NO MOMENTO em que pronunciei o nome inteiro do Luke sabia que ele cessaria seus movimentos e não daria um passo a mais sequer. A dureza em minha voz era um alerta de que eu estava falando completamente sério, se o mesmo desse mais um passo em direção ao banheiro, eu lhe lançaria toda minha fúria sem remorso algum e absolutamente nada, nem ninguém, o livraria disso.
Mordi forte meu lábio inferior, numa tentativa quase falha de me controlar. Minha maior vontade era de surra-lo até que o mesmo perca os sentidos. Nunca estive tão bravo com ele em toda minha vida, como estou agora. A frieza em minha voz era prova disso, pois me fez soar não como um homem normal, mas sim como um animal raivoso pronto para atacar e não me importei nem um pouco com isso. Afinal não conseguia evitar, tamanha era minha raiva neste exato momento e tudo só piorou quando vi que a frustração de ter interrompido o nosso delicioso momento íntimo atingiu Ana como um balde de água fria, fazendo suas bochechas arderem em chamas, pigmentando sua face ainda mais que o normal e sua respiração acelerar ainda mais, eu rapidamente captei aquela emoção, era vergonha. Ela fechou os olhos, levou as mãos ao rosto e suspirou baixinho. Odiei vê-la assim.
Dou um soco no box, nada forte o bastante para me machucar ou quebrar o vidro. Era só para mostra-lo o quão furioso eu estava, ainda que ele já tivesse entendido tudo. Vi quando Luke parou e antes que eu avançasse em seu pescoço, deu a volta e rapidamente saiu. Não deixei de notar seu semblante assustado.
Fez bem em se retirar de uma vez por todas e rapidamente. Ou eu não responderia por mim. Eu estava completamente instável.
No que porra o bastardo estava pensando ao entrar em meu quarto dessa forma ? Sem bater antes, sabendo ele que eu e Ana temos rolado sobre os lençóis na noite passada. Deveria ter se tocado que a mesma estaria aqui comigo. Infernos. Maldita hora em que dei passe livre à ele com relação a minha intimidade, o arrependimento me toma pela primeira vez. Nunca me importei em compartilhar com ele o corpo de uma mulher ou minhas intenções e atitudes com elas, nós éramos amigos a tanto tempo que qualquer escrúpulo quanto a isso não haviam a tempos, mas com Ana eu estranhamente não conseguia permitir isso. Com qualquer outra sim, mas ela não! Tinha que deixá-lo plenamente ciente disso mais uma vez seguida neste mesmo dia ou enlouqueceria de vez. Porra! Porque, caralho, era tão difícil assim dele entender ?
Envolvi Ana em meus braços, aconchegando-a.
— Sinto muito por isso meu doce. Sinto mesmo! — Sussurrei para ela, assegurando de que minha voz fosse suave novamente. Ela estava totalmente quietinha em meus braços, o rosto escondido nas mãos molhadas e obviamente chocada pela interrupção. E não era para menos. — Juro que vou ter uma conversa muito séria com o Luke.
— Tudo bem. — Ela assentiu, em um murmuro. Mas não me olhava e isso me atormentava de uma maneira que eu não conseguia pôr em palavras.
— Ei — Tirei suas mãos de seu rosto, mas ela tornou a elevá-las. — Não faça isso. Olhe pra mim.
Ela negou.
Ergui seu queixo, com insistente relutância de sua parte, afastei mais uma vez seguida suas mãos de sua belíssima pele alva e a fiz olhar em meus olhos. Ela instantaneamente desviou o olhar e apertou os lábios.
Mais que merda!
— Ana meu doce, não faça isso, eu realmente sinto muito. — Repeti com evidente sinceridade. — Não tinha como prever que ele entraria aqui sem bater, mas a asseguro que enquanto estiver aqui, isso jamais voltará a acontecer. Prometo!
Ela mordeu o lábio e se dando por vencida, liberou a tensão e finalmente me fitou, seu olhar, agora carregado de preocupação. Aquilo me deixou em alerta, repugnei vê-la assim.
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Um Vampiro Em Cinquenta Tons ( Reescrita )
FanfictionImaginem Christian Grey como um vampiro sanguinário... um executivo bilionário, solteiro e nomeado o homem mais charmoso e cobiçado de Seattle, atualmente coberto por uma nuvem negra de ira e frustrado com o seu recente problema de ereção. E imagine...