POV CHRISTIAN.
Finalmente consegui unir forças e ergui-me retirando as presas cravadas no tecido fofo e macio do travesseiro, fechei os olhos com extrema força e praguejei internamente diversos palavrões para aplacar e diminuir a sensação angustiante do quão maldito eu estava me sentindo neste exato momento. Ainda não conseguia engolir o fato de que quase a mordi, não conseguia parar de me amaldiçoar e de me culpar por ser um ser tão repugnante assim. E em contra partida, por todos os infernos também não conseguia entender porque infernos me sinto assim... Com o peito explodindo em tamanho remorso, nunca fui de sentir tal coisa... Era só a droga de uma humana, porra! Infernos, porque eu me importava tanto ? Sentir culpa é uma verdadeira desgraça. Malditos sentimentos que me assolam o peito!
E mais uma vez, maldito seja eu, Christian Grey, por ser alguém tão perigoso e não um homem normal que mereça a felicidade, uma vida extraordinária, ao mesmo tempo que simples e alguém como a bela e humana, Anastásia! — Rugi internamente, sentindo malditamente a raiva voltada para eu mesmo, crescer dentro de mim repetidamente, minha consciência também parece querer explodir de remorso!
Quase a mordi... Infernos... eu quase a mordi... Eu repetia esse mantra internamente. Não importava o quanto tentasse bloquear isso. Caralho. No que diabos eu estava pensando ?! Como fui capaz de perder o controle a este ponto ?! Por Deus me expliquem como, ou vou enlouquecer! Eu geralmente costumo me controlar, não havia intensão alguma em mim de a machucar... e dessa vez, passei dos limites. Eu teria sido capaz de dilacerar esta pequena mortal, exceto por uma mísera fração de segundos. No último segundo, dessa atitude instintiva e repugnante. E infernos, ainda bem que retomei a consciência ou poderia jurar que morreria de tristeza e remorso se o ato tivesse obtido sucesso. Eu exalei exageradamente a minha fúria, uma, duas, três vezes e me amaldiçoei mais vezes do que poderia sequer ousar contar. Mas por fim, tentei, falhei, porém tentei novamente e quase consegui erradicar tais pensamentos conflituosos. Quase... O que me da chances de ressaltar que: A mordida no objeto de fato foi sim, inevitável. Suspirei, o alívio me tomando aos poucos. Era ele ou o pescoço de Anastásia. E certamente ela valia muito, mas muito mais que um travesseiro caríssimo e extremamente confortável de penas de ganso. E quer saber ? Não adianta eu me lamentar mais do que já estou lamentando, não adianta remoer a droga deste fato. Aconteceu, passou... Esta tudo bem, e isso tinha que ser suficiente nesse momento ou eu colocaria tudo a perder, porque eu precisava simplesmente me "curar" do maldito problema sexual que havia transformado minha vida num inferno...! Praguejei. Porém apesar disso eu sabia, tinha plena convicção do que devia fazer após isso acontecer... Talvez fosse a hora, de não continuar mais com tudo isso, talvez antes mesmo do esperado, já fosse a hora do terrível fim... Mas eu falhei mais uma vez, miseravelmente, quando um cheiro enlouquecedor alcançou minhas narinas e meu corpo inteiro incendiou. Eu havia fraquejado, com seu cheiro inebriante e mais ainda com o simples fato da bela Anastácia ter suspirado... Um sopro audível de satisfação, de felicidade, de vida... E para acabar ainda mais comigo, ela voltou a repetir o ato, involuntáriamente, ofegante, suada, quente e absurdamente linda. E eu a olhei, hipnotizado, não consegui sequer evitar, estava preso, enfeitiçado... encantado, bobo, desnorteado e até mesmo indefeso, como um inseto, quando é encurralado. Oh doce Ana, eu estive tão perto, não paro de pensar e lamentar... Me virei para ela e segurei uma madeixa de seu cabelo macio e achocolatado. Estive verdadeiramente muito próximo de feri-la, talvez mais que próximo. Oh, me perdoe. Desabei em seu peito nu, sem dizer uma sequer palavra, não conseguia encara-la, eu não queria encara-la, mesmo que ela ainda estivesse vendada. Mas ao mesmo tempo eu sabia que não conseguiaria fazer isso por muito mais tempo, não olha-la, céus, impossível! Porque eu não conseguia parar de quere-la pra mim... Eu necessitava tê-la um pouco mais, necessitava ver aquela que roubava todos os meus sentidos, eu queria mais e mais... mais... mais... E não havia mais horas na noite, suficientes para verdadeiramente chegar a saciar-me dela. Praguejei e senti quando ela finalmente tirou a venda e virou a cabeça, para olhar-me. Desvencilhei-me rapidamente de seu peito nu, dando lhe as costas, desviei o olhar rapidamente e minhas presas retrocederam instantaneamente para minhas gengivas e senti, finalmente, a tensão diminuir em minha mandíbula.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Vampiro Em Cinquenta Tons ( Reescrita )
FanfictionImaginem Christian Grey como um vampiro sanguinário... um executivo bilionário, solteiro e nomeado o homem mais charmoso e cobiçado de Seattle, atualmente coberto por uma nuvem negra de ira e frustrado com o seu recente problema de ereção. E imagine...