𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝟸𝟶.

722 56 0
                                    

A jovem nos convida para entrar e assim fazemos, ficando no sofá na seguinte ordem: tio Sam em uma ponta, eu no meio e papai na outra ponta

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A jovem nos convida para entrar e assim fazemos, ficando no sofá na seguinte ordem: tio Sam em uma ponta, eu no meio e papai na outra ponta. A mulher me olha estranho e em seguida para os dois homens ao meu lado.

— Ela não é muito nova para ser agente? — pergunta desconfiada.
— An... Ela está em treinamento, somos os mentores dela. — meu pai responde e da um sorrisinho.
— Certo... O que querem saber?
— Sua avó tinha inimigos? — meu tio pergunta.
— O que? Não! — fala estranhando. — Vocês acham que pode não ter sido acidental?
— Não, não! Só temos que considerar todas as possibilidades. — Sam sorri.
— Bom, se serve de alguma coisa, ela meio que previu a morte dela.
— Como assim? — pergunto curiosa e me coloco um pouco mais para frente.
— Ela disse que iria morrer em uma sessão, e aquela peça do tabuleiro iria furar ela. Também, o que mais me assusta, é que ela disse que o ambiente ficou bem frio e que saiu fumacinha branca da boca de todo mundo.
— E isso aconteceu mesmo? — pergunto.
— Sim, por que?
— Fantasma! — meu pai diz me olhando.
— Quem são vocês? — a garota pergunta assustada.
— Senhorita Campbell, nós caçamos fantasmas. — o cabeludo responde.
— O que? — ela pergunta assustada. — Fantasmas de verdade?
— Sim, de verdade. — respondo.

E antes mesmo de encerrarmos nossa conversa, Olívia recebe uma chamada em seu celular e ela fica assustada durante a chamada. Resumindo: fomos até a casa da mulher, que descobri que seu nome é Camille Wanderux, e que ela estava super assustada por ter visto o jeito que morreria. Estamos sentados em frente a seu computador, que tem acesso a câmera de segurança e pauso o vídeo quando vejo uma mulher de branco atrás da Camille.

— Ai meu Deus! — ela leva as mãos na boca quando vê.
— Vocês reconhecem ela? — pergunto virando para as duas.
— Eu... Acho que vi ela em algum lugar... — Olívia diz pensativa. — Foi no museu! Isso!
— Museu? — meu pai pergunta confuso.
— Sim, isso! Tem um museu de médiuns no centro da cidade. Lá tem a história dessa família. — Camille diz.
— Já sei onde vamos passear. — meu pai diz sarcástico e assim vamos até o museu.

O lugar é realmente incrível, com vários fatos históricos da cidade e em como ela conseguiu ser construída e ter uma boa fama no ramo de visões do futuro ou contato com os mortos. Paramos em um corredor de fotos e um carinha vem até nós.

— São novos na cidade? — pergunta.
— Estamos investigando. — Sam diz.
— E estamos curiosos pela história da cidade. — complemento sorrindo.
— Essas duas aqui... — meu pai aponta para o retrato com duas moças, uma é o fantasma da casa da Camille. — ... quem são?
— Elas são da família mais antiga da cidade. Essa aqui — aponta para a mais velha. — era vidente de verdade. Nasceu com o dom.
— E a outra? — pergunto.
— Ninguém apostava muito nela. Ela não tinha o mesmo dom que a irmã, dizem que tinha muita inveja também.
— E ela foi enterrada aqui na cidade? — pergunto.
— Sim, ela e a irmã.
— Nossa, olha a hora! Precisamos ir. — meu tio diz disfarçando e antes que possamos andar, o carinha segura meu braço.
— Você conhece uma tal de Leonore? Ela tem um recado pra você. — e meu coração gela por dois segundos. — Ela disse pra você colocar pra fora seus sentimentos e que ela não está zangada. Disse que está orgulhosa de você, mas que você precisa contar pra alguém o que está sentindo.

Eu fico completamente sem resposta e ele sorri e me solta, andando até um corredor. Fico parada ali e meu pai vem até mim, me olhando estranho.

— Tá tudo bem? — olho para o mesmo e forço um sorriso.
— Sim, tá sim!
— Tem certeza, pirralha?
— Vamos logo, velhote! — bato no seu ombro e saio andando.

E, quando anoitece, vamos até o cemitério da cidade para queimar o que sobrou do corpo do fantasma. Ligo para Olivia e digo para a mesma levar a amiga em algum lugar, e ficar longe daquela casa até voltarmos. Assim que chegamos ao nosso destino, vou andando com a lanterna enquanto os dois homens cavam até o caixão da mulher. Tio Sam quebra a madeira já velha e assim vemos os ossos. Quando estico o isqueiro para meu pai, vejo a mulher atrás dele.

— Cuidado! — grito apontando para a direção dela, porém meio tarde já que ela arremessa ele para o outro lado do buraco.
— Jade! — ele grita ao mesmo tempo em que meu corpo é arremessado junto ao seu, caindo ao seu lado.
— Vocês precisam me ouvir! — a assombração grita e o tio Sam joga o isqueiro no caixão.
— Hoje não. — ele diz e aquela coisa branca começa a queimar enquanto grita. Viro o rosto de lado e sinto os braços do meu pai me abraçando.
— Tá tudo bem agora. — ele diz e sorri para mim, logo me soltando. — E bem a tempo de passarmos comprar torta!
— Você é inacreditável. — diz meu tio colocando a terra de volta no buraco.

E depois de quase meia hora, estamos a caminho de uma lanchonete quando Olívia nos liga dizendo que tem alguma coisa na casa da amiga, o que nos faz ir até lá. Mas não chegamos a tempo, infelizmente.

𝙰 𝚏𝚒𝚕𝚑𝚊 𝚍𝚎 𝙳𝚎𝚊𝚗 𝚆𝚒𝚗𝚌𝚑𝚎𝚜𝚝𝚎𝚛Onde histórias criam vida. Descubra agora