𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝟷𝟽.

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Chegamos no posto e ficamos no carro até Sam chegar

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Chegamos no posto e ficamos no carro até Sam chegar.

— O que vamos fazer? — Jade pergunta.
— Sei lá. Acho que ver o que ela esconde. — cruzo os braços olhando para frente.
— Vai dar certo, né? — percebo insegurança na sua voz e me viro para ela.
— Ei, vai ficar tudo bem! O que você acha que pode dar errado?
— Eu... não quero perder vocês. — abaixa o olhar e engole em seco. — Eu não posso perder vocês.
— Vem cá! — puxo-a para um abraço. — Eu não vou te deixar. Nem o Sam. Nós somos uma família, e Deus sabe o que eu faria por vocês. — beijo sua testa e seguro seu rosto.
— Obrigada. — ela sorri e eu dou um peteleco em sua testa. — Ai!
— Pra não ficar tão sentimental. — pisco e logo a luz de um farol clareira dentro do carro. — Vem.

Saímos da baby e o Sam sai do outro carro bege, caminhando até nós.

— O que a gente faz? — pergunto
— Não sei, cara!
— A garota não tem nada mesmo da irmã? — Jade pergunta.
— Não! E...
— O que tá acontecendo? — a garota assustada se coloca no nosso meio.
— Você não tem mais nada da sua irmã? Algo físico, nada? — pergunto.
— Bom... ela me doou um rim. — levo as mãos até o rosto e respiro fundo, olhando para o Sam.
— Um rim. Com que diabos vamos nos livrar de um rim?
— Isso explica de como as mortes estão nos lugares que ela frequenta. — diz minha filha.
— Eu acho que consigo contato com o mercado negro pra pegar um rim. — digo pensantivo e a minha baby liga os faróis. — Só pode ser brincadeira.
— O que tá acontecendo? — a garota pergunta ainda mais assustada.
— Corram! — a Jade grita quando meu Impala começa a acelerar na nossa direção.

Empurro a minha filha para o lado e meu carro vem na minha direção, quando tenho uma brilhante ideia que quebra meu coração em mil pedaços: corro até uma parede de vidro e paro em frente dela, deixando o veículo se aproximar. Quando está bem perto, dou um pulo e a minha baby entra na conveniência, parando de funcionar.

— Eu sinto muito, meu amor. — falo olhando para ela.
— Pai! — Jade corre até mim. — Você tá bem?
— Como eu vou estar bem se meu carro tá dentro de uma conveniência? — pergunto indignado e ouço um gemido de dor, fazendo-me virar em direção ao mesmo.
— O que você tá fazendo? — Sam corre em direção da moça, que está com um pedaço de vidro enfiado na barriga.
— Agora vai tudo acabar. — ela diz sorrindo fraco.
— Não! Vamos te levar ao hospital! — Jade abaixa ao lado dela e segura seu rosto.
— Está tudo bem. Ela terá paz, e eu também. — sorri e eu fico ali, em choque.

{...}

Entramos no carro e eu encosto a cabeça no banco, respirando fundo.

— Então vamos viver assim? — minha filha pergunta.
— Eu não colocaria esse caso na lista de vitórias. — Sam responde com um sorriso de lado.
— Pois é. Mas não podemos salvar todo mundo sempre. — respondo dando partida no carro.
— Infelizmente. — meu irmão suspira.

E assim seguimos viagem até a casa do Bobby. Está na hora dele conhecer a minha garota. Com certeza vai me achar super irresponsável por estar levando ela. Mas fazer o que? É o único jeito. Quem sabe eu não deixo ela lá por um tempo, enquanto saio trabalhar com o Sam? Aliás, tenho que resolver as coisas com o Sam também. Não sei se te contaram, mas ele voltou do inferno faz um ano. E a alma dele ficou por lá. Então, e o Morte fizemos um acordo e ele devolveu a alma do Sam, fazendo um muro na cabeça dele. Se o muro cair, ele pode não aguentar toda a culpa e, Deus me livre, morrer. Preciso só manter ele na linha e boa. Tenho duas crianças para cuidar agora.
Olho pelo retrovisor e Jade está dormindo, com a claridade da lua batendo em seu rosto. Eu estou me odiando por ter colocado ela nessa vida. Mas o que diabos eu poderia fazer?

𝙰 𝚏𝚒𝚕𝚑𝚊 𝚍𝚎 𝙳𝚎𝚊𝚗 𝚆𝚒𝚗𝚌𝚑𝚎𝚜𝚝𝚎𝚛Onde histórias criam vida. Descubra agora