponto de querer abandonar a filha dele. Claro que isso é muito recente e extremamente confuso, mas caramba, é a filha dele! Dean sempre se preocupou no que deixaria aqui se um dia morrer. Ele nunca me falou, claro, mas eu o conheço mais que ele mesmo. E eu vi a esperança em seu olhar desde que essa garota apareceu.
Sim, ele é irresponsável, idiota, indelicado e as vezes um super babaca. Mas eu conheço seu coração, e sei que ele ficou feliz em saber que tem alguém. Eu nunca vi o Dean desse jeito. Ele realmente se importa com a Jade, e está num conflito enorme. Se ela entrar nessa vida que nós temos, vai correr perigo constante, porém ficaríamos de olho nela. Agora, se ela ficar, vai criar um ódio enorme pelo Dean e não vamos conseguir protegê-la. Droga!
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𝙰 𝚏𝚒𝚕𝚑𝚊 𝚍𝚎 𝙳𝚎𝚊𝚗 𝚆𝚒𝚗𝚌𝚑𝚎𝚜𝚝𝚎𝚛
Fiksi Penggemar𝚂𝚒𝚗𝚘𝚙𝚜𝚎: Quando Dean conheceu Lenore, ambos tinham 17 anos e estavam completamente apaixonados durante o ensino médio. Por conta do trabalho da família, o Winchester se vê obrigado a terminar o relacionamento de 2 meses. Lenore, na raiva, não...