CAPÍTULO VIII

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Christian apertava o celular em suas mãos, enquanto esperava impaciente e inquieto a secretaria atender o maldito telefone. Maldita seja por demorar tanto... O mesmo já estava prestes a joga-lo na parede até que finalmente...

— Consultório do Dr. John Flynn. No que posso ajudar? — A nova secretaria ronronou como um gatinho do outro lado da linha e Christian a amaldiçoou internamente diversas vezes. E porra!

Até que enfim a idiota atendeu!

Alô? — Ela ronronou novamente.

Christian automaticamente revirou os olhos, essa nova secretaria conseguia ser ainda mais vulgar, irritante e insignificante que a outra. Só era o que lhe faltava! Qual o problema do charlatão, só contrata funcionárias estúpidas? — Ele pensou.

— Christian Grey falando. — Rugiu por entre dentes. — Tenho que ver o Dr. Flynn, de preferência daqui a cinco minutos. E pelo amor de Deus não ouse me contrariar, não estou no meu melhor dia!

— Sinto muito, mas não temos horário para está noite senhor Grey. As fichas já foram todas preenchidas. Que tal amanhã às seis horas? — Ela sugeriu, com uma voz mais calma e um tanto maliciosa.

E Christian desejou está lá neste momento para arrancar-lhe a cabeça.

— Ah me poupe dessa conversa fiada. Acredito que pode fazer algo tendo em conta a absurda quantia que pago pelas consultas, não me importa quantas outras consultas você tenha que cancelar esta noite, mas marque uma para mim, AGORA! É UMA ORDEM! — Proferiu Christian, num tom de voz altamente severo e rude.

Isto era uma verdadeira emergência.

— Só um momento senhor. — Ouviu-se um estalo na linha e um breve silêncio, antes que ela respondesse novamente: — Ele pode vê-lo em meia hora.

Não era o tempo que ele sugeriu, mas esse tempo de espera servia.

— Ótimo!

Logo em seguida Christian desligou o telefone, sem ao menos se dá ao trabalho de se despedir educadamente, após encerrar a chamada o mesmo não perdeu tempo, agarrou seu casaco no gancho do Closet e se dirigiu para a porta. Iria caminhando mesmo. O ar da noite o acalmava e clareava sua cabeça e a clínica não era tão longe de sua casa. Certamente necessitava disso, um pouco de ar puro o faria bem. Ele caminhou através da noite, com a gola da camisa levantada e com as mãos enterradas nos bolsos do casaco. A chuva deu uma trégua. As ruas ainda estavam cheias de humanos. Mas ele os ignorava. Depois da meia-noite geralmente as ruas ficavam mais desertas e mais vampiros se mostravam. Mas ainda era muito cedo para isso. Christian estava atordoado, ele não entendia por que a mulher humana o afetou dessa maneira. É certo que tinha um corpo lindo e era extremamente bonita, mas ele já estava acostumado às mulheres muito bonitas. Sempre esteve. Como um dos solteiros mais cobiçados da cidade, as mais belas mulheres caíam aos seus pés. Mas Anastásia tinha um toque especial, parecia tão inocente e frágil diante de seus olhos. Então era isso? A fragilidade que tanto odeia, era o que estava lhe atraindo? Porra!

Ele com certeza já teve vários encontros com muitas mulheres lindas. Talvez, "encontros" não fosse a palavra adequada. Teve sexo com muitas mulheres lindas quando lhe dava vontade. Sempre havia um fornecimento de mulheres desejosas, todas elas vampiras, é claro, para satisfazer seus desejos carnais com a esperança de que talvez ele escolhesse a uma delas como sua namorada ou até esposa. Mas quando ele escolheu uma, todos os seus problemas começaram. Era praticamente o seu inferno na terra.

Christian sempre apoiou algumas das organizações beneficentes locais e assistia a dois ou três bailes de caridade ao ano. Em um desses bailes ele viu uma mulher nova na cidade. Escutou mencionar seu nome antes, mas ainda não a havia visto ou sido apresentado a ela. No momento que viu a loira alta entre a multidão, um pouco mais velha que ele, mas muito elegante. Ele se sentiu atraído.

Um Vampiro Em Cinquenta Tons ( Reescrita )Onde histórias criam vida. Descubra agora