𝙰 𝚏𝚒𝚕𝚑𝚊 𝚍𝚎 𝙳𝚎𝚊𝚗 𝚆𝚒𝚗𝚌𝚑𝚎𝚜𝚝𝚎𝚛

𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝟸𝟾

Levanto a cabeça e vejo meu pai tentando abrir os olhos. Até que seu corpo todo começa a se contorcer, e a fumaça sai de dento dele, indo até Crowley.
— Até que enfim! — diz ele abrindo os braços, vitorioso.
Porém, depois que ele absorve toda a fumaça, um brilho insuportável sai de seu corpo nos obrigando a fechar os olhos. Ouço uma explosão, e quando abro meus olhos novamente, não tem mais claridade e nem sinal de Crowley.
— Mas o que? — indaga tio Sam olhando em volta.
— Hmmm. — meu pai geme abrindo os olhos. — Pirralha. — diz me olhando.
Não seguro a emoção e, assim que ele senta, o envolvo em um abraço apertado.
— Nunca mais faça isso comigo! — digo em meio ao choro. — Nunca mais me assuste dessa forma, e não ouse me abandonar!
— Filha, eu nunca vou te deixar. — diz me apertando.
Sinto mais braços nos envolverem: tio Sam e Cas. E ficamos ali, por longos minutos, aproveitando a nossa presença. Assim que nos soltamos, levanto e olho para Mattew que esta escorado na parede, machucado. Deve ter ficado muito perto da explosão de Crowley. Pego a arma de meu pai que estava no chão, e ele não diz nada, apenas me olha em aprovação.
— Escuta aqui, seu filho da puta. — chuto seu estômago o fazendo deitar no chão. — Você mexeu com a garota errada. — apoio meu pé em seu peito, vendo ele arfar. — Eu sou uma Winchester, seu idiota. — cuspo e aponto em seu braço, dando um tiro e ouvindo seu grito. — Isso é por ter mentido para mim. — dou outro no ombro e seu grito preenche o ambiente novamente — Isso por ter me machucado. — Aponto em sua testa. — E isso por ter machucado a minha família.
Atiro em sua testa. Meu tio vem de um lado, e com cuidado tira a arma de minha mão. Meu pai vem do outro e me puxa para um abraço. Ele sabia o quanto eu precisava fazer aquilo.
— Shhh, está tudo bem agora. — começa a andar abraço comigo. — Vamos embora.

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Saio do Impala extremamente animada, sendo seguida pelos três mosqueteiros. Já se passaram três meses desde a caixa de Pandora, e desde então não pegamos mais nenhum trabalho. Queremos apenas viver como pessoas normais por algum tempo, e aqui estamos: em um parque de diversões em Lawrence, Kansas, onde papai e tio Sam nasceram.
— Então, vão querer ir no que primeiro? — pergunto com os ingressos em mãos.
— Qualquer lugar que não tenha palhaço. — diz meu tio e olho confusa para ele — Longa historia. — ele responde me olhando e meu pai solta um riso.
— Vamos no bate bate então! — digo já indo em direção aos carrinhos.
E, depois de muita diversão, nos sentamos para comer hambúrgueres rindo. Paro por um momento e olho para os três, sem conter o sorriso.
— O que foi? — Sam pergunta.
— Eu estou... feliz! — olho para meu pai. — Meu mundo desabou quando perdi minha mãe, achei que nunca mais iria sorrir novamente. Mas aí ganhei uma família.
Os três seguram em minhas mãos.
— Vocês cuidaram de mim, me protegeram. Eu não sabia que poderia um dia ter tudo isso. Te encontrar, pai, foi a melhor decisão que ja tomei em minha vida. — digo com os olhos marejados — Obrigada por terem me acolhido, eu amo tanto vocês!
— Ah, quanta melação — diz o mais velho, nos fazendo rir. — Obrigado por ter ido bater em minha porta e por ter ficado em minha vida, pirralha. No começo eu fiquei assustado, mas sinto que só comecei a viver de verdade depois que você apareceu, e me deu um sentido para viver. Não sou o pai perfeito, mas dou e sempre darei o meu melhor. Por você, e para você. — beija minha mão.
— Nunca vi o ele ser meloso assim com ninguém — diz Sam rindo. — Mas, já que estamos falando, obrigado por ter aparecido em nossa vida Jade. Achei que o Dean seria minha única família, mas você chegou e trouxe um propósito para nós. Obrigado. — ele sorri, e olhamos todos para Castiel.
— O que? — ele pergunta. — Vocês sabem que sou feliz por ter vocês.
— Não custa aprofundar isso né. — diz meu pai.
— Deixa ele pai, sei que ele nos ama. E eu também amo você, Cas. — ele sorri para mim. — Um brinde! — ergo minha garrafa de cerveja.
— Ao que? — meu tio pergunta.
— A nossa família. — sorrio e brindamos.
Pouco tempo depois, o celular de meu pai toca e ele se afasta para atender.
Volta, e nos olha com um sorriso e brilho nos olhos.
— Dean? — Sam diz.
— Hora de voltar a ativa. — sorrimos.

                                                                                             ❦ 𝙵 𝙸 𝙼  ❦