CAPÍTULO VII

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Então seu nome é Anastásia? Esse é um belo nome, realmente um belo nome para uma bela mulher. — Ele pensou, suavemente encantado. O nome realmente era apropriado e Christian gostava do som aveludado que emitia ao pronuncia-lo.

Mas era uma bela mulher humana, que concordando ou não, estava fora do seu limite.

— Devo mais uma vez pedir desculpas, senhorita Anastásia. — Proferiu ele, contraindo os lábios. — Eu fui insistente, grosseiro e isso é verdadeiramente imperdoável.

Imperdoável, sim, entretanto, excitante. Era algo que necessitava ressaltar. Queria voltar a sentir o calor, a excitação, o seu corpo quente e curvilíneo colado ao seu. Inclusive agora, vestida com roupas sem forma, vários números maiores que o dela, parecia mais tentadora que qualquer mulher vampira na qual tivesse posto seus olhos. Seu doce aroma tentava os seus sentidos, ameaçando dominar suas boas maneiras, fazendo Christian querer perder o controle, mais uma vez. Que mulher!

— Foi um mal entendido. Seus irmãos e seus amigos já me explicaram isso e se desculparam por você. Agora consigo compreender melhor o acontecido. Não precisa mais se preocupar e muito menos se desculpar, já passou e está tudo bem agora.

Enquanto se pronunciava, Anastásia começou a ficar subitamente quente. Suas bochechas ruborizaram-se, provavelmente pelo calor do fogo na elegante lareira e o brandy que estava bebendo, assim como também pelo olhar penetrante do belo homem sentado a sua frente, olhar esse que parecia despir até mesmo sua alma. Aquilo deixou Christian louco. Era uma visão dos deuses. E se ele ao menos pudesse lamber as gotas de brandy de seus lábios, talvez seu corpo se acalmasse um pouco.

— Como está seu pé? Sinto muito se o machuquei. — Ela perguntou, quebrando o silêncio instalado ali e se desculpou, agora, envergonhada pelo que fez. — Me perdoe também por tê-lo estapeado.

A necessidade de puxar assunto também veio como uma forma de amenizar o desejo ardente que parecia, ainda que ambos estivessem em silêncio, emanar de seus corpos.

— Ooh, ele ficará bem. Não se preocupe com isso. Eu estou ciente de que mereci.

E se me beijasse certamente ficaria muito melhor.

— Tudo bem... E obrigada por me ajudar. De verdade Christian, se não fosse você a ter me "salvado", ainda que de um jeito estranho, não sei o que poderia ter me acontecido.

Christian apertou os lábios ao ouvir o doce som de sua voz ao pronunciar seu nome. Os pelos de todo seu corpo subitamente se eriçaram. Seu nome soou tão bonito, simples e doce em seus lábios, como um cantar de anjos.

— Não precisa agradecer. Mais uma vez, estou verdadeiramente arrependido por ter atuado como um completo idiota.

Christian passou a mão no cabelo. Ele reconheceu o próprio gesto, indicava nervosismo, o que era ridículo, pois não havia razão nenhuma para sentir uma emoção tão estranha para ele. Pois era uma emoção humana e porra, ele não era humano! De certo, a garota humana o desconcertava e o mesmo sequer sabia ou entendia o porque.

— Onde estão seus amigos? — Ela perguntou percorrendo os olhos pela casa enorme.

Porque estava perguntando por eles? Será que tinha medo de ficar sozinha com ele? Diante de seus olhos ele ainda parecia tão perigoso assim? Obviamente ele a assustou. Não podia culpá-la. Estar a sós com o homem que a atacou, beijando-a apaixonadamente enquanto esfregava sua ereção nela, não seria uma situação que lhe inspirasse confiança. Sentia seu pênis se movendo novamente, endurecendo por ela. Christian rapidamente mudou de posição no sofá e cruzou as pernas, apertando-as fortemente uma na outra. A bela jovem mexia com ele, na verdade mexia muito, mais do que ele quisesse admitir.

Um Vampiro Em Cinquenta Tons ( Reescrita )Onde histórias criam vida. Descubra agora