Seu pai fez uma coisa que me deixou irritado, e eu não consigo ficar com vocês agora. — diz me olhando.
— Eu fiz alguma coisa também?
— O que? Não, claro que não!
— Mas vocês são a minha família, tio Sam! — falo olhando para ele.
— Hey, não estou abandonando vocês! Só preciso tirar um tempo pra pensar, tá bom? — me abraça e beija o topo da minha cabeça.
— Bom não tá, mas se é o melhor pra você... — falo me afastando e dou um sorriso fraco.
— É o melhor. — sorri de lado. — Fica bem e qualquer coisa, pode me ligar!
— Digo mesmo!E assim, e ele me abraça, pega a mochila e vai embora. Vou para o lado do meu pai, que está arrumando as coisas na mala dele.
— Você matou a amiga dele? — pergunto o olhando. O mesmo para o que está fazendo e me olha, se encostando na mesa.
— Ela matou quatro pessoas.
— Ela tinha um filho?
— Ele tem com quem ficar. — fala cansado.
— E se não tivesse? — altero um pouco a minha voz.
— Por que você se importa tanto? — me olha e suspira. — Ela era perigosa. Ela iria matar de novo.
— Mas...
— Eu sei que é horrível, mas eu fiz o que foi preciso. — suspiro vencida e apenas balanço a cabeça concordando.
— Vem cá! — estica os braços me chamando para um abraço, e eu retribuo encostando a cabeça em seu peito. — Sua mãe não era um monstro. Quem matou ela que era. Aquela mulher matou a mãe de alguém também. Eu fiz o que foi preciso pra salvar mais pessoas.
— Eu sei. — falo olhando para ele e abro um leve sorriso.
— Tá com fome? A gente pode ir comer uma torta.
— Pode ser. — falo me afastando e pego meu celular na mesa.{... 𝟷 𝚂𝙴𝙼𝙰𝙽𝙰 𝙳𝙴𝙿𝙾𝙸𝚂 ...}
Chegamos em uma cidade chamada Lily Dale, onde os médiuns estão morrendo de formas estranhas e misteriosas. Estranho até demais, não? Ergo o vidro do carro quando paramos em um motel da cidade e saímos do carro, pegando as mochilas da que trouxemos e levamos até o quarto. Já com os notebooks abertos, começamos a conversar sobre o caso.
— Então não tem nenhuma ligação entre as vítimas?
— Tirando o fato de que todas são videntes, nenhuma. — falo frustrada e me encosto na cadeira.
— Bom, veste uma roupa social e vamos conversar com alguém da família da mulher. — diz se levantando e entrando no banheiro com o seu terno.Que bom que providenciei o meu na semana passada. Espero a princesa sair do banheiro e logo entro, me trocando e ajeitando o cabelo. Já pronta, encontro meu pai encostado no Impala enquanto mexe no celular. Assim que me vê, guarda o aparelho no bolso e entra no carro, e eu repito seu gesto. Depois de investigarmos a cada onde a tragédia aconteceu, estranho quando ele para na frente de um restaurante e o olho. Íamos ver a neta da mulher agora.
— Você marcou de encontrar a moça aqui?
— Não! Eu só tô com fome. Desce aí. — fala pegando e carteira abrindo a porta.Reviro os olhos e saio do carro também, acompanhando-o para dentro da lanchonete. Um cara com o sorriso maior que o rosto está na recepção e nos entende de uma maneira tão alegre que chega a ser irritante. Eu e meu pai trocamos um olhar e ele finalmente diz que vamos para outro lugar, quando escutamos a voz do tio Sam. Viramos e ali está ele, sentado em uma mesa, vendo uma pasta de arquivos. Sentamos em sua frente e ele nos olha assustado.
— Você sempre usa terno quando as pessoas leem sua mão? — pergunto.
— Não estou surpreso que tenha achado esse caso.
— Está em todos os jornais. — complemento sua fala.
— E eu sei que essa cidade é praticamente um farol para os fantasmas, mas isso requer feitiços pesados e muita energia.
— E os únicos livros de lá eram amadores.Tio Sam, que até agora estava em silêncio, abre a boca para dizer algo quando o pedido chega.
— Algo para vocês? — o mesmo cara sorridente da recepção pergunta.
— Café pra mim e um pedaço de torta. — respondo.
— O mesmo pra mim, e com uma panqueca. — meu pai diz.
— Vocês são a luz da vida. — ele sorri e se retira.
— Vocês ouviram o que aquele cara disse? — olha pra meu tio que quer dar risada. — Acha isso hilário, Sam? Vamos, ria!
— Dean... — ele começa.
— Nossa, ele fala. — meu pai debocha.
— Cara...
— Sam, nós estamos na mesma cidade e enfrentando o mesmo caso. Da pra gente trabalhar juntos nessa e depois a gente continua separados? Eu nem vou perguntar por onde você esteve essa semana. — e ele jogou verde.
— Ótimo. — meu tio responde percebendo o jogo do irmão, que faz uma careta de tédio.
— Então vamos ir falar com a neta da vítima? — pergunto.
— Só vamos comer primeiro. — papai responde.E assim fizemos: comemos, e eu fiquei com uma certa implicância daquele carinha sorridente. O rosto dele não cansa? Juro, chega a ser insuportável. Tio Sam foi em outro carro, já eu e o Winchester mais velho fomos no Impala. E assim paramos em frente a uma grande e aconchegante casa amarela. Saímos do carro e quando nos aproximamos da porta, uma mulher sai acompanhada por outra e nos olha confusa.
— FBI, senhorita. — meu pai diz mostrando o distintivo.
— Quer que eu fique? — a mais velha pergunta e a mais nova nega.
— Não, está tudo bem. — sorri e nos convida para entrar.
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𝙰 𝚏𝚒𝚕𝚑𝚊 𝚍𝚎 𝙳𝚎𝚊𝚗 𝚆𝚒𝚗𝚌𝚑𝚎𝚜𝚝𝚎𝚛
Fanfiction𝚂𝚒𝚗𝚘𝚙𝚜𝚎: Quando Dean conheceu Lenore, ambos tinham 17 anos e estavam completamente apaixonados durante o ensino médio. Por conta do trabalho da família, o Winchester se vê obrigado a terminar o relacionamento de 2 meses. Lenore, na raiva, não...