XXVII

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Bom dia meus amoes, tudo bem?

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Massimo


O avião aterrissou suavemente e o silêncio de toda a viagem permaneceu.  O último dia havia sido exaustivo, todos haviam sido pegos de surpresa e embora tivesse tudo dado certo no final, por pouco nós não havíamos nos tornado um mera lembrança. Embora eu tivesse participado de centenas de missões e em algumas tivesse sobrevivido por pouco, essa tinha tido um gosto diferente por conta de tudo que vivi nos últimos meses. Ainda era capaz de ouvir o barulho dos tiros toda vez que fechava os olhos e de sentir a bala cortando minha carne. Ao pensar nisso, automaticamente meu braço latejou e eu encarei o analgésico que pingava lentamente na bolsa de soro pendurada ao meu lado. Matteo estava deitado no sofá, seu tronco enrolado por gases e embora Domenico tenha dado o seu melhor, ainda era possível ver a mancha de sangue que se alastrou pela gaze em sua costela. Domenico estava sentado ao meu lado, sua cabeça apoiada no encosto e tinha seus olhos fechados, ele não dormia pois seus dedos tamborilavam na cadeira o tempo inteiro. Hugo ainda tinha sangue seco em sua testa e o ferimento não deixaria uma cicatriz bonita. Os outros homens estavam espalhados pelo avião com ferimentos leves, mas ainda assim todos sabiam o que tinham vivido.

Suspirei encarando hangar de onde nos aproximávamos, ao longe fui capaz de ver Mário e Giulia, que segurava firme no braço do homem. Eu havia dado ordens explicitas para que algumas informações fossem omitidas de Giulia, eu estava vivo e isso era suficiente. Ela não precisava ficar nervosa ao saber que fui baleado, embora fosse de raspão, eu sabia que para Giulia aquilo seria terrível. Ia criar uma situação de sofrimento sem necessidade. Domenico se levantou retirando o soro preso em meu braço e descartando o material.  Havia uma ambulância a postos dentro do hangar para a remoção de Matteo, seu quadro era estável mas exigi que ele passasse por exames. 

- Vamos fazer a remoção de Matteo primeiro - Domenico falou e eu assenti.

A porta do avião foi aberta e segundos depois entraram os paramédicos, com uma maca e começaram os procedimentos com Matteo. Todos observaram atentamente os exames e as perguntas respondidas por ele.

- Eu mereço um aumento - Matteo falou ao passar por mim arrancando risada de todos dentro da aeronave.

- Tem sorte de eu mesmo não matá-lo - Falei e ele deu uma risada fazendo sinal de ok com a mão. 

Assim que ele foi removido todos nos mexemos para sair daquele cubículo, sai logo atrás do grupo de homens. Domenico ao meu lado carregava a minha mala e a dele, desci os degraus e  assim que os homens a minha frente se dispersarem, senti o corpo dela se chocar ao meu. Mesmo com o ferimento no braço direito a segurei firme na cintura, seus braços envolveram meu pescoço com certa força, seus soluços eram audíveis para todos ali, eu tinha certeza. 

- Está tudo bem, eu estou bem - Sussurrei.

Giulia apenas assentiu sem ao menos ceder um pouco da força que ela exercia. Suas lágimas agora molhavam minha camisa na área do pescoço e em meu braço a dor se alastrava.

- Preciso colocar você no chão - falei.

Ela apenas fez que não com a cabeça.

- Amor, eu preciso. - sussurrei.

Ela retirou o rosto do meu pescoço e me encarou, o rosto vermelho banhado em lágimas, suas mãos automaticamente desceram para os meu braços e ela tocou justamente em cima do ferimento. Gemi fechando os olhos enquanto a colocava no chão.

- Você está machucado - Ela afirmou surpresa.

Seu olhos me analisando da cabeça aos pés, até identificar uma elevação em meu braço direito, seu dedo indo direto para o ferimento me fez recuar.

- Você foi baleado - Ela afirmou com os olhos arregalados - Porque ninguém me disse que você se machucou? 

Ela havia se virado e encarava Mário que tinha uma cabeça baixa. Ela olhou para cima fechando os olhos por alguns segundos.

- Inacreditável.  - Sussurrou.

- Eu estou bem amor - Me aproximei alisando seus cabelos - Não foi nada demais, foi de raspão. Olhe pra mim,

Ela abriu os olhos azuis me encarando, suas mãos deslizando por meu rosto e ela aproximou o seu. Encostou seus lábios suaves no meu em um beijo tranquilo.

- Eu te amo - Sussurrei.

- Eu também - Ela disse.

Mário estourou nossa bolha nos encaminhando para a SUV preta parada a alguns metros. Me sentei confortavelmente no banco de trás ao lado de Giulia, que segurava minha mão. Mário estava sentado no banco do motorista com Domenico ao seu lado.

- Já podemos falar sobre negocios? - Mário questionou.

Giulia o fuzilou através do retrovisor o fazendo resmungar.

- Precisamos falar sobre - Ele disse.

- Vocês não dão um sossego. - Ela resmungou. 

Ele deu de ombros e me encarou através do espelho.

- Assunto completamente resolvido. - Falei.

Ele assentiu pegando a auto estrada, coloquei meu braços ao redor da mulher ao meu lado, aconchegando-a em meu peito. Ela abraçou minha cintura, dando alguns beijos em meu peito, aqueles olhos profundos de um azul tão límpido mim encaravam quase como se fosse capaz de ler minha alma. Eu não cansava de me apaixonar por ela em todos os momentos, deslizei meu dedo por uma mecha de cabelo preta que caia sobre seu olho, enrolei o cabelo entre meus dedos e o cheirei logo em seguida. Giulia tinha o melhor cheiro do mundo, tudo nela era perfeição, o sorriso, a curva dos seus lábios, a maciez da sua pele, o modo como nossos corpos se encaixavam um no outro.

A minha única certeza para vida, era que eu queria Giulia ao meu lado todos os dias. Ela e Brandon, eram as coisas que eu mas amava nesse mundo. Sua cabeça encostou no meu peito, sua respiração estava mais tranquila, afaguei suas costas enquanto ambos encarávamos o mar que se estendia na lateral da pista. O sol brilhava como nunca refletindo na água azul quase da cor dos olhos da mulher ao meu lado, o céu seu nenhuma nuvem mostrava um céu incrivelmente azul, no horizonte quase se confundindo com o mar.

- Eu te amo - A ouvi sussurrar novamente.

A encarei e beijei sua testa a apertando mais ainda em meus braços.


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